Matinal News

Enfermagem do Rio Grande do Sul adere à greve nacional

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Enfermagem do Rio Grande do Sul adere à greve nacional Foto: Pedro Piegas / PMPA

Técnicos e auxiliares de enfermagem aprovaram ontem a adesão à greve nacional da categoria prevista para começar às 7h a partir desta sexta-feira. A paralisação deve durar 24 horas, com possibilidade de se estender, segundo o edital. Nesta quarta-feira, os profissionais devem realizar uma série de atos em todo o país. Em Porto Alegre, uma caminhada está marcada para amanhã, às 11h, no Centro. Para quinta, uma vigília está sendo organizada nos hospitais afetados – além da Capital, há trabalhadores mobilizados em pelo menos outras sete cidades, em especial de Região Metropolitana e Litoral Norte. A classe busca a implementação do piso salarial nacional, com garantias e sem atrelamento à jornada de 44 horas semanais. Aprovado no ano passado, o piso nacional da enfermagem foi suspenso pelo STF, que retoma o julgamento do caso nesta semana. Mês passado, o presidente Lula (PT) sancionou um projeto que liberava o custeio do piso da categoria, mas a Confederação Nacional de Municípios argumenta que os valores projetados se mostram insuficientes. 

Infestação de dengue reduz em Porto Alegre – Depois de 14 semanas em nível crítico, o Índice Médio de Fêmeas de Aedes aegypti baixou para o nível moderado no período entre os dias 18 e 24 de junho, em Porto Alegre. O indicador, cuja metodologia é explicada aqui, é utilizado para acompanhar a infestação do mosquito transmissor da dengue na cidade. De acordo com o Boletim Informativo sobre a Dengue, da Secretaria Municipal da Saúde, neste ano, Porto Alegre já confirmou 3.041 casos da doença – sendo 2.903 autóctones. No mesmo período do ano passado, os registros de dengue na Capital estavam em 4.986. O total de mortes provocadas pela doença em 2023 é quatro, o mesmo de todo o ano de 2022.

Prefeitura não tem pressa para votar projetos na Câmara – A Câmara Municipal deverá deixar para o segundo semestre pautas mais sensíveis à Prefeitura, como são os casos da extinção da licença-prêmio, a concessão parcial do Dmae e a discussão sobre o Plano Diretor, conforme apurou o Correio do Povo. A ideia é usar o período de recesso para ampliar as articulações. Enquanto o líder do governo Melo na Casa, vereador Idenir Cecchim (MDB), defende a parcimônia e garante que a gestão não tem “pressa desenfreada”, o vereador Jonas Reis (PT), da oposição, entende que o governo sabe que não tem os votos necessários para aprovar as pautas: “Se o prefeito tivesse votos, ele já teria votado na Câmara”, analisou. Homologada no mês passado, a comissão sobre o Plano Diretor na Câmara segue sem data para iniciar os trabalhos. 

Quase mil pessoas seguem fora de casa por causa do ciclone – O balanço mais recente da Defesa Civil informou que 959 pessoas estão desalojadas (em residências de amigos e familiares) e 21, desabrigadas (em locais providenciados pelos municípios) por conta do ciclone extratropical que atingiu o Estado entre 15 e 16 de junho. Além de provocar a morte de 16 pessoas, o fenômeno deixou 60 municípios em situação de emergência. Até ontem prosseguia o trabalho de reconstrução nas cidades atingidas – e as estradas bloqueadas ainda são um problema em pelo menos cinco pontos na Serra e no Litoral Norte. Em Porto Alegre, apesar de haver 70 habilitadas, apenas três famílias haviam requerido aluguel social até o último domingo.

Mais da metade dos alunos do 2º ano do fundamental não sabem ler – Cerca de 54% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental da rede pública do Rio Grande do Sul ainda não possuem condições de ler completamente palavras isoladas. O grupo está classificado no nível Pré-Leitor, conforme o Programa Alfabetiza Tchê RS. Pelo levantamento, que considera as redes municipais e estadual, 37% dos estudantes são Leitores Iniciantes (leem pausando entre as sílabas) e apenas 9% estão no nível Leitor Fluente (leitura automática de textos com naturalidade). Na comparação entre as redes, as escolas estaduais apresentaram melhor índice na fluência de leitura, com 10% contra 8% dos alunos das instituições municipais. Cerca de 92 mil alunos participaram da pesquisa.


Outros links:

  • Iniciativa da Prefeitura, o Rolê da Vacina nas escolas já aplicou quase 6 mil vacinas contra a gripe, elevando para 28,6% a marca de crianças vacinadas na cidade – índice ainda bem longe da meta de 90%.
  • O Asilo Padre Cacique completa 125 anos de serviços de acolhimento a idosos neste mês. Atualmente, há 92 residentes no local.
  • Ex-prefeito de Pelotas, Fernando Marroni foi empossado ontem como novo diretor-presidente da Trensurb. Ao jornalista Bruno Pancot, ele afastou a possibilidade de aumento da tarifa, atualmente em 4,50 reais.
  • O governador Eduardo Leite (PSDB) encaminhou à Assembleia o projeto que prevê reajuste de 9% no salário mínimo regional. Se for aprovado, o valor subirá dos atuais 1.443,94 reais para 1.573,89.
  • Indiciado por suspeita de encomendar um atentado contra um jornalista, Micael Carissimi foi exonerado do cargo que ocupava no Governo do Estado. Ele havia sido indicado pelo presidente da Assembleia, Vilmar Zanchin (MDB).
  • Mesmo ao assinar o acordo com a Aegea, o Sindiágua reforçou que sua postura continua sendo contrária à privatização da Corsan.
  • Direto de Paris, Juremir compartilha sua apresentação do livro Sapateiro de Bruxelas, de Alcides Stumpf, além de trazer perspectivas desde a capital francesa. Leia na coluna especial de hoje.

Hélgio Trindade: Sonho e realização

O entrevistado da edição de sábado foi Hélgio Trindade, um dos grandes nomes das Ciências Políticas no país, ex-reitor da UFRGS e reitor-inventor da UNILA – Universidade da Integração Latino-Americana, em Foz do Iguaçu. Em uma longa conversa, ele recuperou memórias como uma viagem a Cuba e a repercussão na capital gaúcha. No seu retorno, depois de conceder entrevista à Folha da Tarde, na qual falou dos impactos da Revolução Cubana na vida da população, enfrentou fortes críticas, especialmente de grupos católicos conservadores.

Foi duro esse período porque viramos uma espécie de Geni, em que todo mundo batia, salvo os amigos solidários. Só fomos reconhecidos por poucos, e depois muitos quando as coisas evoluíram, com Brizola como Governador do Estado (1959-1963), e sua vigorosa política educacional, construindo suas quase seis mil escolas primárias (“brizoletas”, de madeira) em todos os rincões do estado do RS, as primeiras experiências de reforma agrária e as privatizações de empresas americanas. 

Leia a primeira parte da entrevista aqui.


Cultura

“Tinnitus” ecoa memórias e obsessões de uma atleta

Premiado nas categorias de melhor fotografia, montagem e direção de arte no 50º Festival de Cinema de Gramado, o filme Tinnitus (2022) está em cartaz nos cinemas. O drama dirigido por Gregorio Graziosi acompanha os afetos, temores, obsessões e memórias de uma experiente atleta de saltos ornamentais atacada por um constante e forte zumbido no ouvido. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda

Às 18h, será inaugurada na Casa de Cultura Mario Quintana a exposiçãoProva de Artista – Impressões em Relevo, que reúne trabalhos de estudantes do Instituto de Artes da UFRGS e tem curadoria dos professores Flavya Mutran e Celso Vitelli.

Sopapo Poético tem como tema os sons e ideias do pensador Jorge Cidade, às 19h30, na Biblioteca Pública do RS.

A Orquestra Theatro São Pedrocelebra os 165 anos do teatro e os 150 anos do Tribunal de Justiça do RS, às 20h, no Theatro São Pedro.

Às 19h30, a Cervejaria Macuco debate questões em torno da comunidade LGBTQIA+, reunindo Cláudio Nascimento (Aliança Nacional LGBTI), os jornalistas Douglas Schütz Lisandra Steffen e a delegada Tatiana Bastos (Delegacia de Polícia de Combate Intolerância), com encerramento da drag queen Isis James-Preston.

A banda Dévil Évil relançou seus três álbuns nas plataformas digitais.

A rapper Cristal – relembre a conversa com o escritor José Falero – lançou o single Posse.

Veja a agenda completa


Você viu?

primeira indígena a se tornar doutora pela UFRGS vai defender, na próxima sexta, sua tese baseada na trajetória da própria mãe. Susana Kaingáng é filha de Andila Kaingáng, educadora que atua em prol da educação escolar desde os 17 anos. Ela integrou a primeira turma de Professores Bilíngues no Brasil e é servidora aposentada da Funai. A doutoranda, que entrou na UFRGS por meio de ações afirmativas, diz que teve contato com disciplinas sobre feminismo, mas pouco sobre o universo da mulher indígena. Esse foi um dos motivos que a levou a dar visibilidade à história da mãe. “Quando indígenas ingressam na universidade a gente então se apropria desse espaço, desse território, com a nossa linguagem, com as nossas histórias, com os nossos valores. Então é um momento único”, disse a pesquisadora ao G1.

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