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Elza Soares, Letrux e Lio Soares falam sobre representatividade feminina em podcast

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Elza Soares, Letrux e Lio Soares falam sobre representatividade feminina em podcast Cartaz. Foto: Divulgação

No mês em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher, o podcast Nos Encontramos na Música, da Natura Musical, recebe duas artistas que transbordam o poder do feminino em seus respectivos trabalhos. No quarto episódio da série, Sarah Oliveira conversa com a atriz, cantora, compositora e escritora carioca Letrux e com a cantora e compositora paranaense Lio Soares, integrante da banda Tuyo. As artistas explicam como os trabalhos e vivências de outras mulheres servem de combustível para suas obras e vidas pessoais.

No programa As Mulheres na Cultura e Suas Redes de Afeto, que conta também com uma participação especial de Elza Soares, as convidadas refletem sobre como a música e as vozes femininas ajudam a fortalecer a luta das mulheres por mais direitos e a importância da construção de redes de afeto na busca pela equidade de gênero.

“Quem melhor para falar de si mesma do que a própria mulher? Se queremos provocar reflexões sobre o que é ser mulher, quem tem que falar sobre isso somos nós”, afirma Lio, antes de acrescentar: “Se hoje o mercado cultural ainda é complicado para as mulheres, esse espaço já foi bem pior. Alguém veio com um facão em riste abrindo a mata para que nós, mulheres que fazemos música hoje, pudéssemos passar com um pouco mais de tranquilidade”. 

A cantora paranaense ainda explica que a cultura representa em sua vida uma possibilidade de transformação: “A música mudou o meu futuro de uma forma pragmática. Ela me removeu de uma rota que já estava traçada e pré-estabelecida para uma mulher como eu e me deu a possibilidade de hackear esse sistema. A música fez transformações tanto do lado de dentro quanto do lado de fora”. 

Para Letrux, que carrega a mitologia feminina em seus discos Noite de Climão e Aos Prantos, as deusas são uma grande fonte de inspiração: “A minha mãe é uma mulher muito mística e o meu pai tem um terreiro de umbanda, então todas essas figuras, tanto da mitologia grega quanto da mitologia africana, me inspiram muito. São muitos os arquétipos femininos para endeusar, idolatrar, estudar e compreender que temos dramas contemporâneos, mas que nós somos muito antigas”, explica a cantora.

A artista ainda reitera que o seu público é majoritariamente feminino e é formado por mulheres de todas as idades que se reconhecem em sua música: “Não são apenas jovens, têm mulheres que me falam ‘minha avó te ama’. Eu adoro quando os extremos das idades se encontram, quando uma criança me ouve e é impactada pelo meu trabalho”. 

Os próximos episódios, que tratam de temas acerca da ancestralidade, da transformação social a partir da música e da diversidade cultural, serão lançados quinzenalmente, sempre às quintas-feiras. 

O podcast está disponível nas plataformas digitais.

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