Famílias ficarão em área de risco até concessão da nova ponte do Guaíba, segundo Dnit

Audiência pública sobre concessão está marcada para esta sexta; ANTT não informou data para publicação do edital O reassentamento de cerca de 2 mil famílias das comunidades Tio Zeca e Vila Areia, no entorno da Arena do Grêmio, depende da concessão e da conclusão das obras da Nova Ponte do Guaíba, segundo informou ao Matinal o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit).  O órgão não fez uma previsão de quando o edital deverá ser publicado, tampouco quando deve ocorrer o leilão. As famílias, que aguardam desde 2014 remoção para novas moradias, não foram avisadas da audiência pública que debaterá a concessão, marcada para esta sexta-feira, dia 11 de novembro, pela Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT). “Estamos muito indignadas. A inscrição para a audiência pública era até o meio-dia de hoje (quinta-feira), e nós não tínhamos conhecimento. Nenhuma das lideranças, em todo o nosso quarteirão, tinha conhecimento. Isso é um processo de exclusão dos moradores para não termos argumentos nem condições de nos manifestar quanto ao nosso pedido – a isonomia da compra assistida, a garantia da verba para nossa remoção ano que vem, nem que fosse aos poucos. Isso é totalmente desumano, antidemocrático, não consigo nem mais falar”, disse a líder comunitária da Coobal, Patrícia Maria Menna Barreto. Além das péssimas condições de moradia e saneamento do bairro, a comunidade vive amedrontada com acidentes ocorrido numa curva acentuada da nova ponte, acima das suas casas.  Em 4 de novembro, a carga de um caminhão caiu em um terreno onde crianças costumam brincar e adultos se reúnem para apreciar os fins de tarde, sob uma curva da ponte. Na ocasião, um bloco de carga metálica esmagou um carro desocupado, que teve perda total. Não foi o primeiro acidente no local, o que gera preocupação dos moradores, conforme reportagem publicada na última quarta-feira. Steps de pneus já caíram da ponte e por pouco não atingiram moradores.  Questionado sobre um eventual erro no projeto da ponte, o Dnit pediu que os motoristas respeitem a sinalização e respondeu que a obra é “fiscalizada obedecendo todas as diretrizes e normas de engenharia”, salientando ainda “que a travessia possui limites diferenciados de velocidade e que está devidamente sinalizada alertando para a velocidade a ser desenvolvida”. PRF não vê número significativo de acidentes, mas irá monitorar região A Polícia Rodoviária Federal (PRF) não soube informar quantos acidentes já ocorreram na região da nova Ponte do Guaíba. O órgão reconheceu inconsistências nos registros estatísticos do ponto, em razão de ser uma confluência entre as BRs 116 e 290. A ponte foi aberta antes de seu registro no Sistema Nacional de Viação, o que chegou a impedir que os policiais rodoviários aplicassem multas no local.  No entanto, a avaliação do comando é de que o número de acidentes na região não é tão significativo na comparação com o restante da rodovia. De acordo com a PRF, a responsabilidade da instalação de redutores de velocidade no ponto é do Dnit. A assessoria de comunicação da corporação disse, a […]