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Festival Paulo Moreira une jazz e afeto nos palcos

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Festival Paulo Moreira une jazz e afeto nos palcos Paulo Moreira. Foto: Daisson Flach

Concebido por um grupo de amigos, o Festival Paulo Moreira será realizado de 2 a 5 de março em quatro casas de shows de Porto Alegre: Café Fon Fon, Espaço 373, Gravador Pub e Sala Jazz Geraldo Flach. A programação reúne mais de 70 músicos em apresentações solo e de 15 grupos instrumentais.

“Fui surpreendido com a notícia de que amigos meus estavam organizando um festival de jazz e música instrumental em minha homenagem. Fiquei absolutamente lisonjeado com a iniciativa”, conta o jornalista Paulo Moreira, poucos dias após receber alta de uma internação para tratar um quadro de insuficiência renal que ele enfrenta há décadas, agravada recentemente. “Pretendo estar pelo menos na primeira noite do festival para dar início aos trabalhos”, completa.

Ao longo de mais de 40 anos de carreira, Moreira dedicou-se à produção, redação e radiodifusão de conteúdos musicais. Atuou na Rádio 102 FM, de 1994 a 1996, produzindo o programa Jam Session, apresentado por Ruy Carlos Ostermann. De 1997 a 1999, foi crítico de música e cinema no Correio do Povo. Durante quatro anos, realizou cursos sobre a história do jazz e do rock no StudioClio. Por quase duas décadas, produziu e apresentou o programa Sessão Jazz na rádio FM Cultura e, nos últimos anos, na rádio online Salvesintonia.com, além de ministrar as aulas das Audições Comentadas de Jazz, no Instituto Ling

O músico João Maldonado destaca o caráter coletivo da iniciativa, cuja renda dos ingressos será revertida para o tratamento de saúde de Moreira. “Criou-se uma sinergia muito bacana ao redor do Paulinho, o que demonstra como ele é amado e respeitado por amigos, músicos e proprietários das casas de shows. Todo mundo está de coração cheio, e tudo isso é resultado da trajetória do Paulo”, conta Maldonado, que organiza o festival ao lado de Cássia Zanon, Cláudia Beylouni dos Santos, José Beltrame “Cusco”, Marcio Pinheiro, Marcos Abreu, Roberta Amaral e Roger Lerina.

“Porto Alegre é uma das capitais do jazz e da música instrumental no Brasil. Com essa articulação, abrimos uma nova era. Como coletivo, todo mundo sai ganhando. É um grande aprendizado para todos nós”, completa o músico, de quem Moreira é “duplamente padrinho, no conhecimento sobre música instrumental e no meu casamento com a Roberta [Amaral]”.

À frente do Gravador Pub, Gabriel Salomão destaca a adesão imediata dos músicos com quem entrou em contato para participar do festival: “Em 80 minutos, eu tinha 16 bandas interessadas. Nenhum músico pestanejou, sem exceção. Ficaram no line-up aquelas que confirmaram primeiro”.

“Esse movimento é muito bonito e inédito em Porto Alegre”, destaca Silvana Beduschi, proprietária do Espaço 373. “Eu e o Paulinho fomos colegas de Comunicação na Famecos. Mais tarde, quando abrimos o Espaço 373, ele esteve presente desde o início e apresentou vários shows a nosso convite”, recorda a amiga.

“Eu sempre quis agregar casas de shows para agirmos colaborativamente, trazendo músicos e buscando patrocinadores e apoiadores. Juntos temos mais força. Fico muito feliz que esse festival esteja acontecendo. Podemos aproveitá-lo para pensarmos futuras edições”, completa Silvana, antecipando que, no dia 10 de março, os músicos Dami Andres e Edgar Duvivier vêm do Rio de Janeiro para um show no Espaço 373. Artista plástico além de músico, Duvivier vai vender duas serigrafias e três desenhos em Porto Alegre, com valores destinados ao tratamento de Paulo Moreira.

Outra amiga de longa data, Ângela Flach conta que se aproximou de Paulo Moreira quando ele era produtor de programas da Rádio Gaúcha. “Meu nome completo é Ângela Moreira Flach. Por conta do sobrenome Moreira, o Paulinho me chama de ‘mamãe’ com aquele vozerão dele, vê se pode”, diverte-se a idealizadora da Sala Jazz Geraldo Flach.

O músico Luizinho Santos atribui a Paulo Moreira um papel fundamental na difusão do jazz e da música instrumental na cidade. “O Paulinho é uma espécie de mentor. Ele mostra caminhos da música feita em Porto Alegre e no mundo inteiro”, ressalta o músico, que lidera o Café Fon Fon ao lado da musicista Bethy Krieger. “Essa união das casas de show em prol dele é histórica e abre portas para um novo festival perene de música instrumental”, completa.

O Festival Paulo Moreira conta com o apoio do cartunista Fraga, que doará obras para venda; dos fotógrafos Daisson Flach, Douglas Fischer e Nilton Santolin, da Atmosfera Produtora; de Texo Cabral e da Reverber Produtora, que farão as captações de áudio e vídeo das apresentações no Gravador Pub; e da Oficina Person Piano.

Os ingressos restantes estão à venda por 35 reais. A iniciativa também arrecada doações de qualquer valor pelo PIX 01510705040 (CPF/ Roberta Brezezinski Moreira).

FESTIVAL PAULO MOREIRA

2 de março | quinta-feira
Café Fon Fon
(Rua Vieira de Castro, 22 – Bairro Farroupilha)
21h – Thiago Colombo
21h30 – Paulo Dorfman
22h – Júlio “Chumbinho” Herrlein
22h30 – El Trio
23h30 – Quarteto Fon Fon

3 de março | sexta-feira
Espaço 373
(Rua Comendador Coruja, 373 – Bairro Floresta)
19h40 – Nico Bueno Café Trio
20h30 – Marmota Jazz, com participação especial de Nicola Spolidoro e de Ronaldo Pereira
22h10 – James Liberato Quinteto
22h20 – Pedro Tagliani Quarteto

4 de março | sábado
Gravador PUB
(Rua Conde de Porto Alegre, 22 – Bairro São Geraldo)
Abertura da casa: 14h
15h00 – Paulinho Fagundes, Miguel Tejera e Rafa Marques
15h45 – Instrumental Picumã + Pirisca Grecco
16h45 – Corujazz
17h30 – Rodrigo Nassif Trio
18h15 – Quartchêto
19h – Marcelo Corsetti Trio
19h45 – Funkalister
20h30 – Conjunto Bluegrass Porto-Alegrense
21h00 – Hard Blues Trio
21h45 – Antonio Flores

5 de março | domingo
Sala Jazz Geraldo Flach
18h00 – João Maldonado Trio
, com a participação especial de Ayres Potthoff
19h00 – Nicola Spolidoro, Caio Maurente e Luke Faro
20h00
Luciano Leães, Cristian Sperandir, Paulinho Cardoso, Fernando do Ó e Ronie Martinez em formação especial

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quinta-feira, 02 a 05 de março de 2023

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