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Prefeitura deve editar decreto para proibir venda de álcool na orla de madrugada

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Prefeitura deve editar decreto para proibir venda de álcool na orla de madrugada Orla do Guaíba | Foto: Alex Rocha/PMPA

Poucos dias depois de um crime no trecho 3 da Orla do Guaíba, o prefeito Sebastião Melo anunciou na Rádio Guaíba que deverá publicar um decreto proibindo a venda de bebidas alcoólicas no local a partir da meia-noite. “Não vou mais permitir venda dos ambulantes e consumo na via pública. Aquele local é para família, para lazer e para esporte, não para bebedeiras”, afirmou Melo, que informou que estuda ampliar a medida para mais trechos da orla. Não será a primeira vez que Melo proíbe, por decreto, a venda de ambulantes durante a madrugada: a medida já vigora no Moinhos de Vento, desde 2021, e na Cidade Baixa, decretada no ano seguinte. Na época do primeiro decreto, o professor na pós-graduação de Planejamento Urbano da UFRGS Eber Marzulo criticou, no podcast Perimetral, medidas do tipo por criarem restrições sem soluções para jovens em busca de espaços para lazer.

Gambás aparecem mortos na Redenção – Frequentadores da Redenção cobram ação da Prefeitura após terem encontrado gambás mortos no parque – só ontem foram dois, um deles com infecções em ferimentos nas patas e fraturas. Uma equipe da UFRGS fará a necropsia nos animais para investigar a causa da morte. Depois de atender um gambá ontem, a ONG Voluntários da Fauna informou a GZH que tem registro de outros quatro animais que também chegaram ao local feridos após serem encontrados na Redenção.  A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade salientou que não tem poder de investigação e que já protocolou ocorrência na Polícia Civil e solicitou reforço da Guarda Municipal. A Delegacia de Proteção do Meio Ambiente investiga o caso e aguarda o resultado das perícias. Em fevereiro, o Matinal denunciou a instalação de armadilhas irregulares para a captura dos bichos no parque.

Mais de 17 mil ainda estão fora de casa por causa do ciclone – Ao fim da primeira semana desde a passagem do ciclone extratropical pela costa do Rio Grande do Sul, a Defesa Civil contabilizava ontem à tarde 15,5 mil desalojados e 1,6 mil desabrigados. Tanto o primeiro grupo – que hoje está em casa de parentes ou amigos – quanto o segundo, do qual fazem parte famílias que perderam suas casas e precisam de abrigo do poder público, estão recebendo auxílios e apoio, como doação de alimentos. Apesar da chuva do meio da semana, o risco de novas cheias no Nordeste do Estado foi afastado. O fenômeno da semana passada deixou 16 mortos, no que foi classificado pelo Governo do Estado como mais trágico evento climático no RS em 40 anos. Ontem, viralizou uma notícia falsa de que um novo ciclone atingiria o Estado nesta sexta. A informação foi desmentida.

Economia do RS inicia 2023 com desaceleração – Na contramão do cenário nacional, o Produto Interno Bruto do Rio Grande do Sul fechou o primeiro trimestre com recuo de 0,7% na comparação com os três meses anteriores, conforme divulgou o Departamento de Economia e Estatística (DEE) do Governo do Estado. Ao fim de um período marcado novamente pela estiagem, o resultado foi puxado pela forte queda na agropecuária (-21,3%), assim como na indústria (-4,4%). Apesar das baixas, o prognóstico tem algum otimismo para o restante do ano, com previsão de uma safra de soja maior do que em 2022, segundo o DEE. O economista-chefe da Farsul, Antônio da Luz, ponderou, contudo, que a comparação entre as safras de 2022 e 2023 da soja se dá por baixo: “Esse crescimento é a medida da distância entre o ruim de hoje e o muito ruim do ano passado”. Na indústria, a Fiergs atribui o resultado principalmente à desaceleração iniciada ainda no ano passado.

Margareth Menezes anuncia investimentos no RS – Em sua primeira visita a Porto Alegre depois de assumir o Ministério da Cultura, Margareth Menezes anunciou recursos para Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs), Mercado Público e Festival de Cinema de Gramado. Em entrevista a GZH, a ministra falou do aporte de cerca de 200 milhões de reais para a cultura do RS previsto pela Lei Paulo Gustavo. “Aqui em Porto Alegre, o ministério está auxiliando na recuperação do Mercado Público, com previsão de 5 milhões de reais para a próxima etapa, através do Iphan. Até o final das obras serão investidos 13 milhões”, informou. Também há recursos do MinC para a climatização geral e a restauração da cobertura do Margs,  além de 1 milhão de reais para o Festival de Cinema de Gramado deste ano.


Outros links:


Carta da Editora

Ciclone e um quase conto de terror

Quando ela acordou, a árvore ainda estava lá.

O ciclone que matou 16 pessoas e desalojou milhares no Rio Grande do Sul deixou suas marcas no pátio da minha residência, na zona sul de Porto Alegre. No caminho de casa na noite de quinta-feira, avistamos um carro debaixo d’água em uma avenida e vimos o Guaíba virar mar, tamanha era a força das ondas que se formaram com o vendaval.

Foram três desvios no caminho até que chegamos ao nosso destino no breu, debaixo de chuva e nos deparamos com parte de uma árvore tombada no chão. Os galhos e os fios rompidos com a queda bloqueavam a entrada pelo portão.

Felizmente ninguém se feriu e o único prejuízo foi uma ponta da grade quebrada por conta do galho de 5 metros, que há mais de uma semana está preso no mesmo lugar. No mais, foram cinco dias sem luz. Sim, cinco. Mas essa nem é a minha queixa principal.

Leia aqui a coluna completa da editora-chefe Marcela Donini.


Cultura

Richard John reflete sobre relações e representações em “Desenhos Miméticos”

O repórter Ricardo Romanoff entrevistou Richard John, que apresenta a exposição Desenhos Miméticos no V744atelier. A mostra reúne cinco obras do artista, que ao longo de sua trajetória explora questões em torno da apropriação e reelaboração de imagens e de conceitos como representação, reprodução, cópia e original. Leia a matéria.

Agenda

Hoje
O cantor Pedro Borghettilança o álbum Pendenga, hoje e amanhã, às 19h, no Teatro Oficina Olga Reverbel – relembre a entrevista.

Os atores Mirna Spritzer e Sergio Lulkin comemoram mais de quatro décadas nos palcos com o espetáculo Terra sem Mapa, na Zona Cultural, às 20h – a temporada segue até 2 de julho.

Dupla Gomesninow encena o espetáculo circense Esperando Rodå, hoje e amanhã, às 20h, no Centro Histórico-Cultural Santa Casa.

A comédia Gargalhada Selvagem, texto do norte-americano Christopher Durang com direção de Guilherme Weber, será apresentada sexta e sábado, às 20h, e domingo, às 18h, no Theatro São Pedro.

Sábado (24/6)
Às 10h30, o MARGS dá início às comemorações de seus 70 anos inaugurando duas exposições com obras do fotógrafo Pierre Fatumbi Verger e curadoria de Alex Baradel.

A escritora colombiana Ángela Cuartaslança o livro infantojuvenil Tartaruga, às 14h, na Livraria Paralelo 30, em bate-papo com as escritoras Julia Dantas – autora de Ela Se Chama Rodolfo – e Maria Williane.

Às 16h, a Biblioteca Pública do RS promove o bate-papo Orgulho e Quadrinhos com os ilustradores Freda Corteze, Pudinni e Renato Brito – a mediação será de Luiz Medeiros, que dá vida à drag queen Seripha Sigma.

A cantora Nina Nicolaiewsky apresenta suas composições, às 18h, acompanhada de quarteto de cordas formado por Clarissa Ferreira, Miriã Farias, Gabi Vilanova e Luyra Dutra.

A cantora baiana Illy faz show, às 21h, no Agulha.

Domingo (25/6)
Casa de Cultura Mario Quintana realiza a festa junina Arraial do Quintana, às 15h, na Travessa dos Cataventos.

Veja a agenda completa


Você viu?

As mudanças de nome e gênero de pessoas trans cresceram mais de 800% em cinco anos no RS. Entre junho de 2018 e maio de 2023, foram 594 alterações registradas em cartório – somente em Porto Alegre foram 144. Neste mês, completam-se cinco anos desde que o Supremo Tribunal Federal decidiu que transexuais e transgêneros podem mudar o registro civil sem necessidade de cirurgia. Segundo a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do RS, o maior crescimento é registrado nos dois anos mais recentes, quando 383 dos 540 atos de mudança foram realizados. Entre junho de 2018 e maio de 2019, primeiro ano da regulamentação, foram somente 23 alterações. “É uma sensação de nascer de novo”, relatou Natan Meneguzzi Hejazi, em entrevista ao g1.

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