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Andréa Brächer mostra cianotipias amazônicas em “Ygapó”

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Andréa Brächer mostra cianotipias amazônicas em “Ygapó” Sem título, série "Ygapó" (2022), de Andréa Brächer/Divulgação

Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), por meio do seu Núcleo Cultural, inaugura nesta terça-feira (7/11), às 19h, no Espaço de Artes, a exposição Ygapó – Floresta Encantada de Águas, da artista Andréa Brächer, com curadoria de Letícia Lau. A visitação é de segundas as sextas, das 10h às 20h, e sábados das 9h às 12h, até 14 de dezembro de 2023, no espaço expositivo localizado à Rua Sarmento Leite, 245, Prédio 01, térreo, no Centro Histórico de Porto Alegre. A entrada é gratuita.

A mostra reúne fotografias, com matriz em cianotipia, e um vídeo realizados por Andréa Brächer na região do Baixo Amazonas, em Alter do Chão, no Pará, onde captou mais de mil imagens durante uma imersão fotográfica. Nessa região, chama a atenção a presença de igapós, que é a parte da Floresta Amazônica que permanece alagada mesmo na estiagem dos rios. Na língua tupi, “Yapó” é fruto da união de duas palavras, sendo “Y” água e “apó” raiz – ou seja, raízes d’água. Assim surge a palavra “Ygapó”, criada pela artista para representar essa exposição.

A floresta e as fabulações são elementos referentes e muito presentes na poética da artista. Nessa mostra são apresentados fragmentos de uma floresta de águas como uma narrativa de um conto, que evoca a magia do lugar. As histórias a partir do cenário lúdico e encantado, onde a imaginação flui, são provocadas pela floresta de mata ciliar, ora exuberante e ora inundada.

Sem título, série “Ygapó” (2022), de Andréa Brächer/Divulgação

O recorte dessa produção, que tem no seu cerne o conceito de fabulação, aponta questões importantes para os dias atuais no que se refere à natureza, à identidade, à preservação e à cultura, tendo a água como identidade do lugar e sua importância para os povos ribeirinhos.

Brächer, com suas práticas e pesquisas centradas nos processos históricos, apresenta uma produção que une o histórico e o contemporâneo, ou seja, revisita as práticas analógicas aliadas às práticas digitais, dentro de uma linguagem da fotografia expandida. As fotografias são criadas a partir da técnica de cianotipia, um processo fotográfico descoberto em 1842 por Sir John Herschel.

Possui uma base sensibilizadora de sais de ferro (ferricianeto de potássio e citrato férrico amoniacal), que adquire uma coloração azul quando exposta ao sol. O azul, além de um indício da técnica, também se refere à água nessa exposição.

Segundo a curadora Letícia Lau, Ygapó – Floresta Encantada de Águas é um convite para nos permitirmos adentrar no mundo da imaginação e da fantasia e, ao mesmo tempo, permanecer na ideia da preservação da natureza, da floresta e das culturas locais. “Um despertar para o conhecimento da história da fotografia, em seus processos históricos e antigos, transmutada em uma linguagem contemporânea e inundada pela onipresença da cor azul”, conclui.

Sem título, série “Ygapó” (2022), de Andréa Brächer/Divulgação

terça-feira, 07 a 14 de dezembro de 2023

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