Juremir Machado da Silva

Terrorismo de Roberto Jefferson

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Terrorismo de Roberto Jefferson Foto: Reprodução
Quando Roberto Jefferson enlouqueceu, pôs-se na janela a atirar. No delírio em que se afundou, atirava em Alexandre de Moraes, atirava no STF, atirava na esquerda, atirava no TSE, atirava na democracia, atirava em agentes da Polícia Federal. Cada bala que disparava tinha endereço certo: o Estado de Direito. Típico homo bolsanaricus, tosco, armado e de extrema-direita, acreditava estar defendendo valores. Na verdade, praticava terrorismo solitário, reivindicando o direito de mentir nas redes sociais e de caluniar e difamar de acordo com o seu humor do dia. Talvez quisesse, no seu delírio armado, proteger a retaguarda de Paulo Guedes, flagrado em conspiração para desvincular salário mínimo e aposentadorias da inflação passada, o que seria crime contra a sobrevivência popular.

Fosse preto, pobre e morador de favela, teria sido crivado de balas pela polícia. No desvario em que se perdeu, sua ideologia subiu ao céu dos mártires das causas insanas, seu corpo desceu a uma prisão do Rio de Janeiro. Talvez uma das suas balas perdidas tenha atingido o coração da candidatura de seu principal aliado, Jair Bolsonaro, o presidente que criou as condições para que um condenado, em prisão domiciliar, tenha arsenal em casa. A loucura de Jefferson, porém, pertence a uma categoria especial: fanatismo ideológico alimentado por provocações de quem deveria governar para a paz e a ordem.

Jair Bolsonaro tratou de chamar Jefferson de bandido. Acertou, por razões erradas: apenas se distanciar do tóxico companheiro.

A democracia pede socorro.

Continua...

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