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Melo encontra oposição à privatização do Dmae

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Melo encontra oposição à privatização do Dmae Foto: Dmae/Divulgação

 A concessão do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) é considerada certa e “já está desenhada”, como afirmou o prefeito Sebastião Melo (MDB) à Rádio Guaíba. Porém, a costura política ainda precisa ser tramada, e os debates na Câmara prometem ser acirrados. De acordo com um levantamento do Correio do Povo, cerca de 40% dos vereadores não apoiam a ideia: 15 são contra, nove estão de acordo e 12 ainda não têm opinião formada. Para ser aprovado, o projeto depende de, ao menos, 24 votos em dois turnos. Ou seja, além de convencer os indecisos, Melo precisará reverter a compreensão da oposição e de alguns governistas. Por isso, amanhã o prefeito se reunirá com vereadores da base e independentes para discutir o modelo. Assim que alinhado, o projeto deve ser encaminhado. Outro assunto que deve entrar na pauta do Legislativo nos próximos dias são contratações emergenciais para ampliar o quadro de servidores da Defesa Civil. O Matinal mostrou que o número de pessoas morando em áreas de risco dobrou em 10 anos. A abertura de concurso público e a transferência da estrutura da Secretaria de Segurança para o gabinete do prefeito também são estudadas.

Porto Alegre recicla menos de um quinto do que poderia – A coleta seletiva de resíduos para reciclagem avança nos bairros, mas parece não se afirmar como uma prática no cotidiano dos porto-alegrenses. De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, cerca de 46,7 toneladas de lixo seco são recolhidos todos os dias, menos de um quinto do potencial da cidade, que é de 250 toneladas. Um levantamento feito por GZH junto ao Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU) mostra ainda que a evolução é quase incipiente. Em 2018, o DMLU registrou 15.466 toneladas recolhidas pela coleta seletiva. Quatro anos depois, foram 16.549 toneladas, um avanço de 7% após anos de oscilação. O sistema da Capital tem 16 unidades de triagem de resíduos sólidos e uma estrutura de coleta e transporte dos materiais, o que permitiria reciclar mais de 80 mil toneladas por ano. Para a prefeitura, um dos principais problemas ainda é a falta de consciência da população que não faz a triagem correta e o descarte conforme o material.

Apenas 8% das prefeituras gaúchas são comandadas por mulheres – O Rio Grande do Sul tem 38 prefeitas entre os 497 municípios do estado. Isso representa menos de 8% das prefeituras, e destoa da previsão legal de que no mínimo 30% das candidaturas sejam de um gênero. O perfil mostra algumas semelhanças, como todas serem brancas e a maioria ser casada e possuir ensino superior. Além disso, o que aproxima essas governantes é já terem sofrido, em algum grau, situações de constrangimento por serem mulheres ocupando um espaço de poder majoritariamente masculino. O Correio do Povo fez uma pesquisa com 32 delas, que relataram desde o sentimento incômodo de ser a única mulher em reuniões até casos mais sérios, como xingamentos públicos e necessidade de exoneração do vice por episódios de falta de respeito.


Mudanças no Twitter ameaçam futuro da rede para divulgação científica

O Twitter está diferente. E não dá para dizer que foi de uma hora para outra. Depois que o bilionário Elon Musk assumiu o controle da rede social, no fim do ano passado, uma série de alterações foi imposta. Algumas delas impactaram diretamente cientistas que fizeram da plataforma um local profícuo para a divulgação científica, em especial ao longo da pandemia.

Em reportagem publicada nesta segunda-feira, o Matinal conversou com integrantes da Rede Análise Covid para tratar deste renovado – e nem tão bom – ambiente. O grupo, cujo trabalho levou conhecimento e informações sobre o coronavírus ao grande público, avalia até mesmo deixar a plataforma em meio à ascensão de engajamento e alcance de perfis negacionistas e anticiência.

“Ou todo mundo se desinteressou ao mesmo tempo ou o aconteceu alguma coisa que o assunto covid não era mais tão entregue. Achei estranho”, relata o analista de dados Isaac Schrarstzhaupt. “E, em algum momento, o pessoal anticiência viralizava super fácil, e nós não.”

“A questão não é ter de pagar pelo selo. O meu problema maior é não saber como a rede gerencia a desinformação hoje”, afirma a biomédica Mellanie Fontes-Dutra. Ela salienta que o selo ainda passa credibilidade e, por conta disso, poderá confundir os usuários que buscam informações críveis na rede.

Leia a reportagem completa


Outros links:


Juremir Machado da Silva

Cem dias de Lula 3

E assim se passaram cem dias sem Jair Bolsonaro. Cem dias com Lula no poder. Terceiro mandato de um homem de biografia improvável. Há quem esteja descontente. O escritor “suíço” Paulo Coelho já se diz meio arrependido do seu voto e do seu empenho. Acha o governo bege. O mercador João Amoêdo, que votou em Lula para barrar o capitão de malícias e joias, não está contente, mas garante que nada esperava. Afinal, está bom ou ruim o governo Lula 3? A distância do obscurantismo, do negacionismo, de joias árabes e de declarações muares já dão aos cem dias de Lula um selo de qualidade.

Leia neste link a coluna completa


Cultura

O “Mergulho Noturno” de Elaine Tedesco no Museu do Trabalho

Foto: Anderson Astor

Museu do Trabalho exibe a exposição Mergulho Noturno, da artista visual Elaine Tedesco. Com curadoria de Flávio Gonçalves, a mostra enfatiza o desenho, reunindo obras produzidas no começo da trajetória da artista, no final dos anos 1980, e trabalhos do período entre 2010 e 2022. Leia a matéria do repórter Ricardo Romanoff.

Agenda (🔒)

O espetáculo Novos Velhos Corpos 50+ reúne Eva SchulEduardo SeverinoMônica DantasRobson DuarteRossana Scorza Suzi Weber, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel.

Idealizado pelo pandeirista Césio Peixoto, o Choro Jazz Café será inaugurado, às 20h, com apresentação do Elias Barboza Quintento, formado por Barboza (bandolim), Caio Maurente (contrabaixo), Lucas Fê (bateria) e Luiz Mauro (piano).

Ao longo de abril, a Secretaria de Estado da Cultura promove a terceira edição do Repensando 19 de Abril, com atividades alusivas aos povos indígenas.

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Você viu?

A Alemanha começou a vender na semana passada um bilhete para o transporte público local e regional em todo o país no valor de 49 euros (271 reais) por mês. O tíquete único estará disponível online para residentes e turistas através de uma assinatura digital a partir de 1º de maio. Ele é válido para ônibus e trens locais, mas não cobre viagens de ônibus de longa distância, nem nos trens de alta velocidade como o Intercity Express (ICE). De qualquer forma, foi a solução encontrada para resolver dois problemas ao mesmo tempo: ajudar a minimizar o custo de vida e atingir as metas climáticas de menos emissões de gases poluentes na atmosfera. Se até mesmo o “país do automóvel” consegue, por que não importar esta ideia?

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