Nanni Rios, colunista
Nanni Rios

Quem tem medo do gênero?

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Quem tem medo do gênero? "O dia em que fui expulsa do South Summit" | Foto: Acervo pessoal

Se esse texto tivesse um subtítulo, seria: o dia em que fui expulsa do South Summit Brazil.

Sim, foi babado. E eu vou contar toda a fofoca. Mas antes preciso dizer que tomei emprestado para essa coluna o título do novo livro de Judith Butler, lançado no Brasil (antes de qualquer outro lugar do mundo) pela editora Boitempo no dia 8 de março. A opção por lançar aqui primeiro se deu não só porque temos no país algumas das maiores especialistas do mundo sobre a obra de Butler – da academia às quebradas –, mas também porque o ponto de partida desse livro foi um episódio acontecido no Brasil.

Vocês devem lembrar: Butler esteve aqui em 2017 com sua esposa, a pesquisadora Wendy Brown, para participar do seminário “Os fins da democracia” no SESC Pompeia e foi recebida com protestos já no Aeroporto de Congonhas. 

Manifestantes queimaram um boneco com o rosto da filósofa aos gritos de “queima, bruxa!” e uma petição pela proibição do seminário teve mais de 350 mil assinaturas. Entre os gritos de “fora, Butler” brotavam palavras de apoio ao então deputado federal Jair Bolsonaro, pré-candidato a presidente nas eleições de 2018. Só de escrever isso aqui, já me embrulha o estômago.

Deputados da bancada evangélica pressionaram o SESC pelo cancelamento do seminário, mas a entidade não cedeu e foi enfática na defesa do evento em nota oficial: “Nós agimos sob a égide do regime democrático, da liberdade de expressão e o respeito à diferença” – eita, bons tempos. Lembrei de outra fofoca, já conto.

Com o evento mantido e a segurança reforçada, a palestra de Butler aconteceu: “Não está claro se estamos vivendo no mesmo tempo político. Em várias partes do mundo nos perguntamos: em que século vivemos?”, questionou a filósofa. E detalhe: até algumas semanas antes, Butler não passava de uma desconhecida para a maioria do grande público brasileiro, tanto que sua primeira vinda ao país, em 2015, passou quase despercebida. 

A professora da Universidade da Califórnia é considerada uma das mais importantes filósofas dos Estados Unidos e sua obra aborda temas como a crítica ao sionismo e a questão Israel-Palestina – esse último, inclusive, era o tema da palestra. Mas foi seu livro Problemas de gênero – feminismo e subversão da identidade, de 1990, que causou todo o furor da manifestação. Imagine se passasse pela cabeça deles que, pouco tempo depois, a obra Corpos que importam – os limites discursivos do ‘sexo’ seria lançada no Brasil em formato de bíblia, com capa de couro, papel-scritta (aquele bem fininho, que lembra papel de seda) e lateral dourada. A bíblia dos estudos queer, literalmente.

No delírio da extrema direita, Butler é o papa da chamada “ideologia de gênero”, uma “doutrina” que vai obrigar crianças a fazerem transição de gênero, ensinar homossexualidade nas escolas e dar livros com cenas de sexo (como O avesso da pele) para jovens lerem. Algo equivalente (só que ao contrário) do psicólogo e escritor canadense Jordan Peterson, guru masculinista e ídolo da extrema-direita estadunidense, conhecido por seu discurso misógino e transfóbico, influencer digital e o autor de não ficção mais lido nos Estados Unidos em 2018, para quem “o espírito masculino está sob ataque”. 

Jordan Peterson é a grande atração do Fronteiras do Pensamento 2024, evento realizado pelo Grupo RBS em parceria com o site Brasil Paralelo, uma plataforma que faz literalmente isso: produz documentários e cursos sobre uma história paralela do Brasil, um conteúdo completamente alucinado e delirante, fruto de manipulação ideológica a serviço do conservadorismo. E no meio disso tudo, temos uma informação relevante para Porto Alegre: um dos professores dos cursos da plataforma é o nosso vice-prefeito, o bolsonarista Ricardo Gomes – que é também um dos grandes entusiastas do South Summit Brazil e foi um dos responsáveis por trazer o evento para Porto Alegre.

*

Conforme prometido, vamos à primeira fofoca. Fui contratada como DJ para duas participações no South Summit Brazil, evento de inovação e empreendedorismo criado na Espanha, em 2012, que ganhou uma versão brasileira, em Porto Alegre, em 2022. Não tenho mais detalhes, mas parece que foi bom, porque voltaram em 2023 e 2024.

Dessa vez, além da ostensiva propaganda pela cidade, também acompanhei a operação da Brigada Militar e do Samu na Praça do Tambor, em frente à livraria, na semana anterior ao evento, que removeu todos os pacatos cidadãos em situação de rua que ali estavam instalados. Importante dizer que a praça fica bem em frente ao acesso principal de pedestres do South Summit Brazil. Todo mundo que quisesse chegar a pé passaria por ali.

Eu já tinha a impressão de que não fazia parte do público-alvo. Mas trabalho é trabalho: uma produtora de eventos conhecida me pediu um orçamento, eu mandei, eles aprovaram e assinamos um contrato. Fui lá na quinta-feira, me perdi, demorei para achar o tal “palco Music”, onde eu me apresentaria, num evento em que todas as sinalizações são em inglês: Music Stage, portanto. Um pouco antes do horário combinado eu estava a postos para dar o play na primeira música. Tudo certo. E a segunda participação para a qual fui contratada seria no dia seguinte, sexta-feira, na festa de encerramento e confraternização da equipe que trabalhou no evento. Mais uma vez, cheguei no horário combinado e comecei o trabalho. Só não consegui terminá-lo, porque fui convidada a me retirar.

Eu sou DJ de música brasileira há mais de 10 anos. Completo 11 anos de profissão em maio de 2024. Sou criadora e produtora de três festas de música brasileira, nas quais também sou DJ. Quando me chamam para tocar em outros eventos, eu sempre me certifico se é música brasileira o que procuram, pois é esse o meu nicho. Nos meus contratos, isso vem escrito em cláusula destacada, cujo parágrafo único diz que não sou obrigada a atender pedidos do público. E isso não é arrogância, não. Muito pelo contrário: a gente vai pra uma gig com uma ampla pesquisa de músicas. É uma responsabilidade absurda fazer a gestão da vibe de uma pista. É tudo muito bem pensado e ensaiado, ao mesmo tempo em que é necessário ter repertório para improvisar. Em suma, a gente sabe o que tá fazendo.

Dito isso, vamos voltar para a festa da sexta-feira. Assim que comecei a tocar, um garoto super simpático veio me perguntar se eu tocaria funk, uma intervenção bem comum. Se eu fosse fazer uma caricatura da interação inadequada do público com o DJ, seria essa a imagem. Eu respondi que em algum momento eu tocaria sim e que tínhamos ainda 3h de festa. Ele se deu por satisfeito e voltou para a pista já dançando a música que tocava naquele momento: a versão da Gal para Garota de Ipanema, uma das músicas mais conhecidas e mais tocadas do mundo. 

Depois vieram duas moças falando espanhol e me pedindo para tocar reggaeton. Eu expliquei bem gentilmente que só tocava música brasileira. Elas insistiram, disseram que eram da Espanha e queriam ouvir reggaeton. Eu repeti a explicação e reiterei que não ia rolar. Foi então que elas pegaram o celular para me mostrar exemplos do que queriam ouvir e, para manejar melhor o aparelho, largaram o copo de bebida na mesa onde estava o equipamento de som. Eu pedi para não deixarem bebida ali. Elas me lançaram um olhar fulminante, rolou uma tensão. Eu pedi novamente para que tirassem os copos dali, tentando falar mais devagar. Até que uma delas tirou o copo, mas a outra seguiu me olhando, bem séria. Ao meu ver, era uma instrução óbvia: não se apoia bebida perto do equipamento de som. Além da importunação, claro, mas esse tipo de assédio é bem comum e qualquer DJ tá acostumada a contornar. Ela me encarou mais um tempo sem dizer nada. Eu não tava entendendo. Até que ela pegou o copo e, sem escusas, virou as costas e saiu com a outra moça.

Passou um tempo, elas voltaram junto com um cara. E ele foi direto, em bom português: as pessoas querem ouvir outra coisa, você não pode tocar só música brasileira. Olhei para a pista, onde um grupo de umas dez pessoas de uniforme cinza com a logo do evento pulavam abraçadas cantando a plenos pulmões uma Beth Carvalho (a cena me empoderava), e reiterei que eu só tocava música brasileira e que as pessoas pareciam estar gostando. Nessa hora eu vi que, além das duas moças espanholas e do cara que falou comigo em português, outros dois rapazes estavam atrás deles com os olhos arregalados para a cena.

O cara chegou mais perto e disse, já tocando no meu ombro: você não pode ser tão inflexível, este é um evento global, é preciso tocar outras músicas. Nessa hora eu pensei que tínhamos um conflito conceitual: ao meu ver, justamente por ser um “evento global” no Brasil, era uma proposta interessante trazer música brasileira. Tanto que eu tinha pensado até no meu figurino para aquela gig: eu estava usando uma camiseta que imitava a capa do disco FA-TAL, da Gal, escrita em amarelo no fundo vermelho. Mas não demorei mais do que alguns segundos para concluir que não tinha espaço praquele debate. Eu só repeti que eu era uma DJ de música brasileira e que realmente não teria como atendê-lo. E aqueles dois rapazes atrás dele observando toda a cena com os olhos maiores do que a cara tavam me deixando tensa.

Foi aí que ele disparou: então você não serve, não deveria estar aqui, e ainda é uma mal educada.

Isso sim passou um pouco do limite. Minha reação imediata foi me defender dizendo que quem me contratou sabia o tipo de som que eu tocava. Pensei que ignorá-lo poderia funcionar (como geralmente funciona nos assédios mais insistentes desse tipo em festas) e me virei de volta para o equipamento para colocar a próxima música. Mas eu vi o olhar dele crispar e a gritaria aumentou: tu sabe com quem tu tá falando?

A pergunta é caricata, esquete manjada de qualquer programa humorístico e acontece sempre do mesmo jeito: alguém que se acha poderoso e superior tenta intimidar alguém que julga inferior, subalterno, servil. O popular “carteiraço”, o clássico dos clássicos, nada inovador. A coisa mais tradicional que já se viu, o status quo resumido numa só pergunta, que é cafona, elitista e delirante. E mais: xoxa, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente. Risos.

Eu trabalho com público há mais dez anos e ouvi muitas vezes essa cartada, por incrível que pareça. A maioria delas foi de gente tentando forçar uma barra para entrar em festa quando já não tinha mais ingresso e o brado geralmente vinha acompanhado da carteirinha da OAB atirada com violência na mesa do guichê. “Eu sou advogado e vou acabar com essa festa” – eu ouvi muitas vezes.

E não, eu não sabia com quem eu tava falando. Mas ele mesmo me explicou, aos berros: eu sou o dono disso aqui, eu que te contratei e eu que tô dizendo que tu não serve e que tu é uma mal educada.

Ok, eu entendi que deveria sair dali. E vou ser bem sincera: eu temi pela minha integridade física. A coisa ficou bem violenta: ele seguia gritando e eu parei de ouvir, senti uma leve taquicardia e meu coração pulou três vezes. A adrenalina tinha entrado em ação. Era meu corpo dizendo que, se precisasse correr, ele estaria a postos.

O cara se projetou mais uma vez na minha direção e vociferou: eu vou conectar o meu celular aqui, porque meu spotify faz esse trabalho melhor do que tu. Só o que eu consegui dizer foi: fique à vontade. Desconectei meus fones e pendrives e dei um passo atrás. Mas ele queria que eu conectasse o celular dele, ou seja, eu tinha desobedecido mais uma vez. A gritaria só aumentava: tu vai te queimar, guria. “Tu nunca mais vai conseguir trabalho, sua mal educada.”

Me afastei da mesa e mandei uma mensagem para a produtora que me contratou: consegue vir aqui? Acho que não curtiram meu som, me mandaram parar. Ela respondeu: capaz, passei aí agorinha e tava todo mundo dançando. Em seguida mandou: tô indo aí. Chamei o técnico de som, que assistia a tudo meio catatônico, guardei minhas coisas e saí dali. Fim da história.

Nada disso eu tenho como provar. Nem os impropérios que ouvi e nem as pessoas se divertindo com uma Beth Carvalho enquanto ele me xingava. Uns anos atrás eu seria só uma mal educada e inflexível, além de incompetente, que não sabe animar adequadamente a festa de um “evento global” e ainda abandona o posto depois de tocar só 30 minutos do total de 3 horas contratadas. Mas felizmente a inovação chegou por aqui: já podemos usar calças, votar, estudar e até denunciar violências.

Quando contei essa história a um amigo, que trabalhou no South Summit Brazil 2024 como recepcionista de uma festa fechada para convidados, ele me contou que viu algo parecido acontecer: uma das meninas da equipe estava com a lista de convidados em mãos e pedia a todos que se identificassem antes de entrar. Quando ela perguntou o nome do tal cara, teve que ouvir como resposta que se ela não sabia quem ele era, não servia para estar ali.

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Uma das principais características do assédio, seja ele moral ou sexual, é não ter como provar. No Brasil, por exemplo, o Código Penal define estupro como o ato de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se pratique outro ato libidinoso. Mas como provar a “grave ameaça” quando ela não vem por escrito ou não tem testemunhas ou quando as testemunhas vão fingir que não viram nada porque o acusado é rico e poderoso?

Acompanhamos há meses o angustiante caso do jogador Daniel Alves, que mudou de versão cinco vezes sobre o estupro que cometeu dentro de uma boate em Barcelona. Com pequenas variações, a tese principal em todas elas é de que o ato teria sido consentido. A moça dizendo todo o tempo que não, ele dizendo que sim. Ela tinha provas de que houve relação (ainda que uma das versões dele tenha sido a de que nunca tinha visto a moça, mesmo com esperma dele nas roupas dela), mas como provar a ausência de consentimento?

Daniel Alves é rico e poderoso. Mesmo condenado, pagou a fiança de 1 milhão de Euros e está em liberdade. A fortuna do jogador é de 60 milhões de Euros, daí a conta ficou fácil: ele ainda pode estuprar outras 59 mulheres.

O recado está dado: homens ricos e poderosos podem fazer o que quiserem impunemente.

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Eu não tenho a pretensão de que o cara que me agrediu leia isso. Eu não sou o público-alvo do evento dele, eles não são o público-alvo dessa coluna. Não tenho planos de arranhar a ilibada moral de um evento de inovação cujo “dono” agride pessoas gratuitamente. Mas sabe por que, mesmo assim, eu resolvi escrever sobre isso? Porque eu posso. Eu escrevo porque me senti violentada e não vou ficar calada.

Logo depois do ocorrido, lá mesmo na festa, eu fui acolhida por uma roda de mulheres: elas me cercaram, impedindo os olhares de intimidação que ele ainda me lançava. Alguns rapazes também vieram dizer que viram tudo, que foi absurdo o que aconteceu. Teve um que se apressou em dizer: te peço desculpas, ele é assim mesmo… E eu o interrompi pra dizer: cara, me poupa das desculpas. As mulheres não só me ouviram como me trouxeram uma cerveja bem gelada. Quem me conhece sabe que eu não gosto de cerveja, mas aquela eu bebi com gosto. 

Enquanto eu engolia o que tinha acontecido, cada uma delas me disse a seu modo que eu não tava louca, que aquilo tinha sido mesmo uma violência e que esperavam que eu ficasse bem. É por elas também que eu conto isso aqui.

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Já ia me esquecendo da fofoca do SESC. Quem acompanha o mundo literário deve ter visto que o Prêmio SESC de Literatura anunciou que passará a ter, a partir do próximo edital, uma banca interna de pré-avaliação das obras inscritas. O motivo: o romance Outro outono de carne estranha de Airton Souza, premiado no ano passado, tem uma cena de sexo entre dois garimpeiros logo nas primeiras páginas. A tal cena foi lida no evento de lançamento do livro, na Flip 2023, e chocou as autoridades presentes, segundo relatos. A partir daí, o climão se instalou: a Record, editora parceira do prêmio há mais de 20 anos e responsável pela publicação das obras premiadas, encerrou a parceria alegando seu compromisso com a diversidade e a livre expressão; o criador do prêmio Henrique Rodrigues foi demitido, ainda que o SESC diga que a demissão não teve nada a ver com a celeuma; houve boatos sobre uma circular enviada internamente a curadores e programadores da instituição alertando sobre o conteúdo do livro e, diferente do que previa o edital, Airton não foi chamado para outras atividades pelo SESC, inviabilizando a circulação do livro.

Eu poderia fazer aqui uma ode ao Prêmio SESC de Literatura, um dos mais importantes do país, por meio do qual eu conheci as obras de Luisa Geisler, Tobias Carvalho, Juliana Leite, Taiane Santi Martins e Airton Souza. Mas não vou me alongar. Contei a fofoca só pra gente lembrar de um tempo bom em que o SESC defendia a presença de Judith Butler no Brasil “sob a égide do regime democrático, da liberdade de expressão e o respeito à diferença”.

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Tá, mas o que o auê feito pelo “dono” do South Summit Brazil tem a ver com gênero? 

É aí que a história fica boa: eu soube depois que a equipe tomou um puxão de orelha do cara por minha causa. Segundo me contaram, ele disse que era inadmissível contratar pessoas para fazer “discurso político” no evento. Ficamos sem entender o que diabos aquela advertência significava. Uma das pessoas da equipe me acompanhou até a saída do evento para que eu pudesse chamar um carro de aplicativo e fomos o caminho todo tentando decifrar aquele enigma.

Lembrei da Beth Carvalho, uma artista que sempre teve lado. Será que ele notou essa sutileza? Toquei também Leci Brandão, essa sim: comunista. Daí fui listando, de memória: Chico Buarque (petista), Maria Bethânia (fazendo o L). Eita. Mas a gente concordou que ele não parecia estar ouvindo as músicas… Até que me dei conta do meu figurino! A camiseta vermelha e um par de brincos também vermelhos com o símbolo do feminismo negro: o espelho de vênus com um punho fechado no centro. Ou seja, parece que a metralhadora giratória de impropérios foi acionada pela cor de uma camiseta e o sexo frágil não suportou um par de brincos.

Eu podia seguir contando aqui muitas outras coisas que vi e senti e ouvi naquelas duas noites. Mas se não tenho como provar nem o que já contei, tenho menos ainda como aferir outras impressões sobre assuntos mais graves e bem mais polêmicos. Ou vocês acreditam em mim ou já podem mandar o Samu me recolher: tô em frente à mesma praça, aquela. 

E digo mais: o cão é muito bem articulado. Risos.

O discurso da inovação que não destrói velhos modelos de poder não passa de velha roupa colorida. O preconceito e a discriminação não têm nada de novo e, no Brasil, têm pelo menos 524 anos, quando um povo aí começou com esse papo de impor pra gente a língua deles.

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