Vitrine Filmes/Divulgação
O Clube da Esquina foi muito mais do que um álbum antológico. Além de ser considerado um dos melhores discos da história da música brasileira, o trabalho lançado em 1972 marcou o encontro de nomes que logo despontariam como vozes inspiradas e referenciais de sua geração, estabelecendo-se como um legítimo e pregnante ícone cultural. A gênese dessa reunião singular na Belo Horizonte de fins dos anos 1960 de jovens e sonhadores artistas e as repercussões de sua música até os dias de hoje estão registradas no ótimo documentário Nada Será como Antes – A Música do Clube da Esquina (2021), que estreia nesta quinta-feira (28/3).
O filme dirigido por Ana Rieper reúne preciosas imagens de arquivo e depoimentos atuais dos protagonistas de uma rica cena que no final da década de 1970 na capital mineira misturou MPB, Beatles, jazz, música latino-americana, rock progressivo e ritmos afro-brasileiros para criar a sonoridade única do Clube da Esquina: Milton Nascimento, Lô Borges, Nivaldo Ornelas, Toninho Horta, Beto Guedes, Robertinho Silva, Flavio Venturini, Wagner Tiso e Marcio Borges, entre outros nomes.
“Construir uma narrativa audiovisual para a música do Clube da Esquina é tocar em uma matéria de sonho. Uma musicalidade complexa, com referências muito diversas, que criou algo inteiramente novo na música brasileira e mundial, abriu, para mim, um universo imenso de possibilidades para este filme”, explica a diretora e roteirista, que assinou antes Vou Rifar meu Coração (2011), documentário sobre o imaginário romântico no Brasil a partir do universo da música brega.
Em Nada Será como Antes, Ana Rieper costura entrevistas e imagens de época com clipes que traduzem visualmente canções clássicas do álbum duplo Clube da Esquina como Tudo que Você Podia Ser, Cais, O Trem Azul, Cravo e Canela, Um Girassol da Cor do Seu Cabelo, San Vicente, Paisagem da Janela, Clube da Esquina Nº 2, Dos Cruces, Um Gosto de Sol e Trem de Doido.
“O documentário mergulha no processo de criação artística, as influências, as casualidades algumas vezes pueris que levaram a um resultado mágico, as formas de relação com cada instrumento, as descobertas de caminhos para arranjos e da poética das letras tão inspiradas e originais. Em torno desses elementos o filme se desenvolve, sem abrir mão de contar a história do encontro desse grupo de artistas jovens, idealistas, descontraídos e geniais”, resume a realizadora de Clementina (2018), documentário sobre a cantora Clementina de Jesus (1901 – 1987).
Nada Será como Antes – A Música do Clube da Esquina: * * * *
COTAÇÕES
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Assista ao trailer de Nada Será como Antes – A Música do Clube da Esquina:
