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Desabrigados ocupam antigo prédio do INSS, em Porto Alegre

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Desabrigados ocupam antigo prédio do INSS, em Porto Alegre Foto: Ramiro Sanchez/ @outroangulofoto

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) ocuparam o antigo prédio do INSS, no Centro Histórico da capital, no último sábado. Batizada em homenagem à economista Maria da Conceição Tavares, morta no mesmo dia, a ocupação surge em resposta à demanda de vítimas das enchentes em Porto Alegre, que estão ficando sem abrigo, especialmente depois do retorno às aulas em escolas onde estavam alojadas.

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Ao Sul21, a coordenadora nacional do MTST, Cláudia Ávila, contou que a ocupação ilustra a possibilidade de adaptar imóveis ociosos para garantir moradia popular. Para o movimento, não é viável a opção oferecida pelo governo estadual com a construção das chamadas cidades temporárias.

“Esses espaços não dão acesso ao transporte público e aos equipamentos de saúde, assistência social e educação, além de romper vínculos comunitários e com os profissionais que vinham fazendo o acompanhamento dessas famílias”, explica Ávila.

Quinta ocupação no Centro

Já são cinco as ocupações no Centro Histórico, onde cerca de 30% dos imóveis não estavam ocupados, conforme o Censo de 2022. Cerca de três semanas após o início da cheia do Guaíba, surgiu a ocupação Desabrigados da Enchente, no hotel Arvoredo, onde a justiça determinou a reintegração de posse, ação que a Defensoria Pública tenta reverter. Na região, também estão ativas as ocupações Periferia no Centro, Sepé Tiaraju e Rexistência, todos movimentos iniciados em 2023 – no caso da última, retomado neste ano.

Governo promete 2 mil imóveis para esta semana

Em entrevista à Rádio Gaúcha, Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Apoio à Reconstrução do RS, afirmou que o governo federal espera adquirir os primeiros 2 mil imóveis para atingidos pelas enchentes na região metropolitana ainda nesta semana. A projeção de Pimenta é que o governo compre 14 mil unidades habitacionais até agosto.

Reforma em sistema de proteção contra cheias teria custado 5% do prejuízo estimado

O batido chavão de que “prevenir é melhor que remediar” vale para a atual situação de Porto Alegre. Enquanto os prejuízos provocados pela enchente são calculados em cerca de 8 bilhões de reais, a recuperação das casas de bombas, que integram o sistema de defesa contra as cheias, teriam custado à prefeitura apenas 5% disso, algo como 400 milhões, destaca reportagem do Estadão. A falta de manutenção do sistema de proteção contra cheias foi crucial na inundação da cidade, que deixou de consertar estruturas ao longo dos últimos anos, como a Matinal tem mostrado ao longo desta cobertura.

Veja aqui íntegra da Matinal News desta terça-feira, 11 de junho.

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