Editorial | Revista Parêntese

Parêntese #219: Para lembrar

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Parêntese #219: Para lembrar Foto: Lisia Fotios/Pexels
Hoje a Parêntese chega em dia e hora diferentes devido ao feriado de Páscoa. A semana ainda não terminou, mas já dá para dizer que foi uma semana e tanto. Um estuprador finalmente preso, o outro livre parece que graças ao dinheiro do amigo, um ex-presidente que andou passeando pela embaixada Húngara (flertando com um pedido de asilo?) e o caso da Marielle recebendo respostas concretas.  Todos esses acontecimentos são de embrulhar o estômago. Seja no caso Marielle ou na violência contra mulheres cometida pelos ex-jogadores de futebol, a desfaçatez, a corrupção, os esquemas, as tramas, as versões… são de um horror e de uma dureza absolutas. Nunca é mal lembrar que mesmo que esses homens sejam de fato condenados e presos, nada disso reconstrói uma vida destruída e por isso temos que manter a memória viva.  Nossos hermanos portenhos talvez possam servir de exemplo, conforme conta Fernando Seffner direto da Argentina. Seffner participou de um passeio com alunos de 11 e 12 anos, de uma escola pública de Buenos Aires, que consistia em um percurso histórico pela vizinhança para trabalhar o tema da memória. E, pasmem: Marielle Franco estava lá, estampando uma parede do bairro.   Em terras brasileiras, preservar e lembrar não é exatamente uma prioridade. Às vezes, a memória parece que não vale nada perto do poder do capital. Mas, é claro, também há luta e resistência, como é o caso do manifesto que compartilhamos semana passada e de dois textos de hoje, que relatam uma caminhada literária pelo bairro Petrópolis, em Porto Alegre.  Breno Serafini e Álvaro Magalhães participaram da atividade organizada pelo movimento @salvedyonelio – que surgiu justamente quando a antiga casa do escritor, localizada na rua Souza Doca, quase foi posta abaixo –, e relatam o encontro.   Ana Cristina Steffen encerra hoje a série sobre Dinah Silveira de Queiroz. No último capítulo, a autora reforça a importância de Quieroz ao narrar o papel central das mulheres na história. Ao longo dos quatro textos publicados ao longo de março, pudemos conhecer um pouco mais sobre a escritora e honrar a sua trajetória.   Juremir Machado da Silva, por sua vez, relembra o posicionamento do jornal O Globo durante o golpe militar de 1964.  Por fim, para fechar o tema da memória com chave de ouro, publicamos a primeira parte da entrevista realizada com o fundador da Parêntese, Luís Augusto Fischer, que, em março, completou 40 anos como docente da UFRGS. Entrevistado pelos amigos Guto Leite, Katia Suman e Arthur de Faria, na conversa publicada hoje o professor conta sobre sua formação e lembranças da infância.  Açorianos de literatura Dia 2 de abril, serão conhecidos os vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura 2024. Foi com alegria que vimos que entre os 26 indicados, sete autores já apareceram, como autores ou em entrevistas, nas edições da Parêntese. Dá uma conferida: Christian David, Cristiano Fretta, Julia Rosa Simões, Julio Zanotta, Luciano Mattuella, Matheus Borges e Luiz Maurício Azevedo. Parabéns a todos indicados! 

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