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Edital abre espaço para uso público do Cais

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Edital abre espaço para uso público do Cais

edital de concessão do Cais Mauá, publicado no último dia 18 pelo Piratini, trouxe diferenças em relação ao projeto original. Entre as mudanças, destaca-se a previsão de que o pórtico de entrada e os armazéns A e B do Cais, que são tombados, sejam destinados exclusivamente para atividades culturais e não tenham gestão privada. Outra alteração é a disponibilização de dois pavilhões, entre os nove que serão privados, para eventos do poder público em ao menos 90 dias do ano. As mudanças, explica o secretário extraordinário de Parcerias do Estado do Rio Grande do Sul, Marcelo Spilki, ocorreram depois de uma série de consultas públicas: foram duas audiências, nove workshops e mais reuniões com representantes setoriais. Na Parêntese do último sábado, Eber Pires Marzulo, coordenador do Projeto Extensão Cultural Ocupação do Cais Mauá e professor titular da Faculdade de Arquitetura da UFRGS, classificou as alterações como uma “breve conquista”. 

Abertura da Expointer tem recorde de público

Depois de duas edições cerceadas pela pandemia de covid-19, o público voltou com força ao Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. As 90 mil pessoas que foram à abertura da 45ª Expointer foram brindadas com um sábado de verão neste fim de inverno. O público quebrou o recorde de visitantes em um primeiro dia da feira de agropecuária – a marca anterior era de 2014, quando mais de 53 mil pessoas compareceram à abertura. O Pavilhão da Agricultura Familiar, um dos mais visitados, gerou 762,9 mil reais em receitas, uma alta de 72,16% em relação ao primeiro sábado da feira de 2019, última sem restrições de público. O domingo também foi de movimento intenso: mesmo com o frio e a chuva, mais de 60 mil pessoas circularam pela Expointer.

Universidades criam bancas para avaliar autodeclaração 

Na tentativa de evitar fraudes no sistema de cotas, universidades públicas contam com bancas para avaliar a autodeclaração de candidatos que se dizem pretos ou pardos. Nesse processo, o estudante é avaliado por terceiros. Na Universidade Federal do Rio de Janeiro e na Universidade Federal de Juiz de Fora, de Minas Gerais, as comissões usam como critério o fenótipo do candidato, ou seja, características físicas como cabelo, cor da pele e formato do nariz, a fim de saber se o estudante é percebido pela sociedade como negro. Em 2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu ser constitucional o uso da heteroidentificação para evitar fraudes nas cotas em concursos públicos. Mas o mecanismo de verificação baseado no fenótipo já foi contestado. Também em 2017, o Ministério Público Federal recomendou que a Universidade Federal do Rio Grande do Sul suspendesse o processo de análise de candidatos denunciados por supostas fraudes porque havia relatos de “constrangimento e discriminação”.

Outros links:

  • A vacinação de crianças de 3 e 4 anos com a primeira dose contra a covid-19 está suspensa por falta de novas doses. Veja aqui onde o público acima dos 5 anos pode se vacinar hoje.
  • A prefeitura de Porto Alegre adicionou mais viagens ao transporte coletivo. As mudanças, que começaram no sábado, ligam ao Centro as linhas Paulino Azurenha e Caldre Fião. 
  • Obra de reparo no viaduto da Santa Casa causa bloqueio de meia pista nos dois sentidos a partir de hoje. Trabalho deve durar 40 dias.
  • Orelhões defeituosos foram removidos do centro de Porto Alegre. Segundo a prefeitura, mais da metade dos 670 telefones públicos da Capital está danificada ou não funciona.   
  • A Frente Quilombola RS denuncia ameaças de invasão no Quilombo dos Alpes, na Capital, nos últimos dias. Segundo a entidade, a Brigada Militar dispersou os invasores, mas a comunidade segue em vigília por medo de novos ataques.
  • O MP-RS promove capacitação em gênero nos dias 1º e 2 de setembro, em Porto Alegre. A programação pode ser consultada aqui, e as inscrições, sem custo, já estão abertas.
  • Com salários de até 20 mil reais, mais de 30 editais de concursos estão abertos no RS. Há opções para todos os níveis de escolaridade.

Com perfil de Carlos Messalla, Matinal lança série sobre candidatos ao Piratini 

O primeiro perfil da série do Matinal sobre os candidatos ao Piratini apresenta Carlos Messalla (PCB). Gaúcho de 46 anos, natural de Gravataí, Messalla é servidor público dos Correios. Em 2020, concorreu a vereador em Porto Alegre pelo próprio Partido Comunista Brasileiro (PCB), mas não foi eleito, fazendo 53 votos. A chapa de Messalla e Edson Canabarro se afirma como uma candidatura independente em relação às demais chapas de esquerda que, na visão do PCB, tentam combater o bolsonarismo se alinhando a pautas reformistas. 

Messalla defende que o Rio Grande do Sul rompa com o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), interrompendo seu pagamento e levando adiante uma auditoria da dívida. Também é contrário às privatizações e propõe reestatizar a CEEE e a Sulgás, além de manter a Corsan pública e fortalecer o Banrisul.

Ainda sobre eleições: na sexta-feira, começou a propaganda eleitoral na TV e no rádio. Aqui você confere um resumo de como se apresentaram os candidatos ao governo do Estado.

Leia o perfil que inaugura a série


Juremir Machado da Silva

Cotas mudaram as universidades

Chegamos aos 10 anos da Lei das Cotas, a Lei nº 12.711/2012, que mudou a cara e a cor das universidades brasileiras e está tornando o País muito mais inclusivo, embora falte muito para deixar de ser racista. Sem esse pé na porta o sistema educacional teria permanecido o instrumento de hierarquia social que era, sem qualquer brecha ou mudança substancial. Ainda há quem seja contra as cotas raciais.

Três grupos aparecem quando se trata de rejeitar as cotas: os racistas, que obviamente não se apresentam como tal; os defensores de cotas exclusivamente sociais por razões ideológicas (marxistas ortodoxos que só enxergam classes sociais); os velhos iluministas, que não aceitam qualquer política tendo como critério raça, sexo, gênero, etc, apostando num universalismo que já mostrou ser o melhor tapume para a discriminação. Há também aqueles que se agarram a uma falsa meritocracia, aquela em que pessoas com oportunidades de preparação totalmente diferentes respondem a uma mesma prova e disputam uma mesma vaga como se estivem em condições equivalentes de competição.

Leia neste link a coluna completa.


Cultura

Marcélia Cartaxo não desiste do filho em “A Mãe”

Foto: Cup Filmes

Um dos filmes mais aplaudidos no 50º Festival de Cinema de Gramado, A Mãe (2022), novo trabalho do cineasta Cristiano Burlan, ganhou no recente evento serrano os prêmios de melhor direção, atriz e desenho de som. Marcélia Cartaxo brilha mais uma vez no papel de uma mãe-coragem na periferia de São Paulo que não mede esforços para encontrar o filho adolescente desaparecido. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda (🔒)

O pianista Rodolfo Faistauer apresenta-se no projeto Solo Piano, às 12h30, no Centro Cultural da UFRGS.

programação especial do Canal Brasil para o Dia Nacional da Visibilidade Lésbica começa às 16h10 com a exibição do curta Entre Irmãs, de Breno Silveira.

Festival Internacional Literário de Gramado (FiliGram) será realizado de 2 a 11 de setembro com o tema “O Livro Está na Mesa: o Papel da Literatura em Momentos de Transformação”.

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Você viu?

Um tesouro do mar: um filhote semialbino de baleia-franca foi avistado em Rainha do Mar, no Litoral Norte. O registro, feito na semana passada, é de autoria do publicitário e fotógrafo Marcelo Langon. Acostumado a fotografar os animais, Langon já havia visto outros exemplares semialbinos – no entanto, foi a primeira vez que ele viu um nas águas do Rio Grande do Sul. São poucos os filhotes que nascem com essa condição: a maioria deles, como os da foto, é macho. Segundo o projeto Farol das Baleias, cerca de 50 animais já foram avistados no litoral do Estado nesta temporada.

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