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Instituto Estadual de Artes Visuais abre terceiro período expositivo

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Instituto Estadual de Artes Visuais abre terceiro período expositivo
O Instituto Estadual de Artes Visuais (IEAVi) inaugura o terceiro período expositivo em suas galerias na Casa de Cultura Mario Quintana nesta quarta (29/8), às 19h. Compõem as mostras: a exposição A Ruína e a Noite, de Andressa P. Lawisch e Marcelo Bordignon, Bicha (Termo Náutico), de Miguel Soll e curadoria de Juliana Proenço, e O Casamento de Mary People, de Mariani Pessoa. As exposições ficam abertas para visitação até o dia 30 de setembro, com entrada franca. A Ruína e a Noite Andressa P. Lawisch e Marcelo Bordignon Galeria Augusto Meyer, 3º andar da CCMQ Esta exposição une duas pesquisas pictóricas que convergem em seus desdobramentos. A ruína e o noturno neste conjunto de pinturas trabalham com a questão do desaparecimento, são espaços na paisagem sem presença direta da figura humana. Os objetos observados estão a sumir, tanto tragados pelas trevas quanto pela ação do tempo. Este corpo de trabalho se origina a partir de um olhar atento à cidade e as suas transformações. As arquiteturas em estado de decomposição, que motivaram as pinturas com a temática sobre ruínas urbanas, são encontradas em percursos pela cidade ou fora dela. Os resquícios orgânicos nas paredes destes espaços serviram como um gatilho para o desenvolvimento de um pensamento pictórico. Com o decorrer da pesquisa, percebeu-se a carga simbólica da ruína, tanto como uma transformação temporal quanto um acolhimento para demais tipos de abandonos. A pintura é realizada sem nenhuma demarcação da imagem para a tela, mas apenas com manchas que vão construindo a pintura, num processo de sobreposição de camadas de tinta, sem a preocupação de criar uma figura realista. Apresenta tanto sua fatura quanto seu processo que, assim como a própria ruína, deixa transparecer seu material. Bicha (Termo Náutico) Miguel Soll Curadoria: Juliana Proenço Espaço Maurício Rosenblatt, 3º andar da CCMQ Bicha (Termo Náutico) parte da série Rachaduras, exposta em 2017 na Galeria Ecarta, expandindo-a, como num encontro entre rio e mar. Somam-se agora, aos registros do relacionamento à distância entre Miguel e Thomas, fotografias dos deslocamentos que ambos fizeram juntos (ou para se encontrar). A ausência de identificação dos locais convida à deriva. O tema náutico que serve de liame discursivo à mostra remete a outra ponte: entre arcaico e contemporâneo – presente também nas imagens. A comunicação se propaga por ondas. Bicha não é só um xingamento. São também os cabos que tensionam a vela de uma embarcação; que a empurram para a frente. Basta procurar no Google. Mesmo onipresente, o digital ainda não conseguiu se equiparar ao real. Navegar (para além da internet), tensionar as velas, deslocar-se continua sendo preciso. Se os perigos do passado – sereias, monstros marinhos, criaturas mágicas – foram afogados pela ciência, outras preocupações, tão ou mais surreais, persistem – preconceitos, silêncios, violências. Tanto na imensidão sublime do oceano, como na das telas, que nos cercam, sem nos preencher. Talvez a fugaz materialidade da fotografia seja incapaz de resolver todos esses paradoxos, de abolir essas distâncias. Mas é necessário tentar. Afinal, seguimos em […]

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