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Cine Iberê com trilha sonora ao vivo

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Cine Iberê com trilha sonora ao vivo
Neste domingo (9 /12), às 16h, a Fundação Iberê Camargo apresenta o filme mudo A Concha e o Clérigo, de Germaine Dulac (1882 – 1942), uma das realizadoras pioneiras do cinema francês, do feminismo e do surrealismo no cinema. A música é composta e executada pelo multi-instrumentista Vagner Cunha. Com curadoria de Marta Biavaschi, a programação Silêncio em Movimento do Cine Iberê integra as atividades paralelas às exposições Subversão da Forma e Iberê Camargo: Formas em Movimento. Filme surrealista e labiríntico, A Concha e o Clérigo apresenta, por meio de sucessivas portas, situações que envolvem um clérigo, um general e uma mulher. A legenda inicial do filme convida o espectador a embarcar na história do teórico e dramaturgo francês Antonin Artaud (1896 – 1948), ícone da vanguarda francesa: “Não é um sonho, mas o próprio mundo das imagens, fazendo a mente chegar onde nunca lhe fora consentido ir, o mecanismo está ao alcance de todos”. Antonin Artaud criou o manifesto do Teatro da Crueldade, sobre como adaptar o surrealismo ao teatro e romper com as formas narrativas convencionais liberando o subconsciente e tornado ativo o espectador. Germaine Dulac foi uma das primeiras mulheres realizadoras do cinema mundial, criadora do conceito de cinema puro, que questiona as formas narrativas vindas da literatura e teatro e defende a autonomia do cinema. Diretora, teórica, jornalista e crítica de cinema, escreveu para uma das primeiras revistas feministas, La Française. Foi uma das fundadoras do movimento cineclubista francês. No últimos anos de sua vida dedicou-se à filmes documentais para cinejornais. Realizadora, entre outros, dos filmes Venus Victrix (1917), The Cigarrette (1919), A Sorridente Madame Beudet (1923), Heart of an Actress (1924), Um Convite à Viagem (1927) e A Concha e o Clérigo (1928). Para a exibição no Cine Iberê, a trilha sonora foi especialmente composta pelo compositor, arranjador e multi-instrumentista Vagner Cunha, que atua nos mais diversos estilos na cena musical contemporânea. Recentemente indicado ao Grammy Latino, Vagner tem diversas composições estreadas por orquestras e grupos de câmara brasileiros. Entre elas, destacam-se: Concerto para Violino Nº 1, o Concerto para Piano e Orquestra Sinfônica, Ballet Mahavidyas (executado e gravado pela Orquestra de Câmara Theatro São Pedro e coreografado por Carlota Albuquerque) e Concerto para Viola e Orquestra (encomendado em 2012 pela OSESP e estreado no mesmo ano na Sala São Paulo), além de diversas composições orquestrais premiadas pela Bienal de Música do Rio de Janeiro como Aleph -estreada pela Orquestra Petrobras naquela cidade. Vagner também compôs trilhas musicais para dezenas de filmes e projetos audiovisuais, além de músicas orquestrais didáticas, dedicadas à formação de jovens instrumentistas. Dom 16h

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