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Projeto “Vozes do Silêncio” reúne três obras de Samuel Beckett

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Projeto “Vozes do Silêncio” reúne três obras de Samuel Beckett Carolina Virgüez. Foto: Fabio Ferreira/Divulgação

Com direção e tradução de Fábio Ferreira, o projeto Vozes do Silêncio – Filme não Filme reúne três obras curtas (Não eu, Passos e Cadência) do dramaturgo irlandês Samuel Beckett, Nobel de literatura, que dão vozes às mulheres silenciadas pela sociedade.

Em cena, a também premiada atriz Carolina Virgüez dá corpo – e voz – a essas personagens por meio de solos que dialogam com diferentes linguagens artísticas. A montagem estreia em nesta sexta (2/4), às 19h, com apresentações gratuitas de sexta a domingo, até o dia 25 de abril, na plataforma Zoom.

Os ingressos devem ser adquiridos online.

Gravado em um casarão da Glória, na Zona Sul no Rio de Janeiro, Vozes do Silêncio apresenta três curtas complementares que trazem referências do cinema experimental russo e da artesania teatral, com uma riqueza metafórica intensa. São cenas plásticas e poéticas que transcendem à dramaturgia, mas que conversam com ela numa narrativa oscilante em que as vozes femininas se desdobram criando sombras, reminiscências, deslocamentos ao ponto de questionarmos quem fala e de onde vêm essas vozes.

Foto: Fabio Ferreira/Divulgação

“Brinco com as possibilidades de registrar o momento com câmera por meio de fusões, inversões de sentido e articulações entre trilha e movimento”, revela o diretor Fábio Ferreira, que começou sua carreira artística aos 16 anos como assistente do cineasta Silvio Tendler.

Escritos entre 1972 e 1980, os três textos formam uma trilogia conhecida internacionalmente como Whitelaw, em referência à atriz inglesa Bille Whitelaw, principal intérprete das obras de Beckett. “Embora formem uma trilogia, nenhuma produção se propôs a apresentar os três espetáculos no mesmo programa pela alta complexidade dos textos. Aqui no Brasil, já foram montados, mas separadamente”, conta Fábio Ferreira. “O texto beckettiano tem uma sonoridade própria. A Carolina Virgüez é minha parceira de longa data. É uma atriz completa que tem todas as qualidades técnicas para essa montagem, um desafio que requer virtuose vocal e intensidade física”, elogia.

A iluminação de Renato Machado, a trilha sonora original de Felipe Storino, o visagismo de Cleber de Oliveira e os figurinos de Luiza Marcier visam, de modos variados, a evidenciar e a reverberar essas vozes que foram esquecidas.

sexta-feira, 02 a 25 de abril de 2021 | 19h00

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