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Murilo Salles filma a Baía da Guanabara em fábulas visuais

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Murilo Salles filma a Baía da Guanabara em fábulas visuais Cinema Brasil Digital/Divulgação

A beleza e a rudeza da Baía de Guanabara, as paisagens naturais e humanas de seu entorno, são o tema de Uma Baía (2021), inspirado ensaio cinematográfico dirigido por Murilo Salles. O filme é dividido em oito segmentos, chamados de “fábulas”, que juntos compõem mosaico visual e antropológico esteticamente requintado de um dos mais conhecidos símbolos das contradições do Rio de Janeiro.

Segundo o diretor e roteirista, Uma Baía é uma produção difícil de ser qualificada: “Em nossa primeira versão, o filme tinha sete horas e 20 minutos. Eram oito documentários em suas acepções clássicas. Mas uma inquietação nos levou a querer fazer um exercício para descobrir no material, suas essências poéticas. Depois de um trabalho obsessivo de busca por imagens e sons que carregassem esse poder de concentração simbólica, nasceram as oito ‘fábulas’”.

Cinema Brasil Digital/Divulgação

Ao mesmo tempo acolhedora e violenta, linda e assustadora, rica e pobre, a Baía da Guanabara é o berço da capital fluminense, ao redor da qual o Rio nasceu e cresceu. O documentário registra esse lugar singular por meio de personagens que habitam no seu entorno, em suas lutas pela sobrevivência em um ambiente cada vez mais degradado.

Os protagonistas dos oito episódios – cada um batizado com o nome de uma região da baía, como Ilha do Governador, Niterói, Paquetá, São Gonçalo e Maré – são estivadores, catadores de caranguejos e mexilhões e pescadores, entre outros tipos de trabalhadores, além de figuras curiosas como um sujeito que monta um hidroavião com entulhos, latas de cerveja, garrafas pet e pedaços de isopor.

Cinema Brasil Digital/Divulgação

Uma Baía: * * * *

COTAÇÕES

* * * * * ótimo     * * * * muito bom     * * * bom     * * regular     * ruim

Assista ao trailer de Uma Baía:

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