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Justiça dá 24h para a Equatorial ressarcir clientes

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Justiça dá 24h para a Equatorial ressarcir clientes Fotos: Julio Ferreira / PMPA

A 15ª Vara Cível de Porto Alegre atendeu ontem ao pedido do Ministério Público ajuizado na terça e mandou a CEEE Equatorial ressarcir imediatamente clientes por perdas causadas pela falta de energia, que chegou a ultrapassar uma semana em alguns pontos. Estão contemplados na decisão prejuízos com medicamentos, alimentos perecíveis ou equipamentos utilizados para seu acondicionamento, assim como aparelhos médicos domiciliares utilizados como suporte à saúde; para eletrodomésticos, o prazo é de 48 horas. A ação coletiva tem pedidos que totalizam pelo menos 200 milhões de reais. Na decisão de ontem, a Justiça também deu prazo de 24 horas para que a empresa restabeleça o serviço em toda sua área de atuação. Enquanto isso, no poder Legislativo, deputados do PL aderiram ao requerimento de instalação da CPI para investigar CEEE Equatorial e RGE. Falta apenas uma assinatura para a comissão sair do papel. Aliás, a CPI é tema da coluna de hoje de Juremir Machado da Silva.

Leite defende privatização; agências cobram capacidade técnica e articulação – Em reunião realizada ontem no Piratini para discutir os impactos causados pelo temporal, o governador Eduardo Leite (PSDB) reforçou seu apoio à privatização da CEEE, citando os riscos quando era estatal. Participaram do encontro deputados, representantes da Aneel, da Agergs e MP, além de secretários estaduais. O diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, lamentou a demora no restabelecimento da energia e destacou a necessidade de articulação do setor público. A presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Luciana Luso de Carvalho, apontou que um dos problemas da Equatorial é a falta de capacitação técnica e defendeu: “Energia elétrica não é um ativo econômico, é um bem social”. A gestão Leite foi criticada por ter proibido a entrada dos convidados com celulares; a GZH, o governo alegou que a medida foi adotada “para melhorar a concentração e o andamento dos trabalhos”.

Governo quer atualizar planos diretores de arborização – Na mesma reunião, o governo do estado afirmou que irá protocolar um projeto de lei nos próximos 15 dias para estabelecer parâmetros de arborização urbana nos municípios gaúchos, conciliando a vegetação com a operação e manutenção da rede elétrica. O governador Eduardo Leite prometeu financiamento e apoio técnico às prefeituras para criarem ou atualizarem seus Planos Diretores de Arborização Urbana – o de Porto Alegre é de 2007. Desde o temporal do dia 16, a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (SMSUrb) registrou mais de 2 mil ocorrências de queda de árvore, das quais mais de 1200 já foram atendidas.


Em Porto Alegre, técnicos usam nome da Equatorial e cobram para religar a luz

Um empresário com uma fábrica no bairro Sarandi foi abordado por um ex-técnico da Equatorial que ofereceu religar a luz “por fora” por 3 mil reais. Desesperado com a falta de energia, o empresário topou. “Soubemos que rondavam o bairro em busca de clientes, sabendo que é uma região de produção industrial. Criou-se uma espécie de milícia, um negócio. Fomos procurados depois que os funcionários da CEEE Equatorial não conseguiram resolver o problema. A gente fica refém”, disse à Matinal

Na Bela Vista, a mesma história. Depois de três dias sem energia, o sócio de um estabelecimento abordou um técnico da Equatorial e implorou que a luz fosse religada. Mas o técnico apenas pediu seu contato. Horas depois o empresário recebe uma ligação dizendo que seu problema será resolvido em minutos. Um técnico identificado como sendo da concessionária aparece e cobra 800 reais para trocar um fusível. 

160h e um sequestro – Após uma semana sem luz, vizinhos do bairro Sarandi impediram a saída de um carro da Equatorial até que a energia fosse restabelecida. Os técnicos da empresa alegavam precisar de um outro carro com cesto para fazer o conserto, mas não o tinham disponível. Foram várias visitas infrutíferas, até que os vizinhos cercaram o veículo com seus próprios carros, impedindo a passagem. Só então o caminhão com cesto chegou, dando fim a um martírio de 160 horas.

Leia a reportagem completa


Outras notícias:

  • Entidades sindicais e estudantis realizaram ato em frente ao Piratini para reivindicar a reestatização da CEEE.
     
  • Após interrogatórios da Operação Capa Dura, duas ex-servidoras da Smed foram soltas pela Polícia Civil. Seguem presos a ex-secretária da Educação Sônia da Rosa e o empresário Jailson Ferreira da Silva.
     
  • Aliás, a decisão judicial que autorizou a prisão de Jailson apontou que ele adquiriu carros e imóveis à época das supostas fraudes, indicando possível crime de lavagem de dinheiro.
     
  • O promotor de Justiça do Meio Ambiente, Felipe Teixeira Neto, afirmou que há indícios de desrespeito legal à proteção do patrimônio na medida que autorizou a construção de um prédio de 41 andares ao lado do Museu Júlio de Castilhos. O MP vai investigar o caso.
     
  • A empresa ADS Rittes Ltda, vencedora do leilão do terreno do antigo posto de combustível na Redenção, foi desclassificada por não apresentar os documentos necessários à prefeitura. A empresa que ficou em segundo lugar será a escolhida.
     
  • Sarah Silva Domingues, estudante de Arquitetura e Urbanismo na UFRGS e ex-dirigente da UNE, foi morta enquanto realizava pesquisa de campo na Ilha das Flores. O crime vitimou também Valdir dos Santos Pereira, que seria o alvo do ataque. Ontem, um ato em memória da estudante foi realizado na universidade.

Nanni Rios

Jardins da Babilônia

Liberada pelo pai da compulsoriedade do casamento, Christina Balbão se viu livre para ser uma artista independente, experimental e ousada. Mas nem toda mulher pode desfrutar da liberdade de ser quem é. As amarras do patriarcado estão sempre por aí, prendendo mesmo mulheres capazes de grandes feitos. Esse é o tema da coluna de Nanni Rios, que passeia pela história de Balbão, Rita Lee, Nellie Bly e outras grandes mulheres. 

O fato é que tudo que uma mulher fala pode ser ignorado, diminuído ou contestado, não importando se ela está certa ou não. Não temos a liberdade de errar, sob pena de ter nossa credibilidade enterrada. Por isso que, em geral, na dúvida, a gente nem tenta. 

Leia a coluna completa.


El Paro de 24 de janeiro em Buenos Aires: impressões pedestres

Fernando Seffner, colaborador de longa data da Parêntese, está passando uma temporada em Buenos Aires e foi às ruas ontem, 24 de janeiro, para acompanhar a greve geral. De lá, ele reporta para os leitores da Matinal o clima da cidade, a organização do movimento e dos cidadãos.

As cores nacionais aqui, ao que me parece, não foram sequestradas pela direita. Ao contrário, elas servem de pano de fundo para uma das denúncias mais evidentes nos cartazes, sintetizada na frase “la patria no se vende, se defende”. A ideia de que é necessário defender a pátria argentina da venda – o que pode ser entendido como a privatização total, uma das diretrizes do governo – enseja inclusive a elaboração de cartazes com afirmações mais beligerantes, do tipo “Si quieres defender tu patria, alistate aqui”.

Leia o texto completo aqui.


Cultura

Agenda

No Paço Municipal, às 18h, será inaugurada a exposição Synchretismo, do artista francês Louis Guillaume, resultado de uma parceria entre Aliança FrancesaFundação Iberê e Prefeitura de Porto Alegre.

Às 20h, o espetáculo Teatro para Pássaros – relembre a entrevista –, com direção de Breno Ketzer Saul, inicia curta temporada na Zona Cultural, integrando a programação do Porto Verão Alegre (PVA).

Maria Luiza Jobim faz show, às 20h, no Átrio do Farol Santander. (PVA)

Às 20h30, com direção de Driko OliveiraTrivial, um Espetáculo de Bboys é atração no Teatro Renascença. (PVA)

António Zambujo Yamandu Costa sobem ao palco do Teatro do Bourbon Country, às 21h.

Às 21h, o Grezz recebe apresentação do Ronsax Quarteto.

Rosana Marques e Banda fazem o showSimplesmente Elis, às 21h30, no Espaço Cultural 512.

Clique nos links para informações sobre ingressos, endereços e detalhes dos eventos.

Veja a agenda completa


Você sabia?

Os diversos fluxos de água ao longo da areia das praias do litoral norte gaúcho costumam gerar uma dúvida nos veranistas: os córregos que desembocam no mar são esgoto ou não? Quem caminha pela beira da praia evita pisar nesses canais d’água ou até mesmo lava os pés no mar após o contato. Contudo, o diretor da empresa Arvut, Caio Soares, explica que se trata apenas de água da chuva, que surge através da drenagem pluvial. É possível ver que os córregos atraem pássaros e outros animais, indício de que não é esgoto, logo, não há perigo algum em passar por ali. No caso dos resíduos que vêm das residências e da indústria, esses só são lançados no mar a seis ou sete quilômetros da costa, após o tratamento adequado.

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