Paris Filmes/Divulgação
As ameaças das interações tóxicas no mundo digital alimentam O Jogo da Morte (2021), terror russo que estreia nos cinemas nesta quinta-feira (22/2). A trama é baseada no jogo macabro Baleia Azul, uma espécie de desafio viral lançado no final da década de 2010 que incentivava jovens a se mutilarem e cometerem suicídio.
Na trama ficcional de O Jogo da Morte, a adolescente Dana (Anna Potebnya) quer entender o que levou a sua irmã mais nova a se suicidar jogando-se na frente de um trem. Vasculhando o computador da irmã, a protagonista descobre que a menina estava envolvida em uma perigosa brincadeira cujos participantes são obrigados a fazer ações drásticas, que incluem mutilação física, tormento psicológico e perigosos desafios com risco de morte.
Para investigar o funcionamento do jogo online e tentar desmascarar a identidade de seus promotores para a polícia – que duvida da existência dessa comunidade virtual –, Dana decide participar da disputa. A interação cada vez mais intensa na internet com os jogadores e administradores, porém, expõe a jovem a uma manipulação cujas consequências podem ser fatais para ela e as pessoas que a cercam.
O Jogo da Morte faz referência o desafio Baleia Azul, que surgiu na Rússia e se popularizou ao redor do mundo em 2017, inclusive no Brasil. Jogado em sua maioria por adolescentes, os participantes tinham que cumprir 50 desafios sinistros, cuja derradeira tarefa consistia em tirar a própria vida.
Dirigido pela cineasta russa Anna Zaytseva, o longa não é o primeiro inspirado no Baleia Azul: em 2020, o diretor egípcio Alaa Morsy também apresentou uma trama envolvendo o jogo viral no suspense igualmente batizado por aqui de O Jogo da Morte.
Para além de colocar em cena a temática contemporânea da preocupação com a segurança e a exploração de crianças e jovens no mundo digital, O Jogo da Morte destaca-se pela inteligente utilização dos recursos cotidianos tecnológicos para criar e manter o clima de constante tensão e horror no filme. Do princípio ao fim, a história é praticamente toda narrada por meio de conversas em redes sociais, transmissões online e trocas de diálogos, textos, vídeos e áudios por computadores e celulares – criando assim um ambiente tecnológico de telas onipresentes, ao mesmo tempo sem limites e claustrofóbico, em que o espectador está tão enredado quanto os personagens da trama.
O Jogo da Morte: * * *
COTAÇÕES
* * * * * ótimo * * * * muito bom * * * bom * * regular * ruim
Assista ao trailer de O Jogo da Morte:
