Gre-Nal teve polêmica, vitória do Inter e falta de ambição do Grêmio

O Gre-Nal do último domingo, 25, mostrou a força do clássico e confirmou a superioridade do Inter no momento, não apenas pelo resultado, mas por tudo o que aconteceu em campo, especialmente pela escalação do técnico Renato que, reconhecendo a supremacia colorada, escalou um time com clara preocupação defensiva, colocando quatro volantes no meio, fazendo inveja às formações de três volantes que ficaram famosas com Celso Roth. Além disso, o jogo mostrou um Inter propositivo, tendo as iniciativas das jogadas de ataque durante toda a partida, enquanto o Grêmio priorizava sempre se defender.

A escalação gremista foi emergencial, Renato fez uma formação para tentar não perder o Gre-Nal, foi ajudado pelo erro de Renê ainda na primeira etapa, mas a falta de ambição tricolor determinou desde o começo o protagonismo colorado. O Grêmio esteve duas vezes à frente no marcador, somente depois que sofreu o empate de 2 a 2, pela primeira vez, Renato fez alterações com a intenção de dar mais poder ofensivo ao time, mas claramente o Grêmio foi preparado ao longo da semana para não perder, não para ganhar, e o futebol não perdoa a falta de ambição, quem joga apenas para não perder, em geral, acaba perdendo e isso foi mostrado mais uma vez no clássico Gre-Nal.

Anderson Daronco teve a dura missão de apitar o confronto sem a utilização do VAR, uma das tantas aberrações do nosso campeonato gaúcho. Acertou no pênalti decisivo em Alan Patrick e errou ao não marcar falta em João Pedro que, na sequência da jogada, determinaria o gol colorado. Este lance não seria anulado pelo VAR pelo fato de não caracterizar lance ofensivo colorado, mas o erro de Daronco proporcionou a sequência da jogada.

No mais, são lances de agarra e empurra na área, que dificilmente são marcados sem a utilização da tecnologia. Daronco deixou de dar alguns cartões, cometeu erros, mas não foi ele quem determinou o resultado da partida, o gol colorado nasce numa jogada de técnica de Alan Patrick, que dribla Kannemann e é derrubado na área, pênalti. Foi a qualidade que determinou a vitória colorada e não a arbitragem.