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Associação Psicanalítica de Porto Alegre e Instituto APPOA promovem Jornada de Abertura

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Associação Psicanalítica de Porto Alegre e Instituto APPOA promovem Jornada de Abertura Cartaz. Foto: Jussara Porto/Divulgação

Neste sábado (20/3), a partir das 9h, a Jornada de Abertura de 2021 da Associação Psicanalítica de Porto Alegre e do Instituto APPOA irá trazer para o centro do debate a transferência e a responsabilidade ética do psicanalista diante daquilo que ele escuta na atualidade.

Durante a jornada, a troca de ideias entre os participantes abordará importantes questões para o exercício da prática psicanalítica, que também estão presentes nas inter-relações sociais. Haveria alguma relação entre fascínio e utopia? Quais as particularidades do amor de transferência em tempos de indiferença? O quanto a alienação produzida pelo fascínio produz efeitos de massa com incidências políticas? Quais as relações com o desejo, em particular com o desejo do analista? E ainda, como atualizar essa discussão em tempos de pandemia e análise online?

O fascínio tem muitas faces. Ao mesmo tempo que seu poder de interrogação é potente, o sentido nos escapa, pois seus efeitos são múltiplos: júbilo, alienação, deslumbramento, encanto. Se de um lado ele captura, de outro, pode viabilizar atos criativos, pois o estado de fascinação produz uma espécie de arrebatamento do sujeito colocando em cena seus enigmas e fraturas. Embora instaure relações dinâmicas de poder, alguns se seduzem diante dele a ponto de se entregarem numa posição de passividade e obediência, buscando instituir um Outro que os governe, mesmo que isso implique aceitar a mais atroz tirania.

Freud, ao abordar o tema da transferência estava advertido tanto em relação à sua fascinação quanto aos riscos do analista se servir do lugar ao qual ele fora instituído. Isso o levou a interrogar a força desse investimento, mostrando-nos o quanto o trabalho de um analista deve, ao seu tempo, destituir a si mesmo. Lacan, no texto “A direção do tratamento e os princípios do seu poder”, aponta que o princípio desse poder é justamente de o analista não se servir dele. Logo, é fundamental na prática analítica, pelo dizer, questionar o fascínio envolto na relação com outro, nas fixações em objetos, ou até mesmo, entre as mais diversas pretensões totalitárias do poder.

As inscrições custam a partir de R$ 20 e devem ser realizadas online.

Informações no site ou e-mail [email protected]

Programa

Manhã
9h
Abertura – Presidente da APPOA, Norton Cézar Dal  Follo da Rosa Jr.
Travessia – Ana Costa
10h30min
Por amor a Freud – Lucy Linhares da Fontoura
Sobre o amor de transferência em tempos de indiferença e sujeição – Marcos Antônio Ribeiro Moraes

Tarde
15h
Cenas de fascínio – Alfredo Gil
Um país chamado psicanálise – Eliana dos Reis Betancourt
16h45min
Um despertar no SUS: fascínios na transferência e a ética do sujeito – Joana Martins Costa Bohmgahren
O que o poder não pode? O inconsciente utópico – Edson Luiz André de Sousa
18h
Encerramento

sábado, 20 de maio de 2024 | 09h00 - 18h00

a partir de R$ 20

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