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Linn Da Quebrada reverbera nova sonoridade em seu segundo disco de carreira

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Linn Da Quebrada reverbera nova sonoridade em seu segundo disco de carreira Foto: Wallace Domingues/Divulgação

O novo álbum de Linn Da Quebrada, Trava Línguas (Natura Musical) é o ponto de intersecção entre todas as últimas indagações e suas 11 faixas apresentam-se como as diferentes possibilidades de fuga e reencontro de Linn consigo mesma. Lançado nesta sexta-feira (16/7), Trava Línguas já está disponível nas principais plataformas de streaming.

Como um espelho multifacetado, Linn está projetada nos mínimos detalhes ao longo de todo o álbum, cuja produção musical foi compartilhada entre ela, a produtora e DJ BADSISTA e a percussionista Dominique Vieira.

Capa de “Trava Línguas”/Divulgação

“Com Trava Línguas proponho uma conversa franca com o mercado: quem eu soul nesse sistema? Os algoritmos, os rótulos, os gêneros… Onde é que vocês vão me colocar agora? Onde eu vou me colocar agora? Trava Línguas é minha tentativa de subverter os cálculos desse jogo com base na ancestralidade. Pois, se tudo que existe hoje em dia foi imaginado primeiramente em algum momento passado, então que este disco evoque a ‘plantação cognitiva’ de que nos fala Jota Mombaça: com Trava Línguas eu desejo o plantio de novos mecanismos. Mecanismos de mercado, de narrativas, de consumo. Mecanismos mais saudáveis e sobre os quais espero colher cada vez mais, no futuro e no coletivo”, explica a artista sobre um dos conceitos primordiais que marcam este novo momento de sua carreira.

Para a produtora musical BADSISTA, sonoramente falando Trava Línguas reforça essa ideia conceitual surgindo como um fruto espontâneo dessa parceria que ela e Linn mantém desde Pajubá, disco de estreia de Linn e que foi produzido por BADSISTA, sendo lançado de modo independente em 2018.

Em Trava Línguas, Linn traz dois feats.: Luiza Nascim, em Dispara e Ventura Profana, em Eu Matei o Júnior. Das onze faixas que compõem o repertório do disco, sete são de autoria da própria Linn da Quebrada. As exceções são: Amor Amor, que foi escrita por Castiel Vitorino Brasileiro; Dispara, que traz composição de Luiza Nascim e Dominique Vieira, além da própria Linn; Medrosa, que trata-se originalmente de falatórios de Stela do Patrocínio (in memoriam); além de Pense & Dance, que é assinada por Linn e Rodrigo Polla.

“Todas essas vozes que convidei para Trava Línguas impulsionam minha voz, me movem & me comovem para outras direções. Estamos rompendo com lugares de enclausuramento a partir de nossas próprias carreiras, que se atravessam e se entrelaçam”, celebra a artista, que já adianta: “Trava Línguas começa agora, mas ainda encontra-se incompleta. É uma obra que também terá sua potência audiovisual explorada, um projeto especial que encontra-se em fase de produção por hora. Me ouçam e me olhem de novo. Esperem. Ainda tenho mais histórias para resgatar”, nos convida Linn.

Trava Línguas foi selecionado pela plataforma Natura Musical, através do Edital Natura Musical 2020, ao lado de nomes como Bixarte, Bia Ferreira, Juçara Marçal, Kunumi MC, Rico Dalasam.

Escute o álbum Trava Línguas aqui

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