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Ana Luíza Koehler revela método de criação de nova HQ

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Ana Luíza Koehler revela método de criação de nova HQ
A partir do dia 2 de abril, sempre às quintas, a quadrinista Ana Luíza Koehler disponibilizará em seu canal do YouTube novos vídeos que mostram seu processo de criação para o volume 2 da HQ Beco do Rosário. Os audiovisuais também podem ser acessados pelas redes sociais da autora, assim como o material de pesquisa, disponível em seu blog. Todos os meios serão constantemente atualizados por ela. O lançamento físico da obra, feito pela editora Veneta, está marcado ainda para este ano. O volume é único, ou seja, é composto pela primeira parte da história – lançada de forma independente em 2015 – e pela segunda parte, em finalização, para que o leitor tenha acesso a narrativa completa. Contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018, o projeto tem como mote a modernização do centro de Porto Alegre (RS) da década de 1920. Nos quatro primeiros vídeos, o público acompanha como os desenhos da nova publicação tomam formas. No primeiro, postado no dia 2, Ana pratica um exercício de estilização, que é feito com base em fotografias de pessoas reais. Neste caso, ela utiliza a fotografia de uma moça que saiu em uma edição da Revista do Globo, de Porto Alegre, em 1929. “É um excelente método para sair da mesmice no desenho e aprender novas formas de caracterizar pessoas”, afirma. Na semana seguinte, dia 9, ainda seguindo com essa paixão de desenhar personagens, a artista cria tipos físicos diferentes e desenha figurinos em cima deles. É o exercício Desenhando tipos masculinos. “É essencial detalhar o tipo físico de cada um antes de colocar as roupas, pois vai ser ele que vai determinar o caimento delas e deixar o desenho mais convincente.” O vídeo 3, a ser disponibilizado no dia 16, é um treinamento corriqueiro de arte-final e estudo de caracterização, que a autora costuma fazer em seu sketchbook específico para desenhos de personagens com tipos físicos diferentes usando roupas de época. Neste, a inspiração foi uma foto da revista A Máscara, também de Porto Alegre, de 1918. Por fim, no dia 23, o conceito do vídeo a ser apresentado é o furto de carteiras nas ruas de Porto Alegre, intitulado O espianta e o sujo. O desenho foi inspirado na leitura de um artigo do jornal Correio do Povo, do ano de 1929. Nele, um repórter entrevistava um ex-ladrão de rua, que explicava como era o sofisticado esquema de furtar carteiras e aplicar pequenos golpes para os incautos que transitavam pela cidade. – Aqui, parto para um esquema de perspectiva e gestual de personagens montado, apenas detalhando a lápis os tipos físicos, as roupas e o fundo – explica Ana. A história da HQ se passa na década de 1920, quando a capital gaúcha anseia pela modernidade, mas ainda é cheia de velhos becos, íngremes, marginalizados, com antigas casas de beiral. Para alguns, modernizar a cidade é acabar com esses lugares do “atraso”. Para outros, são lares, próximos às mais belas ruas do centro. A trama se desenvolve ao redor de […]

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