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Complexo Sul realiza segunda edição

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Complexo Sul realiza segunda edição Teatro do Concreto. Foto: Thiago Sabino/Divulgação

A partir de segunda (2/11), o Itaú Cultural promove a segunda edição de Complexo Sul. Uma plataforma de intercâmbio internacional de artistas da cena teatral, que tem como proposta desenvolver o trabalho criativo, a partir da reunião de encenação, dramaturgia e pensamento crítico.

Neste ano, o foco do encontro é a linguagem palestra-performance, que conduz as atividades realizadas nas três primeiras semanas do mês, divididas em dois blocos: nos dias 2, 9 e 16 de novembro, convidados de plataformas da Argentina, Brasil e Colômbia falam sobre suas investigações a respeito da temática. E nos dias 3, 10 e 17 de novembro, o Palco Virtual – grade fixa da instituição – recebe artistas com palestras-performances inéditas, realizadas especialmente para Complexo Sul 2020.

A programação acontece via Zoom e as reservas online dos ingressos devem ser feitas pela Sympla ou no site do Itaú.

Depois de uma primeira edição realizada em 2018, no Rio de Janeiro, reunindo plataformas de intercâmbios artísticos dos mesmos países e do Chile, Complexo Sul volta em 2020, movimentando mais uma vez a cultura teatral latino-americana. A proposta central é voltar olhares e discussões para este segmento no continente, com o qual pouco se dialoga, em especial no que diz respeito ao teatro.

A programação abre no dia 2 de novembro, às 17h, quando acontece o primeiro de três encontros, realizados às segundas-feiras, dedicados à investigação da palestra-performance como uma interseção entre a criação artística e o pensamento crítico. Na sequência, acontece um debate conduzido por um agente provocador convidado e aberto para a participação do público.

Com o título Arquivo como Estratégia de Criação, neste dia a programação tem como convidado o artista plástico, músico e artista interdisciplinar paulista André Sztutman. Integrante da plataforma Experimenta/Sur, da Colômbia, ele aborda o tema a partir de duas obras.

A primeira é Palabras Ajenas, de Leon Ferrari, apresentada em 2018 na Experimenta/Sur VII, em Bogotá, fazendo uma leitura performática de textos selecionados pelo artista por décadas. A segunda é La Mirada Bizca, na qual Sztutman expõe o seu processo criativo, e apresentou no VII Encuentro Internacional de Artes Vivas, em 2019, também em Bogotá.

O provocador convidado deste encontro é o artista, diretor e pesquisador Francis Wilker, professor da Universidade Federal do Ceará, e a mediação é da crítica, pesquisadora e curadora de teatro Daniele Avila Small, uma das curadoras da programação.

Daniele é também quem conduz o encontro Palestra-performance, Crítica de Artista, que acontece na semana seguinte, dia 9, dentro da programação. Representando a Complexo Sul – Plataforma de Intercâmbio Internacional, do Rio de Janeiro, ela fala de como esta linguagem é uma forma de crítica do artista, assim como um exercício prático de criatividade teórica para fomentar a reflexão crítica sobre as complexidades do mundo e da arte.

O último encontro da edição, A Palestra-performance na Dramaturgia Contemporânea, acontece no dia 16, comandado pela romancista, dramaturga e diretora de teatro Cynthia Edul e pelo artista do teatro, literatura e música Ariel Farace, representantes da Panorama Sur, da Argentina.

A mesa, mediada pelo diretor de teatro, ator, dramaturgo e tradutor Felipe Vidal e com provocações de Renan Ji, da revista eletrônica Questão de Crítica, faz uma contextualização da palestra-performance a partir da virada performativa dos anos 1960, considerando antecedentes na Argentina e em outros países. Será feita também uma análise do trabalho de artistas libaneses, como Walid Raad e Rabih Mroué, e do grupo mexicano Lagartijas al Sol.

Òró, de Tatiana Henrique. Foto: Guto Muniz/Divulgação
Experimento Concreto, Plataforma ÀRÀKA. Foto: Guto Muniz/Divulgação

segunda-feira, 02 de maio de 2024 | 17h00

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