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Tribunal de Contas anula leilão da Corsan

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Tribunal de Contas anula leilão da Corsan Foto: Divulgação / Corsan

Em sessão realizada ontem, a primeira câmara do Tribunal de Contas do Estado decidiu, por dois votos contra um, anular a venda da Corsan. O cancelamento ocorreu por falhas no processo conduzido pelo Piratini. Relatora do caso, Ana Cristina Moraes apontou problemas como subavaliação da empresa, ausência de cópia da ata da reunião em que o valor mínimo foi referendado e inobservância de prazos. Realizado em dezembro do ano passado, o leilão teve como vencedora a empresa espanhola Aegea, com um lance de 4,15 bilhões de reais. O governo do Estado vai recorrer ao pleno do tribunal.

Após denúncia da prefeitura da capital, o MP-RS pediu explicações a uma jovem de 20 anos que afixou cartazes pela cidade oferecendo seus nudes – A prefeitura municipal de Porto Alegre e o Ministério Público do Rio Grande do Sul uniram forças para enfrentar um perigoso inimigo: uma jovem de 20 anos que publica fotos nua na internet. Ontem, o promotor Felipe Teixeira Neto fez notificar Martina Oliveira, conhecida como “Beiçola do OnlyFans”, site de conteúdo adulto. A jovem tem agora 15 dias para dar explicações por ter afixado cartazes em que anuncia a possibilidade de visualizarem suas partes íntimas. A tática usada pelos nossos agentes da lei foi a mesma que o FBI empregou para colocar Al Capone atrás das grades: como não conseguiu indiciar o mafioso por suas atividades na área do contrabando e do assassinato, o governo dos EUA condenou-o por sonegação de impostos. Por aqui, o flanco que a desavergonhada Martina deixou a descoberto foi o ambiental. De todos os cartazes existentes nas ruas de Porto Alegre, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente elegeu os dela para denunciar ao MP por “dano ambiental em razão de poluição visual”. O MP prontamente abriu um inquérito civil contra a empreendedora do setor da luxúria. Martina, que contou faturar 100 mil reais ao mês, agradeceu pela propaganda gratuita.

Justiça reconhece dupla maternidade em inseminação caseira – Duas mulheres de Porto Alegre que fizeram uma inseminação artificial caseira obtiveram o direito à maternidade na Justiça. Por causa do custo elevado de procurar uma clínica de fertilização, elas conseguiram um doador de sêmen e realizaram o procedimento por conta própria. Como o hospital informou que apenas o pai e a mãe teriam acesso à UTI neonatal e o cartório disse que, dado o processo caseiro, não poderia registrar as duas como mães, elas resolveram acionar a Justiça. Na decisão, a juíza afirmou que as mães têm o direito de registrar os filhos em seus nomes e a segunda mãe deve poder acompanhar todo o processo gestacional, inclusive o parto, previsto para a próxima semana. A prática caseira de inseminação tem crescido no país, assim como a judicialização do registro dos pais ou mães que optam por esse caminho, especialmente a partir de 2019, quando o Conselho Nacional de Justiça determinou que é necessário apresentar o laudo da clínica de fertilização para o registro em cartório.


Reportagem Matinal

Band mantém no ar comentarista que chamou palestinos de animais

A Rádio Band de Porto Alegre manteve no ar a comentarista Deborah Srour, que chamou os palestinos de “animais” e defendeu seu extermínio. Deborah aproveitou a oportunidade para reafirmar, em novo programa na emissora, que não existem civis inocentes em Gaza. Associados ao discurso de ódio, a Band, o programa Hora Israelita e a Federação Israelita do Rio Grande do Sul lavaram as mãos.

Matinal revelou que Srour utilizou sua participação na Hora Israelita, no dia 15, para defender que o Exército de Israel fosse “mortífero” contra os palestinos, “como animais que são”. “Não há civis inocentes do lado de Gaza”, afirmou no programa emitido pela Band. “Se eles se comportam como animais, então Israel tem de lidar com eles como animais”.

O discurso extremista não chocou as organizações que viabilizam o comentário de Srour. A Federação Israelita, apoiadora da Hora Israelita, eximiu-se dizendo que não responde pelo conteúdo do programa. 

A Band ressalvou que a Hora Israelita é um programa terceirizado e que “programas terceirizados são responsáveis pelo próprio conteúdo”. A legislação brasileira diz o contrário. Segundo o Código Brasileiro de Telecomunicações, as emissoras de rádio e TV são responsáveis pelo conteúdo de terceiros. 

A Hora Israelita afirmou que Deborah Srour “expressa sua opinião de forma independente”. Ao publicar o conteúdo do dia 15 em seu site, porém, os responsáveis pelo programa preferiram censurar o comentário dela. Mesmo assim, no último domingo, bancaram o retorno de Srour ao microfone.

Com a cumplicidade de Band, Federação Israelita e Hora Israelita, a comentarista sentiu-se à vontade para dobrar sua aposta de ódio contra os palestinos. “Como qualquer pessoa normal, expressei minha opinião: de que Israel deveria exterminá-los”, afirmou. “Não há inocentes em Gaza”. 

Gaza tem 2 milhões de habitantes, metade deles com menos de 14 anos. Mais de 5 mil já morreram nos bombardeios realizados por Israel. Dessas vítimas, 2,4 mil são crianças.

Apresentadora da TV Pampa também defende extermínio dos palestinos – “Não tem outra forma a não ser realmente dizimando uma população que acha que matar assim aleatoriamente tá tudo certo”, afirmou, no programa Atualidades Pampa, a apresentadora Ali Klemt. Em reação à pregação do genocídio dos palestinos, a estudante de Porto Alegre Muna El Kadri resolveu ir à polícia. Filha de imigrantes árabes, ela fez um boletim de ocorrência na Delegacia de Combate à Intolerância da capital.

Leia a reportagem completa


Outros links:

  • Os brinquedos do Parquinho da Redenção estão sendo reformados. No próximo ano, a roda-gigante deve receber iluminação noturna.
  • A prefeitura iniciou reparos na Rua do Pescador, após protestos de moradores do bairro Arquipélago. Ontem, os buracos mais críticos foram tapados com asfalto fresado, mas a população considera que o serviço é apenas paliativo. 
  • Uma ação do MPF pede à Justiça que a Plataforma de Tramandaí seja reconhecida como propriedade federal e que a associação responsável pela estrutura solicite o licenciamento ambiental. 
  • O projeto de reajuste de 9% do salário mínimo gaúcho foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Legislativo. Agora, o relatório segue para a Comissão de Economia.
  • As votações para o Prêmio Açorianos de Música 2023 estão abertas. Até 12 de novembro, a população poderá escolher os favoritos em cada categoria.
  • Na crônica desta quarta-feira, Juremir Machado da Silva fala de previsões que não se confirmaram, como as proferidas por Yuval Harari, que chegou a dizer que já estariam controlados os três maiores males da humanidade: fome, pestes e guerras.
  • Trinta e quatro cursos da UFRGS obtiveram nota máxima na avaliação do Guia da Faculdade, publicado pelo Estadão. Em relação ao ano passado, a instituição manteve o número de graduações com excelência.

Meu relato de aborto


O começo dessa história é, de longe, a parte mais difícil e na qual eu mais penso. Tinha meus 20 e poucos anos, ainda estava na faculdade e fazia estágio. Depois de uma festa, um colega de trabalho manteve relações sexuais comigo alcoolizada sem consentimento e sem proteção. Mais de 10 anos depois, eu ainda não consigo dar o nome que isso tem. Mas você sabe. Eu não tive consciência do que tinha acontecido naquela noite até descobrir que estava grávida.

Leia o texto completo aqui.


Cultura

Agenda

In-Edit Brasil – Festival Internacional do Documentário Musical exibe, às 19h, Lupicínio Rodrigues – Confissões de Um Sofredor, em sessão apresentada por Lupicínio Rodrigues Filho seguida de pocket-show.

As bandas Black Flag e L7 fazem shows, a partir das 19h, no Opinião.

Às 20h, o Grezzrecebe o músico Alegre Corrêa acompanhado de Pedrinho Figueiredo (flauta), Paulinho Fagundes (guitarra), Rodrigo Maia (baixo), Gustavo Dias Borges (piano), Lucas Fê (bateria) e Luna Paz (vocal).

O espetáculo Rede, da Plural Cia de Dança, tem apresentações hoje e amanhã, às 20h, no Teatro Renascença.

Às 20h, na Casa Luz,o guitarrista Grecco Buratto lança o livro Só Palavras e apresenta o álbum Sem Palavras.

Cadica Cia de Dança celebra 30 anos de trajetória, às 20h, no Theatro São Pedro

Veja a agenda completa


Você viu?

No quintal da sua residência, em Cachoeirinha, o vigilante Felipe Meireles construiu mais de 2,6 mil casas para cães em situação vulnerável. Ele criou o projeto, que chama de Casinhas Azuis, cinco anos atrás. Hoje, as moradias que fez dão abrigo, em vários municípios da Região Metropolitana, a cachorros de rua, comunitários, recém-adotados ou que aguardam por um tutor em espaços temporários. O trabalho é voluntário, bancado quase sempre com recursos próprios de Meireles. Além de fabricar as casas, que custam 130 reais a unidade, ele dedica seu tempo livre ao resgate de animais e à viabilização de atendimentos de saúde para eles.

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