Música | Notas

Nana Caymmi presta tributo a Tom e Vinícius

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Nana Caymmi presta tributo a Tom e Vinícius
Há um entrosamento de décadas entre as famílias Caymmi e Jobim, além de um vetor natural que é a música de Tom. A começar pelo histórico e iluminado disco Caymmi Visita Tom (1964) que selou a admiração mútua entre Dorival e Tom e a dos dois pela obra do “baiano bossa nova” João Gilberto. Na época o LP trazia em sua ficha técnica, Nana (voz), Dori (violão), Danilo (flauta) e Stella (voz) — filhos e esposa, respectivamente, de Caymmi. Muitos anos depois, o protagonismo de Nana e Danilo se fez presente em Falando de amor (2005), agora sem a voz de Dorival e trazendo mais do que um mero tributo graças a algumas jóias verdadeiramente novas da obra do compositor e radicalmente reverente à estética de Tom, com atmosfera jobiniana de ponta a ponta e participação de instrumentistas que tocaram com o maestro, sob a direção musical de Dori Caymmi. Agora, 25 anos após a morte de Tom e 40 sem Vinicius, Nana Caymmi reúne-se a família novamente para prestar um tributo especial aos compositores. Com direção artística, violão e arranjos de Dori Caymmi, o álbum Nana, Tom, Vinicius traz a voz de Nana interpretando canções da dupla Antonio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes, uma das mais famosas parcerias musicais de todos os tempos. O álbum chega com exclusividade na plataforma Sesc Digital e será disponibilizado nas plataformas de streaming. A versão física do disco ainda não tem previsão para lançamento, em decorrência da pandemia de Covid-19. Nana, Tom, Vinicius traz releituras de clássicos como Eu sei que vou te amar e Canção do amor demais compostas em parceria, assim como Valsa de Eurídice, de Vinicius e As praias desertas, de Tom, que Nana considera “paixão antiga”. “É uma tristeza imensa a ausência dele. Tom gostava de bolero pra caramba, como eu gosto, a gente conversava muito sobre os grandes compositores. Tenho muita saudade, na vida da minha família ele era muito presente”, afirmou a cantora em entrevista ao Estadão em 2019. O disco também marca retorno da cantora aos estúdios para gravar projetos solo após 10 anos. No ano passado, Nana prestou tributo ao compositor, cantor e pianista Tito Madi, mestre o samba-canção, lançado pela gravadora Biscoito Fino (Nana Caymmi canta Tito Madi, 2019) e também ocupou-se de gravar as bases de Nana, Tom, Vinicius com os músicos Itamar Assiere (piano), Jurim Moreira (bateria), Jorge Helder (baixo). Para concretizar e celebrar a obra, o álbum ainda conta com uma orquestra regida por Dori.   Escute Nana, Tom, Vinicius aqui.

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