Literatura | Notas

IEL divulga vencedores do Prêmio Minuano 2019

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IEL divulga vencedores do Prêmio Minuano 2019
Em uma cerimônia marcada por críticas e celebração, o Instituto Estadual do Livro (IEL) divulgou os vencedores da segunda edição do Prêmio Minuano de Literatura, na noite de terça (6/11), na Sala de Música do Multipalco Theatro São Pedro, com a presença da secretária de Estado da Cultura adjunta, Carmen Langaro; da vice-reitora da UFRGS, Jane Tutikian; do presidente da Câmara Riograndense do Livro, Isatir Botin Filho; da patrona da Feira do Livro de Porto Alegre 2019, Marô Barbieri; e do coordenador do Livro da Secretaria Municipal de Cultura, Sérgius Gonzaga, entre muitas outras personalidades da cena cultural gaúcha, como os escritores Airton Ortiz e Luiz Coronel. O tom descontraído e poético ficou por conta da música de João Maldonado e Fátima Gimenez. O prêmio, que incentiva a produção da escrita e leitura, teve na figura da diretora do IEL, Patrícia Langlois e sua equipe, um início de tradição, com sua sequência neste ano, por seu caráter civilizatório, conforme afirmou Sérgio Minuzzi, diretor do Instituto de Letras da UFRGS. – Demonstra que a literatura está viva, especialmente neste momento de ameaças à cultura – disse. Os ganhadores em suas respectivas categorias, são: Conto – Cavalos de Cronos de José Francisco Botelho/Zouk (mandou representante) Ilustração – Que Monstro Menino? De Milene Barazzati e ilustração de Marlon Costa/Alarte Juvenil – Dois Meninos de Kakuma de Marie Ange Bordas/Pulo do Gato (representante) Infantil – Histórias de (Não) Era Uma Vez de Maria Luiza Puglia/Phisalis História em Quadrinhos – Silas de Rafa Pinheiro/AVEC (representante) Crônica – Não Existe Mais Dia Seguinte de Vitor Necchi /Taverna Ficção: Romance/Novela – Tupinilândia de Samir Machado/Todavia Poesia – Entre uma Praia e Outra de Ronald Augusto/Artes & Ecos Texto Dramático – Guerra de Urina de Altair Martins/EDIPUCRS Categoria Especial – Literatura à Margem de Cristóvão Tezza/Dublinense (representante) – As histórias em quadrinhos deixaram de ser coisa de criança, com obras questionadoras da realidade, que discutem fascismo e a relação com a natureza. Isto demonstra maturidade – celebrou o editor da AVEC, Artur Vecchi, em nome de Rafa Pinheiro, ganhador na categoria HQ. Ao criar sua obra, Vitor Necchi fez um registro de tempo ancestral de memórias e de um presente muito brutal, sendo que no prefácio pontua que prenuncia o horror que estamos vivendo. – Hoje foi anunciado o pacote do governo federal, e como apoiar alguém que despreza índios, mulheres e o conhecimento? – disse. Em Tupinilândia Samir Machado fez um profundo trabalho de pesquisa da cultura de massa, que tece uma crítica a nosso passado recente, ao explorar a inclinação do brasileiro pela ditadura. Já em sua obra poética, Ronald Augusto fala de violência, racismo e condição humana. O escritor citou Oliveira Silveira: “povo que não tem virtude acaba por escravizar”. Altair Martins enalteceu o texto de teatro: “é nele que me senti mais livre e poderoso. Que o Minuano mantenha esta categoria e que outros prêmios e concursos a instituam”.

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