Juremir Machado da Silva

Machado de Assis na Biblioteca Pública do RS

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Machado de Assis na Biblioteca Pública do RS

Ninguém duvida que Machado de Assis é o maior escritor brasileiro de todos os tempos. A obra do Bruxo do Cosme Velho anda fazendo sucesso na Europa e nos Estados Unidos. Nunca é tarde para mais atenção por parte dos colonizadores e dos novos velhos donos do mundo. Por toda parte surgem novas homenagens. A Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul, depois do sucesso da exposição Caminhos de Proust, está com a exposição Machado de Assis.

A curadoria é de Cláudia Antunes.

O visitante poderá ver uma ótima linha do tempo da vida do escritor.

Outro ponto interessante de parada são as dez curiosidades sobre a vida do autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Mas, afinal, a gente sempre se pergunta: Capitu traiu ou não traiu?

Ou tudo aquilo era só ciúme doente do narrador, Bentinho, o suposto traído?

Como nada se faz sem trabalho em equipe, vale conferir a lista dos envolvidos.

A negritude do escritor é destacada.

Machado de Assis tinha antenas.

Gosto de reler seus comentários sobre as pestes do seu tempo:

18 de outubro de 1896

“Quando aqui apareceu o cólera, há muitos anos? (…) o destroço foi terrível, e a doença teria feito a lei da abolição por um processo radical (…) A amarela é caseira, gosta de cômodos próprios e não exige que sejam limpos, nem largos; a questão é que a deixem ficar.

[…]

Os italianos não creem no mal. Assim o dizem as estatísticas (…) Portugueses e alemães vêm depois deles, muito abaixo, e ainda mais abaixo franceses, russos, belgas, ingleses e outros. Quem crê deveras na febre é o chim.”

25 de outubro de 1896

“Já estou cansado de tanto juiz em Berlim. Algemas, ainda que as doure o nome de origens legais, sempre são vínculos da escravidão.”

1º de novembro de 1896

” Não conheci essa multidão de gazetas e gazetinhas, cujos títulos hão de interessar os Taines do próximo século. Dão eles a nota dos costumes e da polêmica. Quanto ao número, quase que era uma folha para cada rua.”

8 de novembro de 1896

(sobre campanhas eleitorais com debates nos EUA)

“Nós temos uns meetings ligeiros e não dispendiosos…”

[…]

“Vá a gente crer que nos jornais que lê.”

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