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Cinema mudo com música ao vivo no Cine Iberê

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Cinema mudo com música ao vivo no Cine Iberê
Neste domingo (21/10), a Fundação Iberê Camargo realiza duas sessões do Cine Iberê especial Cinema Mudo com Música ao Vivo, com a exibição do curta Tramas do Entardecer, da cineasta ucraniana Maya Deren, às 16h e às 17h. A música é composta e executada pelo multi-instrumentista Vagner Cunha. Com curadoria de Marta Biavaschi, a programação Silêncio em Movimento do Cine Iberê integram as atividades paralelas às exposições Subversão da Forma e Iberê Camargo: Formas em Movimento. Tramas do Entardecer é um dos filmes experimentais mais importantes da cinematografia mundial. Com essa obra, Maya Deren tornou-se referência do cinema avant-garde dos anos 1940 e 1950, inspirando cineastas contemporâneos como David Lynch. Interpretado pela própria realizadora e seu marido, o cineasta Hammid Hackenschmied – correalizador do filme -, Tramas do Entardecer é uma obra cinemática surrealista, na qual a câmera não é apenas um meio de registro e narrativa do mundo: é também uma lente pela qual se pode descondicionar e transfigurar as representações cotidianas do mundo. Na trama, uma mulher retorna para casa, dorme e vive situações que podem ser sonhos ou não. Ela explora suas próprias imagens internas – objetos comuns que potencializam um grande mistério -, fazendo um convite para que o espectador busque ideias e pensamentos por meio de imagens e jogos mentais. Para a exibição no Cine Iberê, a trilha sonora foi especialmente composta pelo compositor, arranjador e multi-instrumentista Vagner Cunha, que atua nos mais diversos estilos na cena musical contemporânea. Recentemente indicado ao Grammy Latino (a cerimônia de premiação será realizada em novembro), Vagner tem diversas composições estreadas por orquestras e grupos de câmara brasileiros, entre elas destacam-se: Concerto Para Violino No 1, o Concerto para Piano e Orquestra Sinfônica, Ballet Mahavidyas – executado e gravado pela Orquestra de Câmara Teatro São Pedro e coreografado por Carlota Albuquerque, Concerto para Viola e Orquestra – encomendado em 2012 pela OSESP e estreado no mesmo ano na Sala São Paulo, além de diversas composições orquestrais premiadas pela Bienal de Música do Rio de Janeiro como Aleph – estreada pela Orquestra Petrobras naquela cidade. Vagner também compôs trilhas musicais para dezenas de filmes e projetos audiovisuais, além de músicas orquestrais didáticas, dedicadas à formação de jovens instrumentistas. Sua obra autoral está em discos Mahavidyas (2008), Além (2012), Variações São Petersburgo (2016), Vagner Cunha convida Guinga (2017), Los Orientales (2017), Concerto para Violão de 7 cordas e orquestra com Yamandu Costa (2017), além de dois discos dedicados a poemas de Antonio Meneghetti, interpretados pela Camerata Ontoarte e Carla Maffioletti (2015 e 2017). Recebeu sete vezes o Prêmio Açorianos e, em 2011, o Prêmio FUNARTE de Composição. Atualmente é diretor musical da Camerata Ontorte Recanto Maestro – para a qual compõe regularmente em diversas formações camerísticas – e dedica-se às apresentações da Ópera O Quatrilho, composição de sua autoria, com libreto de José Clemente Pozenato. Maya Deren (Ucrânia,1917 – USA, 1961) nasceu em Kiev, Ucrânia. Em 1922, sua família migra para os Estados Unidos. Protagonista da vanguarda dos anos 40-50, é […]

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