Música e Esperança
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As imagens neste projeto – em andamento – são resultado de encontros únicos com pessoas que se abriram genuinamente para me fazer ser parte do seu mundo e da sua beleza. Encontrei uma ética comum que direcionou minha atenção para a noção de esperança. Esperança é uma postura que aponta para o futuro e remete a uma vida melhor. Passei a acreditar que a música pode constituir um meio de revalorizar relações profundas, promover bem-estar, fazer o bem e reencantar o mundo.
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Ricardo A. Arnt é cirurgião plástico. Toca e constrói instrumentos da família do alaúde. Na pandemia da Covid-19, encontrou paz ao terminar um alaúde iniciado em 2018. Deu-lhe o nome de Quarentena. Escreveu dentro a Stella Maris Exstirpavit, oração medieval contra a peste. Acredita que boa música eleva o espírito à transcendência.
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William Takahashi constrói instrumentos da família do cravo. Acredita que a matemática, a física, a música e a engenharia são expressões de uma mesma coisa: o amor pelas proporções. Música é beleza com as proporções que o som tem.
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Maurício Oliveira é saxofonista e flautista. Toca clarinete e estudou oboé. Busca timbres e sonoridades que estejam mais perto da voz humana, em suas imperfeições. Acredita que essa proximidade, que tem início na respiração, é a vida. A música é sua maneira de existir.
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Dr. Fernando Antonio de Abreu e Silva é pediatra aposentado. Adquiriu um fortepiano original de 1797. Pretende promover concertos e partilhar a sonoridade e a história do instrumento. Espera que o fortepiano continue a encantar com seu som, que é um chamado do passado.
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Paulo Brum considera-se desenhista de coisas. Desenha casas, marcas, móveis e desenha o som. É um artista de mashup. Na infância, escutava discos com o pai. Teve uma experiência marcante com a professora Ivone Pacheco, a Dama do Jazz. Para Paulo, música é a trilha sonora da vida.
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Caio Amon é diretor musical e compositor multimídia. Em videoclipes, busca imagens e montagem que façam as pessoas escutarem melhor, numa mixagem da atenção. Nas trilhas, transcende a dependência sonora do roteiro. Pesquisa linguagem e processo com criação simultânea da imagem e do som. O tempo é seu elemento.
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Max Sudbrack é pianista e compositor. Abandonou o clássico para tocar jazz e rock. Estabeleceu uma distinção na sua vida: música é religião, é sagrada; a carreira pode ser mortal. Gravou muitos álbuns. Lançou o livro O triângulo da morte, autoajuda e autobiografia. Max é uma pessoa pura.
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Ayres Potthoff é flautista. O encontro com a música deu-se cedo, com a mãe cantando e com os discos. Gostava do mundo sonoro. Do contrabaixo elétrico e dos bailes foi para a flauta e a formação acadêmica. Sente a música como uma só. Acha que a expressão e a imaginação musical vêm da pessoa. A música é vida.
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Elaine Foltran é pianista e cantora. Está trabalhando em um álbum de mantras, que possa levar as pessoas a um estado de consciência mais elevada, com energia mais leve. Pensa em seu projeto como uma missão de trazer bem-estar para quem vai ouvir. A pandemia da Covid-19 intensificou sua vontade de fazer o bem.
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Cintia de los Santos é cantora soprano. Na pandemia da Covid-19, descobriu que poderia cantar perto das árvores e das flores em seu condomínio. Acha que ficamos mais leves quando nos conectamos com a música e com a natureza. Acredita que o som tem seu poder e o silêncio também, ambos transformam.
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Dimitri Cervo é compositor, pianista, regente e professor universitário. Uma revelação, aos 14 anos, tornou nítida a composição como uma decisão de vida. Dimitri é uma pessoa espiritualizada. O ato criador está em equilíbrio com outras áreas, em sua vida. Para ele, a música é um fundamento.
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Jorginho do trompete é membro da Banda Municipal. Toca em eventos. Improvisar o leva para outra dimensão, em que ele expõe sua mente, sua criatividade e assume riscos. Seu jeito de tocar tem a ver com alma, devoção, família e felicidade. É isso que quer levar para as pessoas com a música.
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Artur de Mari é cantor. Tem 12 anos. Música entrou em sua vida para ampliar possibilidades, devido à deficiência visual desde os 4 meses. Sente-se muito feliz de cantar num palco. Acha que ter sido semifinalista no The Voice Kids Brasil 2022 abriu portas, por torná-lo conhecido e ajudar na carreira de jornalismo, que pretende seguir.
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Heloísa Marshall é uma criadora. Personifica força, delicadeza e humor. Sua imaginação e sonhos estão em diálogo harmonioso com uma visão translúcida de seus objetivos e processos. Ela compõe música. Está lançando um EP que trata de questões pessoais e sociais. Acredita que a música é magia, feitiço, transformação. A música é quem ela é.
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Ivone Pacheco é pianista e professora de música aposentada. Aos 50 anos, com a ajuda de algumas pessoas, abriu o porão de sua casa para jam sessions, convidando outros músicos e amigos. Nasceu o Clube de Jazz Take Five, que há 40 anos é espaço para apresentações e descoberta de novos talentos, sem cobrar nada. Quando tirei este retrato da Dama do Jazz, ela tinha 85 anos, agora está com 90.
Denise Amon é PhD em Psicologia. É pesquisadora independente. Publicou artigos em revistas acadêmicas; o livro Psicologia social da comida (Ed. Vozes); coeditou o livro Psicologia, comunicação e pós-verdade (Ed. ABRAPSO), no qual tem autoria em alguns capítulos; o livro de artista Quiet moments: photographs and essays (bilíngue) e o livro de artista Hair grows: photographs and essay (bilíngue). E-mail: [email protected]