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Em alerta e com mais de 7 mil mortos, RS abre mais leitos de UTI

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Em alerta e com mais de 7 mil mortos, RS abre mais leitos de UTI

RS abre novos leitos diante de alta da pandemia, que já matou mais de 7 mil no Estado

Estado chegou a 7.043 mortos pelo coronavírus ontem. Com uma média móvel diária de 51 mortes, patamar que não era registrado desde 15 de setembro, a tendência agora é de alta – o índice cresceu 28% em relação a duas semanas atrás. A Secretaria Estadual da Saúde (SES) registrou ainda 5.882 novos infectados, de um total de 337.003 casos confirmados desde o começo da pandemia. A ocupação de leitos em UTI no Estado está em seu terceiro dia acima de 80%, quase metade das internações se deve à Covid-19

Frente à escalada dos indicadores, o Governo do Estado anunciou 190 novos leitos no SUS, o que representa cerca de 7% dos 2,5 mil já existentes hoje. Dentre os hospitais que ganharão novas vagas em UTI, estão o Hospital Vila Nova de Porto Alegre, o Hospital Bom Pastor de Ijuí, o Hospital São Vicente de Paulo, em Cruz Alta, e o Hospital Regional de Santa Maria. Há 77 leitos que serão reabertos, ou seja, voltarão a receber exclusivamente pacientes com Covid-19, casos como os do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, do Grupo Hospitalar Conceição, do Hospital de Taquara e do Hospital de Montenegro. 

O Estado precisa vencer ainda outro entrave: a contratação de novas equipes, conforme a secretária da Saúde, Arita Bergmann, que aproveitou o momento crítico para reforçar a importância do uso da máscara e a necessidade de evitar aglomerações.

Apesar da situação e dos números críticos, ainda há resistência e protestos de setores contra mais restrições. Como forma de conscientização, o Piratini lançou a campanha de conscientização “Agora Não.RS”. A mensagem estampa as novas peças do governo, que passaram a circular na televisão, nas redes sociais e nas rádios ontem.


O que mais você precisa saber

Fiscalização será intensificada em Porto Alegre – Devido à alta de casos de Covid-19, Brigada Militar (BM) irá intensificar a fiscalização de aglomerações e festas clandestinas noturnas até o próximo domingo. Em Porto Alegre, agentes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e da Guarda Municipal, apoiados pela BM, vão percorrer as regiões com mais registros de infrações. Locais nos bairros Cidade Baixa, Moinhos de Vento e os do 4º Distrito estão na mira. Com quase 10 mil casos ativos, Porto Alegre já perdeu 1.585 vidas para o coronavírus. Enquanto nas ruas há a preocupação com as aglomerações, dentro Hospital São Lucas da PUCRS um projeto paralelo tenta ajudar na recuperação de pacientes (🔒) com infecção nos pulmões causada pelo coronavírus. A iniciativa começou a ser testada, mas já apresentou efeitos promissores. O tratamento prevê o uso de gás de óxido nítrico inalado para combater infecções no trato respiratório.

Clínicas investiga casos de reinfecção – O agravamento da pandemia traz uma outra situação desafiadora ao sistema de saúde. O Hospital de Clínicas de Porto Alegre investiga sete casos de possível reinfecção pelo coronavírus entre os seus profissionais. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não há por enquanto registros oficiais de que uma mesma pessoa tenha contraído o vírus em duas ocasiões diferentes no Estado, ainda que a Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha tenha anunciado situações deste tipo dez dias atrás. “Possibilidade de reinfecção é um fato, mas de baixa frequência”, comentou o infectologista Alessandro Pasqualotto, que reforçou a necessidade de cuidados mesmo entre os recuperados: “Por vezes essa reinfecção é mais grave que a primeira infecção. Por isso que mesmo quem já ficou doente precisa manter os cuidados para evitar uma reinfecção”.

Vereadores retiram da pauta projeto do Imesf – Com 22 votos favoráveis e 10 contrários, a Câmara de Porto Alegre retirou da pauta de votação o projeto de lei que tratava da manutenção dos empregos dos trabalhadores do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf). O caso voltará a ser discutido em 2021, já na administração de Sebastião Melo (MDB). O prefeito eleito reuniu-se ontem pela primeira vez com os vereadores e tratou do assunto. No encontro, Melo afirmou que não concordava com o projeto e vetaria a lei se fosse aprovada. Lembrou ainda que não assumiu compromisso em fazer uma empresa pública, mas que está aberto ao diálogo, sinalizando a possibilidade de um grupo de trabalho para analisar o futuro dos trabalhadores e definir se serão mantidos os empregos públicos ou se a saída será a terceirização.

Outros links:


Diálogos Matinais: Abandonada pelo poder público, Restinga é potência realizada pela sua gente

Não são poucos os diretos negados a quem vive na periferia de Porto Alegre. Mas inúmeras são as riquezas dessas regiões. No artigo de hoje, o ator e educador social André de Jesus nos fala da história e da vocação da Restinga.

“Ao longo da minha atuação, que vem desde a adolescência, sempre circulando com práticas sociais, esportivas, religiosas e artísticas-culturais, vejo que a Restinga é um local que parece único no Brasil. Desde o início da história do bairro, na década 1960, a criatividade e a organização das pessoas marcam a ação social por aqui.

Apesar da luta, ainda não são direitos para todos a moradia, o saneamento básico, a água, o asfalto, a escola com cultura e arte, o lazer e a recreação. Sem contar aquilo que é central: a geração de renda e trabalho, como conquista para o povo.

Mas quero ficar no aspecto da riqueza. A Restinga é pioneira em várias organizações de base comunitária e cultura viva, que são um caminho central para promover cidadania e gerar economia e novas iniciativas de pensar arte, meios de produção e formas de interação social. Aqui as pessoas são as promotoras de arte e cultura.”

Leia o texto completo.


Cultura

Morte Sul Peste Oeste

André Timm. Foto: Felipe Ballin

De um lado, Dominique, haitiano que vai parar em Chapecó (SC) com a promessa de um emprego. De outro, Brigite, uma menina transexual que também enfrenta a violência e o preconceito na cidade catarinense. São esses os protagonistas de Morte Sul Peste Oeste, do escritor André Timm, lançado pela Editora Taverna. “É preciso um esforço diligente da parte de todos para que o nosso quadro de autores (e de personagens) se torne cada vez mais diverso. Quantos personagens haitianos temos no mosaico de publicações no Brasil? Quantos autores haitianos? Quantos personagens e autores trans?”, questiona o autor. Leia a entrevista do escritor ao repórter Ricardo Romanoff.

Agenda (🔒)

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Hoje

Nesta sexta e amanhã o Festival POA2020 reúne o ambientalista Ailton Krenak, a filósofa Djamila Ribeiro, a socióloga Saskia Sassen, a neurocientista Suzana Herculano e o rapper Emicida, entre outros convidados,em debates virtuais sobre inovação, tecnologia e criatividade.

PUCRS Cultura realiza live de lançamento do livro TXOW, do alagoano Lucas Litrento, às 18h. Outro papo bacana promovido pela universidade acontece às 18h30, no programa Encontros Plurais, com as atrizes Elisa Volpatto e Tainá Müller, que atuam na série Bom Dia, Verônica, da Netflix.

Sábado (5/12)

A partir das 18h, o evento Noite dos Museus migra para o ambiente online com mais de seis horas de shows reunindo FantomáticosFernanda TakaiGabriela LeryHique GomesHumberto GessingerJoão MaldonadoLuciano LeãesPâmela AmaroRita ZartSolon Fishbone e Violas ao Sul. Veja a programação completa.

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Você viu?

Superação, amor ao próximo e vitória. São esses alguns dos traços da história de Bruno Ferreira, um homem de 53 anos que está prestes a se tornar o primeiro indígena da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) a ter um título de doutor. ŨN SI AG TŨ PẼ KI VẼNH KAJRÃNRÃN FÃ, que em kaingang significa “O papel da escola nas comunidades kaingang” é o título da tese de doutorado de Ferreira, que será defendida hoje na Faculdade de Educação. No trabalho, ele, criado na Terra Indígena de Guarita, na cidade de Tenente Portela, narra a sua trajetória de vida, a infância, a adolescência e as dificuldades impostas pela instituição de ensino que frequentava justamente por ser kaingang e não falar português. A partir da 5ª série, Ferreira começou a estudar em escolas de sua cidade natal e, aos 27 anos, entrou no curso de história na Unijuí. O caminho dele sempre teve uma meta: obter conhecimento em prol do seu povo. Para Ferreira, a ida à universidade não está condicionada somente a ele. Servirá como meio de desenvolvimento da comunidade kaingang. A intenção de Ferreira é fortalecer a identidade do povo indígena.

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