Porto Alegre: uma biografia musical

Capítulo LXXII – Um milhão de melódicos melodiosos – ou: os anos de transição (Parte 18)

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Capítulo LXXII – Um milhão de melódicos melodiosos – ou: os anos de transição (Parte 18) 1959: Paulinho e Seu Melódico. Na guitarra: Fernando do Ó

Fernando do Ó Neto (nascido em Santa Maria, 290km a oeste de Porto Alegre, no dia três de maio de 1941) entrou no Renato e Seu Sexteto em 1963. Substituía o guitarrista original, Gilberto Brodt.

Sim.

Ainda que isso cause surpresa a quem o conhece como o percussionista mais importante na história do Rio Grande do Sul, Do Ó era gui-tar-ris-ta.

Filho de um homem de rádio, ele também terá empregos dos mais variados no veículo por boa parte de sua vida e desde muito cedo: em dupla com a irmã, aos 14 anos já era funcionário da Rádio Imembuí de Santa Maria. 

O pai era militar e radialista, e ele foi para o Rio e a família foi junto. Lá ele trabalhou na Tamoio, na rádio Tupi, e depois nós voltamos e ele foi para a Farroupilha e passou por algumas outras, como a Gaúcha e na Itaí, também em Porto Alegre. Em Santa Maria, lá em Imembuí, quando ele começou, ele bolou um programa lá, um programa de auditório, o “Programa do Ó”. (…) E eu falei com minha irmã, a Marli:- “a Lili e eu vamos cantar”. E fomos. Nós nos inscrevemos normalmente… sem nepotismo, sem nada, participando normalmente. Eu devia ter 14 anos, e ela 13. Foi a primeira participação no rádio. Então, nós dizíamos:- “Vamos participar, vamos concorrer, porque quem julga é o auditório”. Então nós fomos. Foram eliminando aqui, eliminando ali, e sobrou nós, nós dois, a dupla. (…) Fomos contratados, ganhando cada um 200 cruzeiros, mensais, (…) E depois disso, a gente se mudou para Porto Alegre definitivamente. 

Do Ó tocava guitarra desde os 18 anos, e seguiria no instrumento por toda a era dos melódicos, começando no Je Reviens, que não era exatamente um melódico, mas sim um conjunto de baile dos mais requisitados enquanto existiu. Em 1963 estava no Renato e Seu Sexteto, e lá ficou. 

Eles me convidaram e era o meu sonho tocar nesse conjunto.

Cumpriu a função de guitarrista com competência, mas sem maiores brilhos (eventualmente também atacava no baixo acústico e no vibrafone). 

[Continua...]

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