Resposta ao pedido de destituição do reitor da UFRGS segue sem prazo no MEC
Nesta quinta-feira, 1º de fevereiro, completam-se dois meses da sessão em que o Conselho Universitário da UFRGS (Consun) aprovou o pedido de destituição do reitor Carlos Bulhões e da vice, Patrícia Pranke. Poucos dias depois, o processo que embasou o pedido foi encaminhado ao Ministério da Educação (MEC), que tem a palavra final a respeito. Passado esse tempo, ainda não há um prazo de retorno.
Consultado pela Matinal, a pasta do governo federal respondeu nesta quarta-feira que “o processo está em análise pela área jurídica do MEC. Até o momento, ainda não há previsão de conclusão”. Em 2021, o Consun já havia encaminhado um pedido anterior de destituição do mandato do reitor e da vice-reitora. Na ocasião, a resposta do MEC, determinando o arquivamento do caso, ocorreu em cerca de quatro meses depois do encaminhamento pela saída dos gestores.
Desta vez, integrantes do Consun aprovaram a criação de uma comissão interna para acompanhar junto ao MEC o desenrolar do processo. Entretanto, o colegiado ainda não foi constituído.
O mandato de Bulhões e Pranke à frente da UFRGS termina em setembro deste ano. Logo, caso seja efetuada a destituição, a medida encurtaria em alguns meses a gestão da dupla, que ocupa os cargos por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles foram nomeados regularmente, porém sofrem contestações da comunidade acadêmica por não terem vencido as eleições internas de 2020.