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Dono de empresa selecionada para coleta de lixo automatizada é réu por fraude em licitações

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Dono de empresa selecionada para coleta de lixo automatizada é réu por fraude em licitações Foto: Ricardo Giusti / PMPA

A Plural Serviços Técnicos foi selecionada em pregão, na semana passada, para assumir o recolhimento de lixo nos bairros de Porto Alegre atendidos pelo sistema de contêineres. Porém, o dono da companhia, Denival Ferreira Júnior, é réu por fraude em licitações nos estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, conforme revelou reportagem de GZH. Contudo, não há decisão nos casos que envolvem o empresário, o que impediria a contratação por parte do poder público. O contrato com a Prefeitura ainda não foi assinado por conta de trâmites burocráticos, segundo o Município.

Um dos processos de Ferreira Júnior teve origem na Operação Sanus, do Ministério Público (MP) de Minas Gerais, na qual se apura fraude e sobrepreço na contratação de empresas em São Lourenço. No Rio de Janeiro, ele é investigado por uma tentativa de fraude em licitação na capital fluminense. GZH informou que a empresa não retornou os pedidos de entrevista. 

A Plural está para assumir a coleta automatizada no lugar do Consórcio Porto Alegre Limpa, em processo de rescisão por problemas na prestação de serviço, alvo de diversas críticas nos últimos meses. Ainda não há, contudo, previsão para a conclusão da quebra do contrato com a atual prestadora. Segundo apurou o Correio do Povo, dificilmente isso se dará ainda em julho.


O que mais você precisa saber

Prefeitura ordena que Refúgio do Lago faça obra de esgoto já prevista em contrato – O empreendimento instalado no Parque da Redenção deverá, por determinação do governo municipal, realizar instalação de fossa e filtro de esgoto, depois de um entupimento da rede pluvial na semana retrasada – exigência que já constava no Termo de Permissão de Uso da área, assinado em 2021. De acordo com reportagem do Sul21, o problema de descarte irregular de dejetos pode ter origem justamente no descumprimento do que já estava previsto no contrato da Prefeitura com a Ioio Casa de Festas Infantis LTDA, empresa responsável pela exploração comercial do espaço. Depois do entupimento, o DMAE refez a rede pluvial nesse trecho da Redenção e deu 15 dias, a contar de 28 de junho, para que a empresa fizesse a adequação. O Refúgio do Lago deve instalar caixa de gordura e sistema com fossa e filtro, para que possa então “lançar os efluentes sanitários na rede pluvial”.

Câmara fará sessão extra e tentará votar aumento do salário do prefeito antes do recesso – A Câmara Municipal de Porto Alegre agendou para amanhã de manhã uma sessão extraordinária, aumentando o número de reuniões deliberativas no plenário nesta semana, a última antes do recesso parlamentar. Nesta quarta, deve ser colocado em pauta o projeto que reajusta em 62% o subsídio do prefeito, além de aumentar os vencimentos para os ocupantes dos cargos de vice-prefeito e de secretários. Caso aprovada, a medida passa a valer a partir de janeiro de 2025, e o salário do chefe do Executivo da Capital saltará dos atuais 21,4 mil reais para 34,9 mil. Na Câmara, são necessários 19 votos para aprovação do projeto, mas vereadores à direita e à esquerda já se manifestaram contrários ao texto, conforme reportagem do Matinal.

Assembleia tenta concluir votação da PEC do Hino hoje – A Assembleia Legislativa também fará uma sessão extra nesta semana, marcada para a manhã de hoje. O objetivo é limpar a pauta de votações, que está trancada para a análise da PEC do Hino, sobre a qual devem ser concentrados os debates iniciais. Conforme a jornalista Taline Oppitz, o líder do governo, Frederico Antunes (PP), articulou uma emenda, estabelecendo que a alteração nos símbolos somente se dará mediante os critérios definidos em lei que disponha sobre a forma e a apresentação destes. A medida pode acelerar a questão, dando tempo ao Piratini na discussão de outras pautas. Os deputados ainda têm 11 projetos na ordem do dia. Antes de entrar em recesso, eles devem obrigatoriamente votar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias. Outro texto do Piratini que está para ser votado é aquele que prevê o pagamento de auxílio de 2,5 mil reais para famílias de baixa renda afetadas pelo ciclone que atingiu o Estado em junho.


Outros links:


“Nós vamos sentir falta de várias outras coisas, não só do frio”

A afirmação acima é de Jefferson Cardia Simões, pioneiro da glaciologia no Brasil e professor e Vice-Pró-Reitor de Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em entrevista publicada na edição de julho da Parêntese, norteada pela pergunta “Você vai sentir falta do frio?”, ele falou sobre a história da humanidade narrada pelas camadas de gelo e a importância da Antártica para o equilíbrio climático.

Nós temos dados de satélite desde a década de 1970, fotografias desde as décadas de 1930 e 1940. Mas, temos outras informações indiretas para os últimos 400 anos e as geleiras estão rapidamente diminuindo de tamanho. E nesse ponto sempre entram negacionistas ou pessoas que não entendem a escala temporal com que nós estamos trabalhando. O problema não são as mudanças em si, mas a velocidade que elas estão tomando. Mudanças do clima sempre existirão, fazem parte do sistema ambiental, que está sempre tentando se readaptar, com diferentes variações. O que nós examinamos é a velocidade, o passo que isso toma e também se tem uma tendência em mudar. E claramente tem. 

Leia a entrevista completa aqui.


Cultura

“O Crime É Meu” faz troça da hipocrisia patriarcal

Imovision/Divulgação

Na prolífica filmografia de François Ozon, sempre há espaço para a crítica ácida ao comportamento burguês, seja em tom de tragédia, drama ou farsa – caso de O Crime É Meu (2023), mais recente produção do cineasta francês. Nessa deliciosa comédia policial, um crime passional é o primeiro ato de uma encenação que denuncia a hipocrisia da sociedade machista e patriarcal da França de meados dos anos 1930. Leia a resenha de Roger Lerina.

Agenda

Às 18h, a Galeria do DMAE inaugura a exposição coletiva Em um Só Corpo, com curadoria de Rodrigo Núñez, apresentando trabalhos do coletivo de cerâmica Bando de Barro.

A jornalista e escritora Laura Peixoto lança o livro Malvina – leia um trecho na Parêntese –, às 18h, com sessão de autógrafos e bate-papo, na Livraria Paralelo 30.

Laura Peixoto também vai estar presente no Sarau Elétrico, junto do escritorJandiro Koch – autor de O Gaúcho Era Gay? Mas Bah! (1737-1939) –, às 20h30, no Bar Ocidente, com canja de Jei Silvanno.

Coletânea de contos da escritora argentina Mariana EnriquezAs Coisas que Perdemos no Fogo é tema, às 21h, no La Faísca Café, do seminário Narrativas Contemporâneas, realizado pela Associação Psicanalítica de Porto Alegre e pelo Instituto APPOA, com participação das escritoras Caroline Joanello Julia Dantas.

Veja a agenda completa


Você sabia?

A expressão “acabar em pizza” se popularizou nos anos 90, depois que a CPI que investigava o então presidente Fernando Collor e o tesoureiro de sua campanha, PC Farias, não deu em nada. Desde então, CPI e pizza viraram praticamente sinônimos na política brasileira. Mas a expressão teve origem no futebol. Nos anos 60, durante uma crise entre situação e oposição no Palmeiras, o repórter Milton Peruzzi, do jornal A Gazeta Esportiva, foi cobrir uma reunião de dirigentes e conselho do clube. O encontro no antigo Parque Antártica se estendeu até depois das 23h, quando, depois de acalmarem os ânimos, os presentes convidaram o jornalista para… comer uma pizza. Ao ser questionado pelo editor sobre o desfecho da reunião, Peruzzi respondeu: “Acabou em pizza” – e assim a expressão foi parar na manchete do jornal.

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