Um total de 46.060 diagnósticos de câncer devem ser registrados ao longo deste ano no Rio Grande do Sul. Essa são a estimativa apresentada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) ontem, data que marca o Dia Mundial do Câncer. No Brasil, são estimados 625 mil novos casos por ano até 2022. O câncer de pele não melanoma é o que terá mais registros, 177 mil nacionalmente – por isso a maioria das estatísticas sobre câncer menciona os tipos mais comuns a partir do segundo colocado. Empatados na sequência vêm câncer de mama (em mulheres) e de próstata (em homens), com 66 mil diagnósticos cada. O RS segue a tendência brasileira: a estimativa é de 15,8 mil casos de pele não melanoma e, também quase iguais, de 4,05 mil de mama e de 3,98 mil de próstata. Nos dados do Inca, os números em valores absolutos são acompanhados da taxa de incidência, que calculam novos casos para cada 100 mil habitantes. Nela, o Estado lidera o ranking das unidades federativas nos diagnósticos de câncer de traqueia, brônquio e pulmão (taxa de 32,76 casos a cada 100 mil habitantes, variando em 41,06 para homens e 24,69 para mulheres) e de esôfago (11,3 no geral, 16,98 para homens, 5,9 para mulheres). São, respectivamente, 3.740 e 1.290 diagnósticos. Lembrando que Porto Alegre figura recorrentemente na liderança das capitais com maior consumo de cigarro, que é um dos maiores responsáveis pelo câncer em regiões respiratórias. Tabela do Inca com dados de adultos e adultas no Estado e na Capital. (clique para ampliar) Capital não reflete média do Estado Em Porto Alegre, os números não acompanham totalmente a tendência do Estado. O câncer de mama, por exemplo, tem incidência um pouco maior na Capital (81,82 casos por 100 mil habitantes) do que na média do RS (69,5). Já o de próstata vai na direção oposta: a taxa gaúcha (71,07) é duas vezes e meia superior à porto-alegrense (28,37). Mais do que isso: nos homens de Porto Alegre a incidência maior é de câncer de cólon e reto (29,66 casos a cada 100 mil pessoas), com o de próstata aparecendo só na segunda posição. No Estado, o ranking de diagnósticos mais comuns traz próstata, traqueia, brônquio e pulmão – terceiro na Capital – e cólon e reto. Nas mulheres de Porto Alegre, além do câncer de mama, as maiores incidências que vêm na sequência são traqueia, brônquio e pulmão (42,15 a cada 100 mil pessoas) e cólon e reto (26,41). Nas gaúchas a ordem é a mesma, mas com taxas mais próximas na segunda e terceira colocação: 24,69 e 21,31, respectivamente. A comparação por gênero tanto Capital quanto no Estado registra incidência muito maior em homens do que em mulheres. São 477 contra 385,5 casos a cada 100 mil pessoas no caso dos porto-alegrenses, e 444,9 contra 363,5 diagnósticos no caso dos gaúchos. Os casos totais estimados para Porto Alegre, nos dois gêneros, somam 6.440 casos – 14% do total estadual. Comparação de taxas de incidência no […]
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