Aliado de Bolsonaro, Heinze tem atuação histórica em favor de setores do agronegócio
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Este conteúdo faz parte de uma série especial do Matinal Jornalismo chamada Eu Voto Porque, com reportagens que abordam o que pensam os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul nas eleições de 2022 sobre diferentes temas. Na plataforma, você pode escolher uma candidatura e temas relevantes para você e descobrir o que seu candidato pensa a respeito desses assuntos. A seguir você confere o perfil e o histórico político de Luis Carlos Heinze (PP). Aqui você encontra as outras candidaturas.
Luis Carlos Heinze nasceu em Candelária, em 1950. Formado em engenharia agronômica e fazendeiro, desde o início alinhou sua atuação política a setores do agronegócio. Foi presidente do Diretório Acadêmico de Agronomia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) entre 1972 e 1973. Antes da política partidária, também presidiu a Associação dos Arrozeiros de São Borja, foi fundador e primeiro vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul e também conselheiro do Instituto Rio Grandense do Arroz.
Heinze assumiu seu primeiro cargo público em 1989, quando foi convidado para ocupar a vaga de secretário da Agricultura de São Borja. Em 1992, filiou-se ao Partido Democrático e Social (PDS) e foi eleito prefeito de São Borja no mesmo ano. Em 1995, trocou de partido, passando para o Partido Progressista Brasileiro (PPB), que viria a se tornar o atual PP. Foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul por cinco mandatos consecutivos, ocupando o cargo de 1999 a 2019, quando assumiu como senador. Participou de comissões relacionadas à agricultura, à pecuária e ao desenvolvimento rural, integrando a chamada Bancada do Boi. Em 2014, a ONG inglesa de direitos humanos Survival elegeu Luis Carlos Heinze como “racista do ano”, devido aos seus comentários preconceituosos sobre populações indígenas, a comunidade LGBT+ e pessoas negras.
Em 2018, Heinze chegou a se lançar como candidato ao governo do Rio Grande do Sul, mas deixou a disputa para concorrer, com sucesso, ao Senado. Embora seu partido fizesse parte da coligação de Geraldo Alckmin (então no PSDB), Heinze declarou apoio a Jair Bolsonaro. Com a vitória de Bolsonaro, Heinze foi cotado para a pasta da Agricultura, mas não assumiu.
No Senado, ele ganhou repercussão pela sua presença na CPI da Covid-19, notabilizando-se por espalhar desinformação e defender o uso do chamado “kit covid”. Seguindo a cartilha de Bolsonaro, também defende que a ditadura militar trouxe benefícios para a população brasileira e atacou as urnas eletrônicas. Em maio deste ano, chegou a apresentar pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do STF, após o magistrado afirmar que as Forças Armadas estavam interferindo no processo eleitoral brasileiro.
* Bettina Ghem, Iuri Muller, Juan Ortiz, Maurício Brum, Sílvia Lisboa e Valentina Bressan