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Maria Tomaselli propõe reflexões sobre liberdade e solidariedade em exposição e livro

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Maria Tomaselli propõe reflexões sobre liberdade e solidariedade em exposição e livro
Maria Tomaselli apresenta a exposição de gravuras em metal e pinturas Voos Abortados e o livro ilustrado com as gravuras Ela se Chama Azelene neste sábado (6/7), às 11h, na Galeria Gestual. Experiências de cárcere de uns 40 anos atrás no presídio central, quando acompanhava Iberê Camargo em suas aulas de pintura para apenados – que ela prosseguiu sozinha após o retorno de Iberê ao Rio -, Maria Tomaselli foi inoculada por uma empatia, uma compaixão para com essa população que teve a desgraça de se envolver – ou ser envolvida – em algo ilícito. Uma viagem de ônibus de uma hora ao lado de um ser que precisou contar sua história para um desconhecido foi o que precisou para ela escrever essa história romanceada, fictícia, mas verdadeira. A narrativa mostra Azelene, presidiária em regime semiaberto aceita para trabalhar em uma casa de classe média, a partir das percepções que a patroa Karolline tem sobre ela. No prefácio de Ela se Chama Azelene (Libretos, 232 páginas), o músico e escritor Arnaldo Sisson observa o ritmo da autora: “Maria Tomaselli escreve como quem filma, fotografa, pinta frações da realidade que ouve, vê, fala e que, afinal, motivam o que sente”. E prossegue na análise: “(…) Azelene foi colocada numa outra realidade onde já não faz diferença se é culpada ou inocente. Há mais muros dentro de uma prisão do que simplesmente as muralhas que a cercam. (…) o livro se torna também um manifesto de perplexidade frente a um contexto social incoerente e hipócrita. Uma farsa que destrói pessoas sob o pretexto de reconstruí-las”. A exposição permanece aberta ao público até 20 de julho, com entrada franca. Seg a sex das 10h às 19h

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