Nando Gross

O Inter trata mal os seus ídolos

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O Inter trata mal os seus ídolos Foto: Staff Images/Cruzeiro/Divulgação

A relação entre um clube de futebol e seus ídolos é um aspecto crucial na construção da identidade e da história da instituição. Os ídolos são jogadores ou treinadores que conquistaram a admiração dos torcedores ao longo dos anos pelos seus feitos, deixando uma marca permanente em suas memórias. É lamentável constatar que, no caso do Internacional, essa relação historicamente não é boa.

No último sábado no Beira-Rio, D’Alessandro foi questionado pela imprensa sobre a dívida que o Inter tem com ele e se mostrou muito incomodado, não apenas pelo fato de e o clube estar com cinco parcelas do acordo em atraso, mas pelo fato de que a diretoria o trata com indiferença. Alguns não gostaram e entenderam como um movimento político do argentino, pelo fato de ter eleições no final do ano, mas ninguém no clube desmentiu o atraso nos pagamentos.

D’Alessandro é apenas mais um caso, Falcão, considerado o maior jogador da história do Internacional, não possui qualquer relação com o Inter atualmente e é fácil entender o porquê. Essa falta de reconhecimento e valorização de um ídolo tão importante é preocupante e merece ser analisada.

A história se repete com outros nomes de destaque, como Fernandão, que assumiu o papel de treinador e foi demitido em pouco tempo. É muito clara a falta de uma abordagem adequada na gestão do relacionamento com os ídolos.

Uma explicação para essa atitude por parte dos dirigentes é o receio de que os ídolos possam se tornar mais influentes do que eles mesmos perante a torcida. É possível que os dirigentes tenham medo de perder o controle da narrativa em torno do clube, temendo que os ídolos se tornem figuras mais proeminentes e populares.

Mas essa postura de afastar os ídolos do clube é prejudicial tanto para a instituição quanto para os próprios torcedores. Os ídolos são figuras que inspiram e mobilizam a torcida, mantendo viva a paixão e o vínculo emocional dos torcedores com o clube.  A história de um clube de futebol tem como protagonista jogadores e treinadores.

D’Alessandro concedeu esta entrevista dentro do Beira-Rio, mesmo assim, a diretoria do clube não se manifestou para contestar o que foi dito.

Jogo ruim

No jogo contra o Cruzeiro, o Inter não conseguiu se impor dentro do Beira-Rio e ficou no 0 a 0, resultado que derrubou o time para oitava colocação na tabela. O Inter vinha de uma grande vitória na Libertadores e a impressão é de que o time não conseguiu manter a intensidade que teve na vitória sobre o Independiente de Medellin. No Brasileirão, a única forma de chegar na ponta de cima, é jogando sempre com a “corda esticada”, não há tempo para relaxar.

A decisão de Renato que garantiu a vitória do Grêmio na Bahia

A vitória do Grêmio em Salvador, contra o Bahia, passou pela decisão de Renato de escalar os titulares e deixar claro que este ano o clube vai brigar pela conquista do Brasileirão. Nas outras passagens de Renato pelo Grêmio, os títulos aconteceram, mas o Brasileirão sempre foi deixado de lado, em detrimento da Copa do Brasil e da Libertadores. Esta foi a grande mudança na vitória de sábado à noite, mesmo tendo um jogo decisivo pela Copa do Brasil, na terça-feira, contra o mesmo Fortaleza, Renato escalou seus titulares, inclusive seu maior jogador, Suárez, que todos sabem sofre com dores no joelho.

A vitória mantém o Grêmio na vice-liderança e mostra a consistência do trabalho que vem sendo feito por Renato, que parou de reclamar a falta de jogadores e tratou de buscar soluções internas. Desde a vitória no Gre-Nal, o Grêmio só cresceu e com a chegada dos resultados, o desempenho também cresceu com a volta da confiança.

O time de posse de bola do Gauchão se tornou mais consistente defensivamente e com transição ofensiva rápida, com novo desenho tático e estratégia de jogo. Este é o trabalho do treinador, encontras as soluções a partir do momento em que ele encontra onde estão os problemas, Renato tem se mostrado muito competente e a torcida gremista já deixou de lado as pequenas ambições e voltou a sonhar com conquistas maiores ainda para 2023.

Tem Copa do Mundo neste mês de julho

No próximo dia 20 começa a Copa do Mundo feminina de 2023. Essa edição será marcada por ser a primeira que contará com dois países sede e com maior número de seleções. Dessa vez serão 32 equipes, oito a mais que a edição de 2019. Um dos desafios das empresas que irão transmitir o mundial é o fuso horário. a Austrália, que é um dos países que receberá a competição, está 13 horas à frente do fuso brasileiro, enquanto a Nova Zelândia está 15 horas. Isto também é levado em conta na busca de patrocinadores. Além da Globo (canal aberto) e seus canais de assinatura, a CazéTV também vai transmitir os jogos.

A estreia do Brasil acontece no dia 24 de julho, contra o Panamá. A fase de grupos irá até dia 3 de agosto, com a seleção brasileira encerrando a fase de grupos contra a Jamaica no dia 2.

A CazéTV já conta com 11 marcas patrocinadoras: Coca-Cola, Esportes da Sorte, Eurofarma, iFood, Itaú, Latam, Mastercard, Mercado Livre, Mc Donalds, Sensodyne e Unilever com as marcas Rexona/Clear.

A Nike é a patrocinadora da seleção brasileira e para a Copa do Mundo, lançou um uniforme inspirado na mãe natureza que celebra a diversidade brasileira. A ideia é celebrar o futebol brasileiro e convidar as mulheres a participarem mais dos eventos esportivos.

A Visa também terá algumas ações para essa edição da competição. A ideia da marca é promover ações para trabalhar a visibilidade do futebol feminino. Além disso, a Visa levará caminhões itinerantes para as grandes cidades, com o objetivo de fazer com que as pessoas consigam assistir aos jogos mesmo estando na rua.

O Brasil vai em busca de um título inédito. A equipe comandada pela sueca Pia Sundhage faz parte do Grupo F, ao lado de França, Jamaica e de um time que será definido na repescagem, e contra o qual a seleção estreará no Mundial no dia 24 de julho.

A importância da visita de Lula

No último sábado o presidente Lula esteve no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, durante o treino da seleção. Lula cumprimentou as jogadoras e desejou boa sorte no Mundial. “Primeiro, desejo que vocês tenham a possibilidade de realizar o sonho de vocês, que é ganhar uma Copa do Mundo. A gente não ganha quando quer, ganhamos quando estamos preparados. Acredito que o futebol brasileiro tem evoluído. Precisamos garantir que as mulheres também tenham o mesmo que os homens”, disse o presidente.

É importante a visita do presidente porque sinaliza o apoio do Estado brasileiro, o que é significativo, na medida em que o futebol durante muitos anos foi proibido para as mulheres no Brasil. Em 1941, um decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas proibiu as mulheres de praticarem a modalidade. Foi considerado inaceitável que mulheres contrariassem a “natureza de ser mãe” em um esporte masculino e violento.

A revogação veio em 1979, mas a prática só voltou realmente à legalidade em 1983, por isso a importância da presença do presidente, não apenas como um gesto de incentivo para a equipe na competição, mas também legitimando a prática e manifestando o apoio do estado a todas as mulheres que jogam ou pretendem jogar futebol no Brasil.  

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