Na CPI da covid-19, Heinze apresentou informações falsas
Este conteúdo faz parte de uma série especial de reportagens do Matinal Jornalismo reunidas na plataforma Eu Voto Porque. A ferramenta permite escolher uma candidatura e temas relevantes para que você descubra o que seu candidato pensa a respeito desses assuntos. A seguir você confere o posicionamento e planos de Luis Carlos Heinze (PP) sobre saúde. Aqui você pode conhecer mais sobre as propostas do candidato para outras áreas.
Defensor do uso ineficaz de cloroquina e ivermectina para tratamento da infecção pelo coronavírus, o senador Luis Carlos Heinze (PP) destacou-se na CPI da covid-19 por apresentar estudos e informações falsas, e teve o nome inicialmente incluído na lista de pedidos de indiciamento – mas acabou sendo retirado.
Mesmo em 2022, o candidato segue defendendo o “kit covid” e afirmou, em sabatina do UOL, que, se for eleito e tiver respaldo de médicos, vai preconizar o uso desses medicamentos ineficazes para tratar a covid-19. Durante a CPI, Heinze convidou para depor o médico Ricardo Zimerman, um dos coordenadores do estudo ilegal com proxalutamida, denunciado pelo Matinal em 2021 e recentemente citado em duas ações civis públicas do Ministério Público Federal (MPF), que também denunciam a União, o governo do Rio Grande do Sul e o pesquisador Flávio Cadegiani por testar o medicamento experimental.
Em 2020, Heinze já criticava o modelo de distanciamento controlado adotado pelo governo Leite. Segundo o senador e outros deputados da bancada gaúcha na Câmara, que assinaram uma reclamação constitucional no STF, a decisão sobre o fechamento de estabelecimentos caberia aos prefeitos, não ao governador.
Foi de Heinze o projeto de lei que, em 2021, definiu um pacote de ajuda de mais de R$ 2 bilhões para Santas Casas e hospitais filantrópicos, que participam de forma complementar ao SUS, durante a pandemia.
* Bettina Ghem, Iuri Muller, Juan Ortiz, Maurício Brum, Sílvia Lisboa e Valentina Bressan