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“Durval Discos” volta ao cinema em cópia digital

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“Durval Discos” volta ao cinema em cópia digital Vitrine Filmes/Divulgação

Um dos filmes brasileiros do novo milênio mais queridos pelo público e pela crítica, Durval Discos (2002) volta aos cinemas em nova cópia. A comédia dramática musical dirigida por Anna Muylaert retorna em cópia digital 4K, cujo processo de digitalização foi patrocinado pelo projeto Sessão Vitrine Petrobras. Durval Discos foi premiado no Festival de Gramado em 2002, levando sete Kikitos, entre eles o de Melhor Filme, além de lançar a carreira de Muylaert como diretora de longas.

O filme foi rodado na cidade de São Paulo, que surge como uma personagem na tela, e tem como protagonista Durval (Ary França), um tipo meio excêntrico que tem uma pequena loja de discos de vinil na casa onde vive com a mãe Carmita (Etty Fraser), no bairro de Pinheiros. Quando a nova empregada (Letícia Sabatella) desaparece depois de apenas um dia no emprego, deixando na casa uma garotinha, a adorável Kiki (Isabela Guasco), a vida de Durval e Carmita sai completamente da rotina.

A descoberta do real motivo da presença da menina na casa de Durval e Carmita coincide com uma mudança radical de chave no registro do filme – que passa de comédia familiar leve a suspense policial sombrio com ares absurdos, como se fossem os dois lados de um LP de vinil. O longa conta ainda com Marisa Orth no papel de uma vendedora da loja de doces ao lado da casa do protagonista, além da participação especial de Rita Lee e André Abujamra – que também assina a trilha sonora.

Vitrine Filmes/Divulgação

Vitrine Filmes/Divulgação

Durval Discos foi rodado em super 35mm para ser exibido em Scope, e foi digitalizado em 4K. Os negativos do filme – guardados na Cinemateca Brasileira, na capital paulista – estavam em excelente qualidade, facilitando assim o processo de digitalização.

“Eu sempre quis mostrar esse filme novamente em digital, mas o processo é caro e complexo, por isso, foi fundamental a participação do projeto Sessão Vitrine Petrobras. Fico feliz que as pessoas poderão redescobrir Durval Discos no cinema, ou mesmo as novas gerações que não conhecem o filme e poderão ter seu primeiro contato com ele numa tela grande”, comenta Muylaert, que, nestes 20 anos desde o lançamento de seu longa de estreia, tornou-se uma das principais cineastas brasileiras, tendo no currículo títulos como É Proibido Fumar (2009) e Que Horas Ela Volta? (2015).

A antológica abertura de Durval Discos, em que a câmera passeia em um vertiginoso plano sequência pelas ruas de São Paulo acompanhando um skatista, mostrando os créditos do filme escritos em placas, cartazes e anúncios de estabelecimentos comerciais, ao som do grupo Os Mulheres Negras interpretando a canção Mestre Jonas, é uma declaração de amor à “Pauliceia Desvairada”.

Vitrine Filmes/Divulgação

Durval Discos: * * * *

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de Durval Discos: 

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