Inundada, Porto Alegre vive colapso da água
É preciso que fique claro: o que está muito ruim ainda vai piorar nos próximos dias em Porto Alegre. Das seis estações de tratamento de água que a capital dispõe, apenas uma estava em funcionamento ontem à noite. Com cerca de 85% da cidade desabastecida de água potável, não há prazo para o restabelecimento do serviço ou sequer uma perspectiva de melhora da situação. A falta do insumo básico à sobrevivência atinge até os que não foram afetados pelas águas e levou centenas a buscá-la em fontes públicas da cidade, consumo que não é recomendado pela própria Vigilância Sanitária, ou a sair da cidade, opção sugerida pelo prefeito Sebastião Melo.
Por ora, um alento está na tentativa da prefeitura e da CEEE Equatorial em reativar a Estação São João, que atende a maioria da zona norte. Lá o problema é elétrico. Para religá-la, é necessário um remanejamento de rede, uma ação que já está sendo tentada desde a manhã de ontem, segundo Melo. “Todos os esforços estão sendo feitos para abastecer minimamente a cidade”, disse ele, em coletiva. Não há, porém, previsão de qualquer restabelecimento.