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“Era Uma Vez no Oeste” em debate

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“Era Uma Vez no Oeste” em debate
Em uma velha estação ferroviária, localizada em região inóspita, três comparsas rendem um funcionário e aguardam a chegada de um trem. Na verdade, esperam por um passageiro especial, um misterioso justiceiro, que se anuncia tocando uma harmônica. As primeiras cenas de Era Uma Vez no Oeste, do diretor Sergio Leone, revelam sutilezas, mas especialmente uma atmosfera de permanente enfrentamento e disputa em clima de suspense. Atração do seminário O Divã e a Tela desta sexta (22/11), o filme completou 50 anos em 2018, e é considerado por muitos críticos como uma obra-prima do criador de filmes que renovaram o gênero western. A narrativa tem início em 1870, em um distante povoado do velho oeste, onde Brett McBain (Frank Wolff) e seus filhos são cruelmente assassinados por Frank (Henry Fond) e seus capangas. Eles estão a serviço do barão ferroviário Morton (Gabrielle Ferzetti), interessado em se apropriar das terras de Brett que iriam se valorizar consideravelmente quando da chegada da ferrovia na região. O que eles não contavam é que Brett havia se casado meses atrás, em Nova Orleans, com a prostituta Jill McBain (Claudia Cardinalle), que chega ao local logo após a chacina. Frank planta evidências para culpar Cheyenne (Jason Robards), com quem Harmônica (Charles Bronson) acaba por se aliar para proteger a viúva. O objetivo de Harmônica é encontrar Frank para um acerto de contas, só ao final desvendado. São muitos os momentos em que a obra do maestro Ennio Morricone conduz a tensão, o suspense, a delicadeza das cenas, e identifica cada personagem. O roteiro é assinado por Leone e Sergio Donatti a partir da história de Dario Argento, Bernardo Bertolucci e do próprio Leone. Eternas questões como a ambição, o poder do dinheiro, a corrupção e a vingança ganham diálogos primorosos. Mas há também momentos em que o silêncio é quem fala e os olhares sugerem o que não é dito. O seminário promove a troca de ideias entre os apreciadores do cinema e das artes, com a coordenação dos psicanalistas Robson de Freitas Pereira e Enéas de Souza. Sexta 19h

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