Reportagens

Revisitando Carlos Pasquetti

Change Size Text
Revisitando Carlos Pasquetti Foto: Acervo Carlos Pasquetti

Em outubro deste ano, veio a público o projeto Acervo Carlos Pasquetti. Um trabalho em desenvolvimento que pretende congregar em um único lugar o máximo possível de obras e informações produzidas pelo artista ao longo da sua vida. 

Falecido em setembro de 2022, Carlos Pasquetti deixou um extenso, instigante e complexo legado artístico que perpassa sete décadas. O início de sua produção começa nos anos 1960 – quando foi estudante de artes plásticas no Instituto de Artes da UFRGS – e chega até a década atual. “O Pasquetti desenhou até os últimos dias e se preocupou com o destino dos seus trabalhos”, conta a filha Camila Pasquetti, uma das responsáveis pelo projeto, ao lado de seu irmão Marcelo Pasquetti e do artista visual Alexandre Copês, que foi assistente de ateliê do artista. 

Consciente das condições do país em que vivia, onde há falta de espaço e de infraestrutura na maioria das instituições públicas, Pasquetti não tinha claro se o conjunto da sua obra poderia vir a ser doado para algum museu ou coleção pública ou privada, mas tinha consciência do valor do que produzia e da importância que o seu legado representava para a história da arte contemporânea. “O Pasquetti sempre manteve uma visão coerente e crítica a respeito disso tudo, sabia da necessidade de documentar e organizar o próprio legado, tinha autonomia e decidia minuciosamente como as coisas deveriam acontecer, sem perder o otimismo e a generosidade de compartilhar e aceitar opiniões”, observa Copês.  

O caminho seguido pelos herdeiros foi conversar com Copês, que estava presente no ateliê ao lado de Pasquetti nos últimos oito anos, e foi indicado pelo próprio como a pessoa que saberia como lidar e o que fazer com seu acervo. Assim nasceu o projeto Acervo Carlos Pasquetti, que hoje já pode ser acessado pelo público e também acompanhado via redes sociais pelo Instagram @acervocarlospasquetti. 

Porém, a catalogação de uma produção poética que marca uma trajetória inteira não é algo simples e corriqueiro de ser feito. Como o próprio site avisa, é um trabalho em desenvolvimento. Para além das questões práticas, de armazenamento e conservação, existe uma longa etapa de pesquisa, de mergulho nas obras, de levantamento e sistematização de dados e informações. O objetivo é que ao longo do processo o site siga sendo atualizado com novos trabalhos e dados, permitindo que a pesquisa sobre a sua trajetória se torne cada vez mais completa. 

Pasquetti nasceu em Bento Gonçalves, em 1948. Graduou-se em Pintura pelo Instituto de Artes da UFRGS e realizou um Master in Fine Arts (mestrado em artes plásticas) pela School of the Art Institute de Chicago, Estados Unidos, em 1981. Foi professor do Departamento de Artes Dramáticas e do Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes da UFRGS, onde foi também diretor. Sua atuação como professor marcou e influenciou várias gerações de artistas, tanto das artes cênicas quanto das artes visuais.  

Nos anos 1970, foi um dos fundadores do Nervo Óptico, ao lado de Vera Chaves Barcellos, Carlos Asp, Carlos Pasquetti, Clóvis Dariano, Mara Álvares e Telmo Lanes. O grupo de artistas foi responsável por colocar em prática novas poéticas visuais, apostando em uma arte de vanguarda e colocando em discussão o sistema das artes vigente até aquele momento, quando historicamente começava o que hoje conhecemos como arte contemporânea.

Ao longo de sua trajetória, apesar de sempre muito associada ao desenho – tanto a sua lógica quanto a sua prática –, Pasquetti experimentou com os mais diversos meios. Produziu filmes e documentários em Super 8, realizou trabalhos em fotografia, publicações em cartazetes, fez performances, manufaturou objetos, criou instalações, entre outros. 

A complexidade do seu acervo reflete a riqueza de sua poética que, para além do objeto artístico em si, traz o seu pensamento a respeito da arte e sua forma de ver, ser e estar nesse mundo. A criação do projeto Acervo Carlos Pasquetti busca garantir, portanto, que seu legado artístico possa seguir reverberando. Sua produção agora pode ser pesquisada, estudada e apreciada por todos aqueles que estudam ou se interessam pela história da arte do nosso estado e país, mantendo vivo o legado de Carlos Paquetti. 

Na conversa a seguir, Camila Pasquetti e Alexandre Copês contam sobre como encontraram o acervo do artista, como funciona o trabalho que vem sendo feito, quais os desafios que têm pela frente e a importância, para a sociedade e para a história da arte, desse tipo de iniciativa, que, é, até então feita inteiramente com recursos da própria família. 

Catalogação está dividida por décadas de produção

*

Como foi começar este trabalho? Como vocês encontraram o ateliê do Pasquetti após o seu falecimento? 

Camila Pasquetti – Seu ateliê estava cheio de obras, organizado, fechado e bem limpinho! Muitos trabalhos estavam guardados “às escondidas” e só depois de meses fomos descobri-los. Por exemplo, além de desenhos havia bolsas gigantes com peças dentro, fotografias, slides, objetos criados por ele… a maior parte com explicações escritas e desenhadas sobre cada peça, sua montagem, ou montagens distintas.

Alexandre Copês – A organização da produção, de maneira geral, havia sido iniciada por ele, e acredito que essa visão mais sistematizada da obra faz parte do olhar cuidadoso do Pasquetti com sua produção. Antes mesmo do trabalho ser iniciado comigo, como assistente de ateliê, algo que ainda não se denominava “catalogação” já estava acontecendo, pois, a atenção à documentação, registro e organização do próprio trabalho eram questões fundamentais para o artista desde o começo de sua carreira.  

Então ele já tinha uma preocupação com o futuro, em termos de preservação e conservação da sua obra, de deixar seu legado organizado e documentado? 

Camila – Acho que essa preocupação aumentou à medida em que foi ficando mais velho e com menos energia. Ele não tinha bem claro se o conjunto da obra poderia ser doado para a UFRGS ou para museus, ou se seria vendido. Colocou nas mãos dos filhos e deu o recado: “Conversem com o Alexandre”. Ele tinha plena consciência do valor do seu trabalho, até porque foi um artista que vendeu bastante durante a carreira, especialmente nos anos 80, como costumava lembrar, feliz.

Alexandre – Com certeza essa preocupação aumentou ao longo dos anos, sobretudo em função da complexidade que o próprio trabalho traz em termos técnicos, como montagem, armazenamento e manutenção. São pontos que preocupam qualquer artista à medida que sua produção ganha um corpo extenso, atravessando décadas, afinal, sabemos que há uma falta de assistência, interesse e recursos por falta das instituições brasileiras em termos de aquisição, preservação e conservação de acervos, ainda mais quando se trata de uma produção que atravessa a vida inteira. 

Como foi mergulhar nesse material tão extenso e intenso, que conta uma vida inteira, nesse momento delicado? Faz pouco tempo que completou o primeiro ano de morte do artista. 

Camila – Como dizia o próprio Pasquetti, experimentamos múltiplas sensações! Tivemos o apoio de muitos amigos e colegas do meio artístico. Descobrimos que nossa dúvida não era exclusivamente nossa: como lidar com o acervo de artistas no Brasil? Perguntamos e ouvimos muitos relatos. Desde então, estamos aprendendo a fazer o levantamento jurídico dos bens/obras que estão com a família, e também a lidar com o acervo completo do Pasquetti, digitalizá-lo, classificá-lo, tentando entender e não desmembrar trabalhos que pertencem a séries, instalações e conjuntos. 

Alexandre – é um mergulho e tanto, emocionante, surpreendente. Como assistente de atelier é reconfortante, por um lado, retomar projetos, revisitar arquivos, revelar e descobrir coisas nunca vistas. A potência da obra do Pasquetti é inacreditável, e talvez eu seja suspeito para falar, pois nossa parceria e amizade começou em 2015, quando o Nelson Azevedo me apresentou a ele. Desde aquele dia formamos uma equipe, e de forma respeitosa e colaborativa realizamos diversos projetos juntos, desde questões envolvendo acervo e documentação, assim como produções de exposições, projetos gráficos, edições e realização de vídeos etc. Restabelecer o contato com a obra do Pasquetti, coisa nunca posta de lado, é como estar com ele outra vez, reencontrando a forma complexa, intensa e inteligente de ver e pensar as coisas do mundo.   

Fotos: Acervo Carlos Pasquetti

Quando estamos trabalhando com a obra de um artista morto é preciso tomar decisões e muitas vezes fazer interpretações. Quais foram os desafios encontrados? Como vocês lidaram, e lidam, com o que precisa ser decidido em termos tanto práticos quanto subjetivos e até filosóficos, já que estamos falando de um legado artístico.  


Camila – Não sou do ramo das artes, mas eu e o Marcelo, meu irmão, crescemos nele. A Mara Alvares, nossa mãe e também artista, ajudou a registrar o trabalho do Pasquetti ao longo dos anos e ainda nos ajuda a resolver alguns mistérios sobre eles. Quando surgem as dúvidas filosóficas (e são muitas!), pedimos ajuda a ela e aos amigos artistas.

O desafio de não interpretar nos foi colocado no início da digitalização do acervo. É tarefa muito difícil, mas possivelmente mais fácil em se tratando de um artista já morto. O que tentamos fazer é focar naquilo que temos de mais concreto, ou seja, os títulos das obras (ainda que não saibamos alguns ou que haja mais de um título para a mesma obra), o contexto de produção de cada uma (exposições, seus locais e datas), além das pesquisas acadêmicas, os textos críticos, reportagens de jornal e outros materiais de divulgação. Então a pergunta “como expor e divulgar estas informações?” é uma constante e suas respostas estão sendo sempre reelaboradas.

Alexandre – A produção do Pasquetti sempre foi dotada de certo “enigma”, e ao mesmo tempo aberta a múltiplas leituras. É importante que a gente faça um exercício desprovido de um olhar interpretativo, que busque algum tipo de “resposta” ou visão definitiva sobre sua produção, ainda que as obras nos instiguem profundamente, seja por uma questão visual ou conceitual. 

Algumas decisões são práticas e claras de serem tomadas, por exemplo, as formas de expor, montar, organizar e compor uma instalação em determinado espaço expositivo, visto que inúmeras obras acompanham instruções (desenhos, projetos, esquemas) que sinalizam e evidenciam a relação destes materiais com o espaço a serem projetados. É claro que, em alguns instantes, surgem grandes interrogações: como exatamente este objeto será pendurado? De que forma podemos adaptar essa peça em função das necessidades do lugar? E mais, pensando sobre os desafios do próprio acervo, a exemplo de objetos e documentos que estão “fora” de uma série específica, a dúvida: a qual série pertencem? Como catalogar?

De qualquer forma, e olhando de maneira geral, isso é raro acontecer, sobretudo em função do olhar minucioso do Pasquetti sobre sua obra, ainda em vida, o que nos facilita enormemente a possibilidade de sermos respeitosos àquilo que o artista imaginou, esperou e projetou em relação a sua produção como um todo, ainda que o espaço para certa liberdade e experimentação façam parte desse movimento, como ele dizia “tudo é uma questão de saber jogar com o espaço”, e também com a leitura aberta e ampla sobre as formas de ver e pensar um trabalho de arte.

Toda catalogação, por mais aberta que se pretenda e que a obra exija, como é o caso do Pasquetti, acaba sendo um momento de organização, de colocar algumas coisas em “caixas”, sob determinadas categorias. Como vocês chegaram na decisão de dividir as obras por décadas? Havia pistas do próprio Pasquetti sobre como catalogar a sua obra?  


Camila – A artista Marina Camargo nos ajudou com duas dicas muito boas: um artigo de Andreia Magalhães sobre catalogação [Proposta para um modelo de catalogação como estratégia de gestão e conservação de obras de arte de imagem em movimento] e o plug-in Tainacan. De resto, o Alexandre é quem tem muitas pistas na memória e em arquivos digitais. Outros amigos artistas também têm ajudado com questões mais específicas. Por exemplo, li a respeito dos “desenhos-instalações” do Pasquetti em um texto de Carlos Scarcini e, por um instante, quis criar esta categoria. Mas desistimos, pois algum conhecido mencionou que para o Pasquetti tudo era desenho

Há ainda muitas datas que não descobrimos com precisão, por isso dividimos as obras por décadas. E também fizemos esta escolha para enxergar o que foi feito antes ou depois do quê, ao menos de uma maneira mais macroscópica. O Tainacan ajuda neste sentido de categorizar cada obra ou série em múltiplas “caixas”. É uma ferramenta incrivelmente versátil, permite adaptações e acréscimos de informações. E assim, seguimos todos os registros que temos: se uma obra foi classificada por alguma galeria ou pesquisador como “técnica mista”, por exemplo, colocamos esta descrição. Mas se sabemos mais detalhes sobre a técnica e o suporte, acrescentamos estes dados também com o objetivo de tentar tornar o digital um pouco mais palpável. Temos o problema das dimensões dos trabalhos, alguns com muitas variáveis, já que algumas obras são compostas por objetos.

Alexandre –  A Camila traz aspectos muito relevantes, e penso que muitas destas “pistas” deixadas pelo próprio artista nos ajudam a compor essa organização. Por exemplo, quando acessávamos algumas das mapotecas, com arquivos, documentos, entre outros materiais, o Pasquetti me explicava e apontava a forma cuidadosa de separar trabalhos por pastas (e aqui me refiro aos negativos fotográficos, provas de impressão e slides de projeção, entre outros conteúdos); tudo estava etiquetado por ano, às vezes décadas. Isso de alguma forma nos abriu uma janela – anos depois desde a primeira vez que manipulei esses materiais –, pois conversando com a Camila após o falecimento do Pasquetti, percebemos que tínhamos uma grande questão: o caráter multifacetado da obra do artista, distintas materialidades, formatos etc.; como dar conta disso tudo, sistematizando de uma forma clara e acessível a leitura sobre sua obra sem engessá-la através de rótulos? 

Ainda que não tenhamos saído do esquema “caixinha”, voltamos à forma organizada com que Pasquetti sempre desejou ver e pensar sua produção, em pequenas “pastas” que podem ser abertas, exploradas e lidas das mais distintas formas; ainda que separadas por décadas, fica o convite para que o público componha suas leituras e estabeleça relações entre as produções que, antes mesmo de estarem organizadas de forma linear, são compostas por atravessamentos e recorrências, trabalhos que iniciam nos anos 1970 e reaparecem em produções dos anos 2000, o que confere um caráter dinâmico não apenas à obra do artista, mas à forma com que nós, como público, podemos percorrer os distintos instantes de sua trajetória.  

Acervo Carlos Pasquetti

Por que vocês decidiram disponibilizar o acervo de forma online e gratuita? Qual a importância e contribuição para a pesquisa sobre a arte brasileira desse tipo de iniciativa? 

Camila – O Acervo online é uma maneira de enxergar, de compartilhar e trocar informações sobre o trabalho do Pasquetti. O imagino como fonte de consulta para pesquisadores e interessados. Mas nem tudo que está lá está totalmente aberto, ainda. Optamos por não divulgar os vídeos na íntegra, algumas das pérolas que o Pasquetti não tinha interesse em colocar no YouTube. Eu falava com ele sobre essa inevitabilidade, mas até agora estamos, como ele provavelmente queria, resistindo! 

Alexandre – Exatamente como aponta a Camila, o projeto nasce com a intenção de compilar a produção artística do Pasquetti, ainda que mantendo o ar de “mistério” em relação a algumas obras, como bem desejava o artista, deixando que estas camadas sejam construídas pelo olhar de quem acessa seu trabalho através do acervo digital. Além disso, é de grande importância expandir a visão sobre sua produção, tomada a relevância de seu papel como um dos pioneiros da arte contemporânea brasileira, ainda nos anos de 1960, sobretudo pela forma com que desdobrou questões de ordem conceitual e poética de maneira complexa e instigante. Por mais respeitada e pesquisada que seja, sua obra ainda se faz repleta de possibilidades, dotada de infindáveis leituras e comentários, e é justamente por tal motivo, que este acervo também se apresenta como um convite a quem desejar colaborar com informações, artigos, ensaios etc. acerca de sua produção, contribuindo não apenas com a arte local, mas também nacional.  


Vocês contam com o apoio de algum financiamento? Qual a importância de haver estímulos e editais para a salvaguarda de acervos que, como o do Pasquetti, guardam parte importante da história da arte de nosso país?  

Camila – Ainda não tivemos pernas para dar este passo, mas já espiamos alguns editais e estamos abertos a propostas. Não sei se o cenário está exatamente positivo, mas creio que hoje, ao final de 2023, estejamos num contexto de “respiro” no Brasil, que o Pasquetti infelizmente não viveu pra ver. Ele nunca achou que fosse ver o cenário político e cultural do jeito que vimos até um pouco depois da sua morte. Ficava pasmo.

Alexandre – É grande importância que estes estímulos para a salvaguarda de acervos sejam de fato postos em prática, pois quando analisamos a complexidade e a potência da obra de um artista como Pasquetti, nos deparamos com páginas da própria história brasileira, como por exemplo, em Trabalho com Máscara de Gás (1972), um ensaio fotográfico onde o próprio artista expõe-se através de autorretratos, exibindo aspectos de violência e silenciamento no contexto da ditadura brasileira; é uma página que não pode ser apagada, deve ser preservada e rememorada para que nós cidadãos, de maneira geral, tenhamos memória política e crítica em relação ao passado, e também sobre o destino de nossa sociedade. Ainda que a arte não tenha necessariamente tal papel, alguns artistas fizeram isso brilhantemente, e esse aspecto é um dos muitos aspectos que atravessa sua produção.

Quais os próximos passos da catalogação? 

C: Como disse uma amiga artista, essa catalogação é um trabalho pra vida toda! Precisamos mexer em paralelo nas obras da Mara, são legados fortes, divertidos, bonitos, mas é bastante trabalhoso organizar a produção deles, que têm décadas prolíficas de trabalhos e muitas intersecções com os trabalhos de outros artistas. Especificamente sobre o Acervo Carlos Pasquetti, precisamos conversar com colecionadores (públicos e privados) para localizar obras e outras informações. Ainda estamos mapeando quem são, se querem ter seus nomes divulgados, se podemos fotografar as obras que têm, que memórias possuem que possam ajudar a compor a catalogação. 

A: é importante considerarmos que este trabalho opera a partir de uma lógica do próprio Pasquetti, a possibilidade de pensamos projetos expositivos que se expressam de distintas formas, uma vez que suas obras são compostas por inúmeras maneiras de composição com o espaço. São mais do que obras “dentro de uma caixa” ou em uma “sacola”, por exemplo, são instalações complexas, projetos desenhados e articulados a partir de instruções, esquemas e estudos repletos de detalhamento. É importante frisar que esse acervo também nos dá uma dimensão mais panorâmica dos objetos através de costuras engenhosas e refinadas, como era da ordem do pensamento do próprio Pasquetti. Acreditamos que sua obra é de grande relevância, e ainda pouco explorada, considerando a dimensão de suas criações e o número de projetos inéditos, por isso também apostamos nessa catalogação e nas próximas etapas que virão, como uma forma de qualificar esse território, dando condições para que artistas, historiadores, curadores, galeristas, entre outros interessados, desfrutem desse projeto através da pesquisa, da difusão de seus conteúdos e da execução de projetos artísticos.  

Gostou desta reportagem? Garanta que outros assuntos importantes para o interesse público da nossa cidade sejam abordados: apoie-nos financeiramente!

O que nos permite produzir reportagens investigativas e de denúncia, cumprindo nosso papel de fiscalizar o poder, é a nossa independência editorial.

Essa independência só existe porque somos financiados majoritariamente por leitoras e leitores que nos apoiam financeiramente.

Quem nos apoia também recebe todo o nosso conteúdo exclusivo: a versão completa da Matinal News, de segunda a sexta, e as newsletters do Juremir Machado, às terças, do Roger Lerina, às quintas, e da revista Parêntese, aos sábados.

Apoie-nos! O investimento equivale ao valor de dois cafés por mês.
Se você já nos apoia, agradecemos por fazer parte da rede Matinal! e tenha acesso a todo o nosso conteúdo.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email
Se você já nos apoia, agradecemos por fazer parte da rede Matinal! e tenha acesso a todo o nosso conteúdo.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email

Gostou desta reportagem? Ela é possível graças a sua assinatura.

O dinheiro investido por nossos assinantes premium é o que garante que possamos fazer um jornalismo independente de qualidade e relevância para a sociedade e para a democracia. Você pode contribuir ainda mais com um apoio extra ou compartilhando este conteúdo nas suas redes sociais.
Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email

Se você já é assinante, obrigada por estar conosco no Grupo Matinal Jornalismo! Faça login e tenha acesso a todos os nossos conteúdos.

Compartilhe esta reportagem em suas redes sociais!

Share on whatsapp
Share on twitter
Share on facebook
Share on email
PUBLICIDADE

Esqueceu sua senha?