O Centro que me habita
Há 20 anos meus olhos de criança interiorana passeavam deslumbrados por uma cidade barulhenta, lotada, apressada e compulsiva. Segurando firme na bolsa de minha mãe, observava com atenção os detalhes que me transpassavam. Havia algo de curioso naquela confusão. Parecia um cenário de filme. Era grande demais para caber nos sonhos de uma menina que crescia tão longe dali. Recordo as ruas e calçadas onde transeuntes buscavam uma vaga ao dirigir suas vidas a algum destino. Hoje, ao encontrar essas memórias vivas em mim, percebi que revisitei locais que já conhecia. Caminhei criança novamente por aqui.
[Continua...]