Homicídios sobem 32% na Capital em janeiro
Foto: Palácio Piratini/Laura Guerra
O número de homicídios dolosos em Porto Alegre cresceu em janeiro deste ano, na comparação com o mesmo mês de 2023. O salto foi de 22 para 29, uma elevação de 32%, mais que o dobro do índice registrado pelo estado no período. No RS, os casos foram de 163 para 187, uma alta de 15%. Os dados foram divulgados ontem pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Por outro lado, outros crimes como latrocínio, furtos, roubos, incluindo de veículos, tiveram redução na comparação entre os dois últimos meses de janeiro, assim como delitos relacionados a armas e munições.
Em janeiro, a capital voltou a reportar um caso de feminicídio consumado, o que não havia acontecido no primeiro mês de 2023. As tentativas de feminicídio foram de 4 para 5, enquanto estupros reduziram de 30 para 16. Porto Alegre é uma das cidades que dispõe de monitoramento de agressor para vítimas de violência doméstica, medida que está em vigor desde o segundo semestre do ano passado.
Preocupação com três cidades do interior – Além de Porto Alegre, aumento de homicídios em nível estadual, segundo a SSP, é atribuído ao crescimento de crimes principalmente em Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas. Os casos têm relação com o tráfico de drogas, segundo a Brigada Militar, que intensificou o policiamento nos municípios.
O que mais você precisa saber
Parlamentares cobram ação após denúncia de possível foco de dengue em depósito da EPTC – Após a denúncia da Matinal de um possível foco de dengue no bairro Higienópolis, a deputada estadual Luciana Genro e o vereador Roberto Robaina, ambos do PSOL, encaminharam um ofício às autoridades municipais e estaduais, exigindo ação imediata para garantir a segurança sanitária da região. O local, que já foi denunciado por moradores, serve de depósito da EPTC para veículos inservíveis. O Higienópolis é um dos 46 bairros de Porto Alegre monitorados pela Vigilância Sanitária. Segundo dados atualizados até 10 de fevereiro, todos estão em situação crítica quanto ao índice de infestação do mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti.
Empresas que venceram licitação por área ao lado da Redenção são desclassificadas – A transformação do antigo posto de combustíveis ao lado da Redenção em um espaço de convivência vai levar um tempo a mais, pelo menos até abril. Passado pouco mais de mês da realização da licitação da área, as duas primeiras empresas que apresentaram propostas foram desclassificadas pela prefeitura. Desta forma, a terceira colocada no certame, Alegrow Conveniências, está para ser chamada, conforme apurou GZH. Caso a empresa – que informou não ter sido comunicada oficialmente ainda – não se manifeste, há outras três interessadas no uso do terreno.
Prefeitura quer compartilhar gestão do Gasômetro
A prefeitura apresentou ontem as obras na Usina do Gasômetro, que devem ser concluídas até a metade deste ano, após seguidos atrasos. A partir da reforma, a ideia do município é compartilhar a gestão com a iniciativa privada por um prazo de 20 anos, mas com garantia de acesso gratuito a diversas áreas e manutenção do viés cultural do prédio, que tem capacidade para 2,5 mil pessoas. Uma consulta pública ficará aberta ao longo dos próximos 30 dias, por meio da qual a prefeitura recebe sugestões ao projeto – que pode ser acessado neste link.
Outras notícias
- Oito redes de farmácias e clínicas de vacinação em Porto Alegre não possuem mais doses da vacina contra a dengue. Outros estabelecimentos também não conseguem atender a demanda.
- A comunidade escolar do Neeja Paulo Freire se mobiliza para tentar evitar a troca de local das aulas, que a Seduc planeja por conta de obras. Alguns alunos falam que podem abandonar os estudos por conta da mudança.
- Mais de 30% dos casos de dengue no RS estão concentrados apenas no município de Tenente Portela, noroeste do estado. Para combater, a prefeitura aplica “fumacê” pela cidade.
- O projeto de educação musical “Oficina do Choro” está com inscrições abertas até 7 de março. Pessoas com ou sem experiência que tenham instrumentos podem participar.
- O povo Guarani Mbyá está retomando seu território em Viamão, exigindo a Funai a demarcação das terras. Eles homenageiam Turíbio Gomes, ancião que também lutou pela vida digna do seu povo.
- “Não é de duvidar que, pelo bem da narrativa, Jair Bolsonaro queira ser preso. Por alguns dias. Num quartel amigo. Uma prisão poderia lhe dar o aspecto ilusório de mártir”, comenta Juremir, nesta sexta.
Cultura
Fundação Iberê exibe livros de artista da Coleção Itaú Cultural
Em exibição no andar térreo da Fundação Iberê, a mostra Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural apresenta mais de 40 obras do acervo de publicações de artistas do Itaú Cultural. Curador da exposição, Felipe Scovino conversou com o repórter Ricardo Romanoff sobre a oitava itinerância do projeto, que reúne as publicações nos eixos Rasuras, Paisagens, Álbuns de Gravura, Uma Escrita em Branco e Livros-objetos. Leia a matéria.
Agenda
Hoje
Às 19h, a Livraria Baleia, da livreira e colunista da Matinal Nanni Rios, inaugura seu novo espaço, na Rua dos Andradas, em frente à Praça do Tambor.
Às 20h, o Armazém do Campo se despede da sua atual sede na Cidade Baixa com roda de samba de Thiago Ribeiro e Amigos.
Sábado (17/2)
A partir das 15h, Lulabloco, Bloco do Isopor, Bloco Delas e Turucutá dão sequência ao carnaval de rua de Porto Alegre na Orla do Guaíba.
O Sábado Underground do Music Box Estúdio apresenta, a partir das 18h, shows das bandas A Ordem Inversa, Flyleaves, Moisés Velhinho e Christian Satã.
Paulinho Parada toca no Terreiro Bar Ancestral, às 20h, acompanhado de Marcelo Pinto (percussão) e Paloma Palau (flauta).
Domingo (18/2)
Último dia para visitar as exposições de Wilson Cavalcanti, no MARGS – relembre a matéria –, e de Luciano Teston, na Ocre Galeria Maiojama.
O carnaval de rua segue na Orla do Guaíba, a partir das 15h, com Tribo dos Guaianazes, Ziriguidum, Bloco da Junção e Banda da Saldanha.
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Você viu?
No início do mês, a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação começou testes com novos equipamentos que mensuram os fluxos dos gases de efeito estufa em diferentes usos do solo no estado. O projeto inicial analisa a erva-mate cultivada em Ilópolis, maior produtor do RS. Conforme o pesquisador Luciano Kayser, as pesquisas têm o objetivo de “saber o quanto do carbono atmosférico a cultura é capaz de remover, incorporando ele ao seu tecido vegetal e ao solo”. A erva-mate faz parte do Programa Nacional de Cadeias Agropecuárias Descarbonizantes do Ministério da Agricultura e Pecuária, estruturado para atender às metas de compensação de gases do efeito estufa.
