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Adriana Calcanhotto celebra 30 anos de carreira com EP de remixes

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Adriana Calcanhotto celebra 30 anos de carreira com EP de remixes Foto: Leo Aversa/Divulgação

No encerramento das comemorações dos 30 anos de sua carreira discográfica, Adriana Calcanhotto lança o álbum Remix Século XXI, seis canções significativas de sua obra pela primeira vez em versões remixadas.

O álbum chegou com exclusividade na Apple Music nesta sexta (18/12).

Com a curadoria do DJ Zé Pedro, que escolheu os produtores, essas versões traçam um perfil eletrônico e surpreendente de hits radiofônicos, como por exemplo Vambora, Mentiras e Esquadros

O primeiro produtor escolhido por Zé Pedro foi George Mendez, do projeto Vizcaya, que já tinha dois remixes prontos devido à sua admiração desde sempre pelo trabalho de Adriana. A partir daí, ele criou mais dois remixes somados à chegada do DJ e produtor gaúcho Eduardo Herrera e Fernando Britto, um paulista integrante do projeto Tin God, os dois residem atualmente em Londres. 

A house music e seus desdobramentos foi o estilo eletrônico sugerido por Zé Pedro aos produtores por conversar melhor com o pop de Adriana. 

— A matéria prima de Adriana Calcanhotto é a vanguarda. Sua canção minimalista se alimenta de ídolos como Hélio Oiticica e Waly Salomão, além de movimentos como o tropicalismo e a semana de 22. Ao mesmo tempo, Adriana pode recriar Music, da Madonna, com toques de Carmen Miranda, utilizar samples e pedal de efeitos em seus shows ou até mesmo trazer o controvertido funk para o seu universo musical. Remix é uma linguagem utilizada permanentemente e com grande sucesso no mundo todo.

Ironicamente, aqui no Brasil passamos por fases. Sazonalmente, surge um novo estilo eletrônico trazendo consigo hits considerados subversivos pelos puristas da MPB, mas que ao mesmo tempo, lançam ou provocam o renascimento de artistas que só conseguem se manter nas paradas através dessa linguagem. Ou seja, remix é palavra existente/resistente na nossa música.

Em 2002, Adriana autorizava a primeira transgressão feita por um DJ: Jogo linguístico, uma colagem provocativa de algumas de suas canções numa só track e presente no meu primeiro álbum, Música para Dançar. O preço dessa minha ousadia foi, ao longo dos anos, ser procurado por produtores querendo me apresentar suas “manobras” dentro da obra de Adriana Calcanhotto, me levando inconscientemente à tarefa de curador de um disco que só agora aceito com prazer, visto que surgiram seis faixas irresistíveis — diz Zé Pedro.

Mentiras, Esquadros, Senhas e Cantada foram produzidas por George Mendez, que nasceu em Pernambuco e firmou seu talento na Europa, onde morou durante 15 anos. Pesquisador atento da obra de Adriana, ele assina as quatro faixas como Vizcaya, seu projeto de remixes.

Para as faixas Vambora e Ninguém na Rua,  dois produtores também brasileiros e residentes em Londres: Fernando Britto, do projeto Tin God, e Eduardo Herrera, do Discoteked, adoradores de house music e synthpop.

Escute Remix Século XXI aqui.

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