Gente da cidade

Retratos de Gilberto Perin no Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo
Quarenta retratos do fotógrafo Gilberto Perin homenageiam a dedicação de quem torna Porto Alegre um lugar melhor para se viver .
Conforme Perin “Gente da Cidade carrega a beleza e a importância de cada um dos retratados na construção da história de Porto Alegre, cidade em que nasceram ou escolheram para viver”.
Perin cedeu à Parêntese um ensaio que apresenta parte da exposição que se encontra no museu. Pessoas que se foram, mas que ficaram nos retratos do fotógrafo. Gente que deixa saudade e que representa nossa memória.
Lembrem-se:
(aqueles que já se foram)

Ao longo de 20 anos de carreira, atuou em 11 peças de teatro, 18 séries, 5 novelas, 26 longas e 36 curtas-metragens. Com o longa “Em Teu Nome” recebeu o prêmio de Melhor Ator do Festival de Gramado. No filme “Legalidade” interpretou Leonel Brizola, um destaque da carreira do ator que faleceu aos 42 anos.

Iniciou nos anos 1970, no Teatro de Arena de Porto Alegre. Participou da montagem teatral “Mockinpott” (1975) que fez sucesso nacional. Recebeu o prêmio Açorianos de Teatro (1990) por “Informação para uma Academia”. No Festival de Gramado (2009), foi o melhor ator pela interpretação no curta “A Invasão do Alegrete”. Participou da série de televisão “A Casa das Sete Mulheres” (2003) e no filme “O Tempo e o Vento” (2013).

Atriz ligada ao Teatro de Arena nos anos 1970, época de resistência contra a ditadura militar junto com o seu companheiro Jairo de Andrade. Interpretou Jacobina Maurer no filme “Os Mucker” e recebeu o prêmio de Melhor Atriz do Festival de Cinema de Gramado (1979). Foi Henriqueta Terra de “O Tempo e o Vento”, versão de 1985 para a televisão.

Ator de cinema, teatro, televisão. Iniciou nos anos 1970 num grupo de teatro de rua em Canoas (RS). Em Porto Alegre, fez parte do Teatro de Arena. Diversas vezes premiado e homenageado no Festival de Gramado, atuou no curta “O Dia em que Dorival Encarou a Guarda” e no longa “Senhores da Guerra”, entre outros. Na televisão, participou da “A Casa das Sete Mulheres”. Ele sempre foi atuante na luta contra o racismo e na defesa de direitos iguais para os negros.

A sua produção abrange desenho, pintura, fotografia e instalação. Iniciou na arte no período da ditadura militar e optou por um trabalho independente, paralelo. Participou dos grupos KVHR, 3×4 e do Espaço No. Premiado nacionalmente, inclusive no Salão Nacional Funarte (Rio de Janeiro 1993 e 1995).

Rei Momo do Carnaval de Porto Alegre de 1998 a 2000 e de 2009 a 2015. Começou a desfilar em escolas de samba com quinze anos e foi escolhido como Rei Momo pela primeira vez quando tinha 33 anos. Na Prefeitura de Porto Alegre, atuou como coordenador de manifestações populares da Secretaria Municipal da Cultura.

Autor de textos intensos, publicou 19 livros, diversos deles são ambientados em Porto Alegre. Foi traduzido para dezenas de línguas e adaptado para o cinema e teatro. Recebeu seis Prêmios Jabuti de Literatura. “Harmada” está incluído na lista dos 100 livros essenciais brasileiros.

Referência no samba, afilhada de Lupicinio Rodrigues, compôs mais de 200 músicas. Estudou canto lírico, mas desistiu por falta de dinheiro para pagar as aulas e também por sofrer preconceito racial. Cantou em bares e programas de auditório de Porto Alegre. Tentou a sorte no Rio de Janeiro onde foi contratada para atuar na televisão depois de interpretar músicas de Lupicinio. Voltou a Porto Alegre, lançou um disco e a prefeitura concedeu a “Medalha cidade de Porto Alegre”.

Compositor, músico, intérprete, artista visual e ator. Sempre inquieto na expressão artística, misturou estilos para compor a sua música com raízes regionais de uma forma contemporânea. Foi diretor da Funarte no Rio de Janeiro, além de ter ocupados cargos culturais em Porto Alegre, Uruguaiana e São Leopoldo, no Rio Grande do Sul.

Escritor, patrono da Feira do Livro de Porto Alegre (2009), jornalista e professor universitário. Atuou em rádio, jornais, revistas e televisão como repórter, redator e editor. A partir da produção de textos jornalísticos chegou à literatura. “Um Guri Daltônico”, seu primeiro livro infanto-juvenil, fez muito sucesso. Alguns outros livros: “Uma Graça de Traça”, “Diário de um Guri”, “Dona Juana”, Rio Grande do Sul – Um Século de História.
O Museu
O acervo do Museu tem imagens de fotógrafos como Virgílio Calegari, Lunara, Sioma Breitman e Irmãos Ferrari que mostra a transformação urbana da cidade que surge e se transforma com a interferência constante de quem habita ou transita por ela.
A mostra “Gente da Cidade” está em consonância com a missão do Museu que visa dar “ênfase na sua História e Memória, por meio da preservação, pesquisa e comunicação dos bens culturais sob sua guarda”.
Gilberto Perin é graduado em Comunicação Social pela PUCRS e se dedica ao audiovisual, seja como fotógrafo, roteirista para séries e filmes, além de diretor de cena. Suas exposições individuais recentes estiveram no MARGS (Porto Alegre), em Lisboa (Portugal) e Genebra (Suíça). Tem dois livros de fotografia publicados, “Camisa Brasileira” e “Fotografias para Imaginar”, além de obras em museus, entidades culturais e coleções particulares no Brasil e Exterior.