Matinal News

Municipalização de escolas recebe críticas na Assembleia Legislativa

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Municipalização de escolas recebe críticas na Assembleia Legislativa Foto: Divulgação/PMPA

Quando se defronta com dificuldades em alguma área, o governo do estado tem adotado como prática recorrer ao santo remédio da privatização. No ensino, porém, não há como transferir a responsabilidade à iniciativa privada. Mesmo assim, o Piratini encontrou uma maneira de passar o problema adiante. Quer entregar suas escolas de ensino fundamental, que atendem 400 mil alunos, às prefeituras. Essa proposta foi tema, ontem, de uma audiência pública na comissão de educação da Assembleia Legislativa. Como era de esperar, prefeitos, professores, pais, alunos e parlamentares se revelaram alarmados com o plano do governador Eduardo Leite (PSDB). A Famurs, que representa os municípios, expressou preocupações orçamentárias e não demonstrou nenhum entusiasmo em receber escolas caindo aos pedaços por falta de manutenção. Os professores temem pelo que pode lhes acontecer no futuro. Pais e alunos receiam que possa piorar a qualidade do ensino. Já o Piratini alega que, pela legislação, sua responsabilidade é só o ensino médio, e já municipalizou mais de 100 escolas nos últimos seis anos. “Mais do que municipalização, é um reordenamento da rede pública”, defendeu a secretária estadual da Educação, Raquel Teixeira. “O estado não está se desresponsabilizando, está ajudando o município a fazer uma oferta melhor”. Leite prevê ainda outras mudanças na rede estadual, como prova para a escolha de diretores.

Porto Alegre pede para municipalizar cinco escolas estaduais – Apesar dos temores e das críticas que vieram à tona na audiência realizada na Assembleia Legislativa, a prefeitura de Porto Alegre pediu para a assumir cinco escolas estaduais de ensino fundamental. A Secretaria Municipal de Educação (Smed) confirmou a solicitação, mas não quis revelar quais seriam os estabelecimentos municipalizados. A transferência de gestão, no entanto, deve acontecer ainda neste mês. Segundo a Smed, foram escolhidas escolas que não exigem investimentos significativos. No próximo ano letivo, os estudantes já estariam sob a guarda da prefeitura.


Reportagem Matinal

Prefeitura muda empresa de coleta automatizada, mas problemas continuam

Quarenta dias depois da troca da empresa que faz a coleta automatizada do lixo, prosseguem os problemas com os contêineres de Porto Alegre. 

Matinal verificou a situação em 33 coletores, nos bairros Auxiliadora, Bom Fim, Centro, Cidade Baixa e Moinhos de Vento, e deparou um cenário desanimador: lixo transbordando, mau cheiro, acúmulo de detritos ao redor das lixeiras e contêineres novos já danificados, sem alças para abrir a tampa e com a alavanca para os pés fora de funcionamento. 

Em 19 de setembro, a prefeitura contratou a empresa Conesul para assumir o serviço de coleta automatizada em caráter emergencial, depois de romper o contrato com a Porto Alegre Limpa, que vinha apresentando problemas similares aos de agora. 

O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) afirmou que acionará a Conesul para fazer a manutenção dos equipamentos apontados pela reportagem de Gregório Mascarenhas. Mas culpou os catadores e a população pelos danos. Para a autarquia, se a população descartar nos contêineres somente rejeitos orgânicos, como indicado, e não lixo reciclável, os problemas não ocorrerão.

O contrato emergencial com a Conesul pode valer por até 180 dias. O governo municipal afirma que um novo edital, para contratação permanente, está em preparação. Leia a reportagem completa

Federação israelita condena Band, mas não critica fala de comentarista 

Levou duas semanas, mas a Federação Israelita do Rio Grande do Sul (FIRS) finalmente se pronunciou sobre o discurso de ódio proferido durante o programa de rádio Hora Israelita, da qual era patrocinadora. A manifestação da FIRS ocorreu ontem, após insistentes pedidos para que se posicionasse e três dias depois de a Band de Porto Alegre expulsar o programa de sua grade. O caso, que teve grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, foi revelado pela Matinal no dia 16. Na véspera, a comentarista Deborah Srour afirmou no ar que os palestinos são animais, que não existem civis inocentes em Gaza e que o exército de Israel deveria ser mortífero contra essa população. Na semana seguinte, repetiu a dose e defendeu o extermínio dos palestinos. Na nota enviada ontem à Matinal, a FIRS expressou um “veemente repúdio a qualquer forma de discurso de ódio, discriminação ou incitação à violência”, mas não fez nenhuma referência ou crítica direta à comentarista. O texto da federação ainda traz informações falsas. Afirma que a Hora Israelita emitiu uma nota se desculpando e que demitiu a comentarista. Não houve nenhum pedido de desculpas por parte do programa, nem demissão da comentarista, pelo menos enquanto o programa ainda tinha contrato com a Band. Com base nessas afirmações inverídicas, a FIRS condenou a decisão da Band de cortar os laços com a Hora Israelita.


Outros links:


Um grande dia para as escritoras

Irka Barrios conta sobre uma manhã de inverno em que 130 escritoras se reuniram na escadaria da Rua 24 de Maio, na capital gaúcha.

Sempre que ouço perguntas sobre a relevância dos coletivos de mulheres que escrevem, situações que acompanharam minha vida de leitora e escritora ressurgem na memória. Inicio por um episódio que, hoje, causaria impacto. Era 2015 e eu assistia à fala de um autor brasileiro. Auditório lotado, plateia cheia de questionamentos, e o autor, bastante gentil, atendendo a todo mundo. Antes dele finalizar, a pergunta crucial: que autores você lê? Após uma pausa para um gole d’água, ele começou a listar um número considerável de bons autores, todos homens. Da plateia, uma leitora ergueu a mão: e mulheres? Você lê mulheres? Ele disse sim, claro. Citou uma.

Leia o texto completo aqui.


Cultura

Pai e filho procuram o caminho do perdão em “Brado”

Imovision/Divulgação

Terceira incursão do ator italianoKim Rossi Stuart como diretor e roteirista, o filme Brado (2022) mostra o realizador na pele de um amargurado tratador de cavalos obrigado a conviver com o filho de quem está afastado. Ressentimento, amargura e incompreensão surgem como obstáculos na relação entre os protagonistas nesse melodrama familiar com ares de western. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda 

Hoje
Na Feira do Livro, a rapper Negra Jaque lança o livroLinhas de Cura: Ensaios sobre Rap, Negritude e Outras Formas de Existir, com sessão de autógrafos, às 17h, e show, às 19h30, no Teatro Carlos Urbim.

A artista franco-brasileira Dom La Nena é a atração do Centro Histórico-Cultural Santa Casa, às 20h.

Térreo Bar lança o projeto Ao Vivo no Térreo, às 20h, com apresentação do trio Brazilian Stuff, formado por Edu Meirelles (baixo), Murilo Moura (teclado) e Ronie Martinez (bateria). 

Grezz recebe, às 20h, o acordeonistaBebê Kramer, acompanhado de Guto Wirtti (contrabaixo), Kiko Freitas (bateria) e Paulinho Fagundes (guitarra).

Às 20h, o Gravador Pub tem como convidado o músico norte-americano Professor Harp.

Roger Waters faz show, às 21h, na Arena do Grêmio.

2/11 (quinta-feira)
Às 17h30, no Espaço Força e Luz, o escritor Itamar Vieira Junior participa de bate-papo com Jeferson Tenório e mediação de Nathallia Protazio

Orquestra de Câmara da Ulbra apresenta Réquiem, de Mozart, às 20h, no Farol Santander.

O Ronaldo Pereira Quinteto celebra a música de Wayne Shorter, às 20h, no Grezz.

Frank Jorge e Banda e o grupo Ilegítimos dividem o palco do Sixteen Station, às 20h.

Veja a agenda completa


Você viu?

A orla do Guaíba recebeu um visitante especial: Sansão, o coelho da Mônica. A réplica de 13 metros do bicho de pelúcia foi instalada nas proximidades da Usina do Gasômetro para comemorar os 60 anos da menina dentuça criada pelo quadrinista Maurício de Sousa. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Mauricio de Sousa Produções e a Fundação Sicredi, que inagurou, à beira do Guaíba, o Espaço de Educação Financeira voltado a crianças.

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