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Universal Music passa a distribuir digitalmente o catálogo de Egberto Gismonti

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Universal Music passa a distribuir digitalmente o catálogo de Egberto Gismonti
A Universal Music passa a distribuir digitalmente o catálogo de Egberto Gismonti. Nesta sexta (23/8), chegaram às plataformas digitais os álbuns Caçador de Infância, de Grazie Wirtti e Matias Arriazu, e Violão Solo (Universo Musical de Egberto Gismonti), de Daniel Murray. As obras integram o catálogo do selo Carmo, de Egberto Gismonti. Desde 1969, as direções da icônica gravadora alemã ECM na música e no som incorporaram os conceitos de amigos e parceiros encontrados ao longo do caminho. Um desses parceiros é o brilhante guitarrista e pianista brasileiro Egberto Gismonti, cujas gravações na ECM incluíram álbuns solo e projetos com grupos aclamados – incluindo o trio Mágico, com Jan Garbarek e Charlie Haden, o duo com Nana Vasconcelos, a banda Academia de Danças, o quarteto/trio com os colaboradores Nando Carneiro e Zeca Assumpção e colaborações com orquestras. Até o momento, a ECM lançou 17 álbuns com Gismonti e outros 16 no próprio selo de Egberto, a Carmo, onde ele é apresentado como solista, sideman (músico), compositor, arranjador e produtor. A complexidade do Brasil, seu entrelaçamento e coexistência de cultura, encontra eco na música de Egberto Gismonti, que se vale de recursos “primitivos” e “sofisticados”. Como observou o crítico Josef Woodard, na obra de Gismonti “a linha entre o folclore, a herança clássica, as sugestões do jazz e os modos inomináveis “‹”‹de invenção são maravilhosamente mesclados”. Nascido no Brasil em 1947, na pequena cidade de Carmo, no Rio de Janeiro, Gismonti estudou piano desde os cinco anos e, mais tarde, flauta e clarinete. Ele é autodidata em violão, instrumento que ele aprendeu aos 21 anos, logo desenvolvendo suas inovadoras técnicas de duas linhas simultâneas e contra-melodias. Em 1970, ele viajou a Paris para estudar com dois professores importantes, a famosa pedagoga Nadia Boulanger e o compositor de doze notas Jean Barraqué, o discípulo mais dedicado de Webern. Por mais valiosas que fossem essas experiências, elas serviram também para fortalecer o respeito de Gismonti pela música de sua terra natal, que lhe parecia ser de um recurso ilimitado. “World Music”, como seria mais tarde denominada, estava à sua porta – tantas tradições musicais se sobrepunham e se encaixavam no Brasil: “Todas as culturas europeias e outras culturas fazem parte de nossa cultura”. Ele sempre citou seu tempo com os índios do Xingu, na selva amazônica, como parte crucial de sua educação musical e filosófica, aumentando a consciência dos elementos essenciais necessários à sobrevivência, na arte e em outros lugares. Na década de 1970, aconteceram experiências com músicos de jazz, incluindo o carinhosamente lembrado grupo Mágico, com Jan Garbarek e Charlie Haden – ele se reuniu brevemente com Haden em 1989 para uma apresentação posterior Em Montreal -, e também jam sessions em Los Angeles com Herbie Hancock e Wayne Shorter, além de colaborações com Paul Horn e Ron Carter. Mas, no último quarto de século, ele seguiu sua própria poesia rigorosamente em amplos contextos brasileiros, buscando penetrar nos mistérios e segredos de seu país e celebrar sua diversidade cultural. Ele também fez […]

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