Em meio a repique, Guaíba volta ao patamar de 5 metros
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O nível do Guaíba voltou à altura de 5 metros na marcação das 15h15 desta segunda-feira, aferida em 5,01m. Pressionado pelo vento sul que sopra em Porto Alegre e pelo volume de chuvas que caiu em rios que desaguam na costa da capital desde o fim de semana, o lago pode subir a cerca de 5,40m, de acordo com a estimativa do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, atualizada ao meio-dia.
O comportamento do Guaíba nas últimas horas confirma a tendência de domingo, que iniciou ainda no domingo. Em cerca de 24 horas, desde as 15h de domingo, o nível subiu 37 centímetros – naquele momento, estava em 4,64m. A cota de inundação do Guaíba no Cais Mauá é de 3m.
De acordo com o IPH, o cenário confirma a previsão de cheia duradoura. “O valor do nível máximo a ser atingido entre segunda e terça-feira será resultado da chuva ocorrida até no final de semana na bacia e depende da atuação do vento sul forte, podendo alcançar em torno de 5,4m”, projetaram os pesquisadores.
A projeção desta segunda é levemente mais otimista que a da véspera, que calculava que o Guaíba poderia chegar até 5,5m. Afetado pelas enxurradas que atingem o RS desde o fim do mês passado, o lago atingiu 5,33m no dia 4. Foi o seu maior nível desde que as medições iniciaram, superando em mais de meio metro a histórica enchente de 1941, cujo pico foi de 4,75m.
Com ruas e bairros ainda inundados, o trabalho das bombas de escoamento deverão ser essenciais para a retirada das águas da cidade. Só que, neste momento, das 23 casas de bomba, apenas sete estão em funcionamento. Nesse domingo, o Dmae informou que já trabalhava para religar outras duas até esta terça-feira. A expectativa, porém, foi adiada para “ao longo da semana”, conforme a assessoria de imprensa da autarquia. O desligamento dos aparelhos ocorreu em razão da inundação e dos riscos de choque elétrico.
Número de mortes em Porto Alegre sobe para cinco
Cerca de 90% dos municípios gaúchos reportaram algum dano à Defesa Civil do estado por conta das enchentes. Até o meio-dia desta segunda, haviam sido contabilizadas 147 mortes, sendo cinco em Porto Alegre, sendo quatro já identificadas (veja abaixo). Há ainda 127 desaparecidos. Com mais de 2,1 milhões de pessoas afetadas, há 79.540 abrigadas e 538.241 desalojados em todo o RS.
Na capital, conforme a prefeitura, o total de abrigados chegou a 14.225 na noite de domingo. Elas estão alojadas em 162 abrigos temporários.
- Vítimas em Porto Alegre
Vilmar Enar Lozado
Érico Luis dos Santos Cardoso
Julio César Fitz de Oliveira
Sérgio Luiz Sette
*Uma vítima não identificada
**Não foram informadas as idades ou localização dos resgates das vítimas
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